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Musicalmente falando: segunda cheia de verdades

Vou começar o texto falando algumas verdades: eu tenho tanta agonia de gente que super diz gostar de uma banda x, daí você vai puxar o papo com o fulano e ele não sabe de nada. É normal saber pingado de música e tudo mais, só que o chato da coisa é quando a pessoa se diz super entendida do negócio, mas o que ela sabe mesmo é absolutamente zero coisas.

Eu não sei se isso é uma mania de internet, porque, hoje em dia, tudo é culpa da internet. Ou, se eu sou muito louca porque tenho a mania maluca de colecionar CDs. Sempre que tem um na promoção, eu vou lá e compro; o último foi do Tim Maia – Melhores sucessos (sei pouco de Tim, então achei melhor comprar a coletânea de melhores sucessos pra ir gostando e depois me aprimorando). Não sei o que acontece, sabe? A pessoa não escuta a banda, mas tá lá dando print no Instagram da faixa do novo disco do fulano. Arrrrgh!

 

LETS BE HONEST

Esse sentimento, ele me corrói. Sei que é uma baita besteira, quem liga? Meu Deus, eu ligo e ligo muito. Fico odiosa quando vejo alguém mencionando sobre algo que não sabe de nada, mas vamos lá. Hoje estou aqui pra mostrar duas preciosidades que eu faço questão de dizer: já disse que super sabia, mas não sabia nada. Daí, julgando essas pessoas que fazem isso, porque não começar por mim mesma, né? Vamos lá, hoje vou apresentar duas bandas incríveis. A primeira é DJANGO DJANGO e  THE CARDIGANS.

Mas antes, quero fazer um Jabá basicão aqui do aplicativo RDIO que me ajuda horrores no quesito escutar bandas novas e mergulhar na discografia inteira das minhas descobertas. E as descobertas de hoje foram : Alt-j, Cayucas e a dignissíma Foxes

Pelo amor do Senhor, clica nesse link e escuta essas bandas que eu te falei… mas voltando ao que estava falando.

Você tem que ter uma banda que sabe de tudo. Sabe aquela banda que tu é fã? Pois é. Nem que essa banda seja o brega boys, tá valendo. Eu, por exemplo posso me dar ao luxo de saber tudo sobre The Killers. Sei tudo… digamos que mais ou menos, porque deixei de acompanhar esse último álbum e na verdade, parei de saber quando completei 20 anos. Agora, das bandas que eu fingia conhecer, essa semana fiz o exercício de me aprofundar um pouquinho. E as escolhidas, como disse acima, foram Django Django e The Cardigans.

P.s.: a música é como a vida:  não precisa ter essa preocupação toda em saber o que o cantor tá fazendo – meu deus do céu eu preciso urgente ouvir esse disco –  mas ó: é sempre legal saber, é sempre legal não ser o superficial da turma.  Um dia, ouvi uma menina falando : “Nossa gente, mas aquela banda nova, a LIPSTICK RED??? Já ouviram falar?” Eu tive que dizer: “Amiga, calma! Mas essa banda aí, ela não existe, beleza?”

Sempre vale lembrar sobre o vídeo a seguir (que, no caso, é bem antigo; mas quem se importa?, pois ele é tão verdadeiro que sempre que vejo choro sangue de tanto rir). Resumindo-o: o pessoal diz conhecer uma banda x mas, na verdade, eles não sabem é de nada, porque, afinal, a tal da banda nem existe.

Pra começar, eu escolhi duas bandas que apenas ouvia falar e me dizia super entendida, mas que na verdade não sabia era nada. A grande surpresa foi  mergulhar no mundo dessas bandas, que antes eram meras desconhecidas e agora adicionadas no shuflle do iPod, com muita autoridade.

1 – Django Django 

O povo do Django Django é um pessoal de Londres que faz um roquinho sussa e daqueles que dá pra tocar numa baladinha. Eu escutei o álbum deles inteiro semana passada e check, é bom mesmo. As únicas músicas que eu sabia eram “Default e Life is a Beach”. Mas já digo logo, não quero rotular Django Django como indie ou hipster ou qualquer coisa moderna, pois o que senti no som deles foi muito misticismo, som de viagem, progressivo, instrumental, eletrônica e ufa, muita coisa. Não tenho estrutura emocional pra dizer o que seria Django Django, mas é uma mistura INCRÍVEL, indico principalmente ouvir o álbum inteiro. Vou deixar o link aqui e vocês, façam um favor pra vida de vocês e escutem. É sério, não tô brincando.

Ainda sobre este último disco, que foi o que eu ouvi, tem a delícia de “Hail Bop”, que começa com uns “BAP BAP BAP” e um violão calmo com vozes suaves ao fundo. Aprovadíssimo. “Default” é uma das faixas que mais me impressiona. Definiria como insuportavelmente boa por causa da loucura que causou na minha mente, do começo ao fim.  Eu falaria de todas as faixas sem nenhum problema, mas eu prefiro que você, junto comigo, comente aqui embaixo e me ajude. Beleza?

2 – The Cardigans

“Love me, love me, saaaaaay that you love…” Viver cantando essa música fez uma parte essencial na minha adolescência, mas eu não fazia a mínima ideia de quem cantava. Na época, como todo adolescente mongol e blasé, a gente sempre tenta ser pra ser aceito em alguma coisa que a gente acha cool.  Porém, os tempos são outros; aquela banda que antes eu só sabia o refrãozinho-inho, hoje tô apaixonada. E olha, que beleza é The Cardigans!

Primeiro, apaixonada por motivos de: Nina Persson. É a vocalista mais linda existente em qualquer banda. E quem dizer que não é, maluco é, isso sim.

Segundo: The Cardigans teve a bendita genialidade de fazer esse cover. Eu acho que o Ozzy ficou bem feliz com isso, hein.

E o álbum que eu ouvi inteiro e mergulhei foi o First Band On The Moon, que absolutamente as minhas faixas preferidas são “Losers” e “Been it” porque são romanticamente surpreendentes e com letras fodas.

O meu exercício é: eu não quero mais escutar pingado de música. Eu quero mergulhar no trabalho do artista porque ele fez foi pra isso mesmo, pra pessoa mergulhar nisso. Não tem coisa PIOR do que você todo animado, falar pro seu amigo, ou colega, ou aquele do mala do trampo, ou pra sua mãe, sei lá, não tem coisa mais chata do mundo do que você supostamente achar que a pessoa sabe tudo sobre algo X porque, de fato, ela vive compartilhando no face, dizendo que ama no Twitter: “MEEU DEUS, O NOVO CD DA LANA DEL REY SAIU E EU TÔ AMANDO” – corta cena a pessoa ouvindo brega boyz no Youtube. E, no final, o ser humano não sabe de nada do que ‘cê tá falando e você, leitor lindo, não quer ser essa pessoa, né? A minha sugestão é: primeiramente, escute todas as sugestões que eu mencionei aqui e seja uma pessoa mais incrível do que já é. Segundamente, tenha uma boa semana.

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