in

Entrevista: McFly comenta novo álbum, “Power To Play”, e confessa: “Decidimos o nome no Brasil”

Novo trabalho do grupo foi lançado nesta sexta-feira (9)

Foto: Haris Nukem/Divulgação

A banda McFly lançou hoje (9) o álbum “Power To Play“, primeiro lançamento desde 2020. O trabalho, sétimo disco de estúdio do grupo, tem sonoridade inspirada pelo rock dos anos 80, que influenciou a formação musical dos membros.

Composto por Tom Fletcher (vocal/guitarra), Danny Jones (vocal/guitarra), Harry Judd (bateria) e Dougie Poynter (baixo/vocal), o McFly tem uma forte conexão com os fãs, especialmente com os brasileiros. Desde a formação da banda, em 2003, os britânicos já vieram para cá cinco vezes – 2008, 2009, 2011, 2012 e 2022 -, com estadias longas e muita história para contar. Da última vez, no ano passado, passaram por cinco cidades com shows cheios e um fandom apaixonado.

Não seria espantoso dizer que, de alguma forma, o Brasil teria alguma influência em algum trabalho do grupo. Dito e feito: o nome do novo álbum foi decidido durante a estadia deles por aqui. “Foi no Brasil que decidimos o nome ‘Power To Play’. Estávamos por aí quando começamos a falar sobre as opções de nomes e foi em solo brasileiro que batemos o martelo de fato”, conta Tom Fletcher em entrevista ao Tracklist.

A memória afetiva com o país também resvala em Dougie Poynter. “[No Brasil] Estamos sempre rindo, brincando mais do que o normal, independente do cansaço, do jetlag, de qualquer coisa”, ressalta o baixista ao Tracklist.

Na entrevista, Tom e Dougie também falaram sobre as diferenças e semelhanças de “Power To Play” com o resto da discografia do McFly, quais foram as influências para o novo álbum e como foi o processo de gravação.

Entrevista com Tom Fletcher e Dougie Poynter, do McFly, sobre “Power to Play”

Tracklist: “Power to Play” traz uma nova roupagem para o McFly. Qual é a principal diferença entre esse disco e os outros trabalhos da banda?
Tom Fletcher: Esse é um disco que soa mais como nós realmente tocamos nos shows. Acredito que em diferentes discos, talvez com exceção do “Radio:ACTIVE”, nós temos uma maneira diferente de tocar nos shows, com mais energia. E esse novo disco conseguiu capturar bem essa vibe. 

Agora que sabemos a principal diferença, quais os principais elementos que fazem “Power to Play” se relacionar com os demais álbuns do McFly?
Tom Fletcher: Quando penso nas influências para a banda, isso sempre foi algo consistente. Nesse disco voltamos mais para as raízes do rock, algo que remete mais ao começo, mas ainda assim é um álbum do McFly. Em todos os nossos projetos eu só consigo ver esses discos sendo feitos por nós, esses quatro rapazes. 

E falando em referências, qual foi a maior referência que vocês tiveram neste disco e por quais motivos?
Dougie Poynter: Certamente não tivemos uma única, mas sonoramente falando, a pegada das guitarras, essa parte sonora, Eddie Van Halen com certeza foi uma grande inspiração. AC/DC e Def Leppard com certeza também está na lista. Danny [Jones] produziu metade do disco, então estávamos não apenas na produção, mas também mergulhando em vocais, sintetizadores, diversos elementos usados nos anos 80. Não tivemos uma única inspiração. 

Tom Fletcher: Rush com certeza faz parte, Journey também. 

Dougie Poynter: Toto, qualquer banda do final dos anos 70, início dos anos 80, tiveram músicas que nos inspiraram durante a produção desse disco. 

E essas são bandas que vocês escutavam no início da carreira de vocês? Com esse retorno as raízes do rock, também seria um retorno ao que inspirou o início da banda em si?
Tom Fletcher: Com certeza. Eu acredito também que o que influenciou muito [o álbum “Power To Play”] foi não apenas a parte sonora, mas o espírito que essas bandas evocam com suas músicas, esse sentimento poderoso e que todo mundo conhece. Eu particularmente amo as canções de rock mais comerciais que moldaram toda uma cultura, tenho essa paixão. Então todo esse disco foi sobre aprender o que fazem essas músicas tão especiais e entender como podemos nos inspirar nisso, no que fazem elas serem tão icônicas e especiais. 

Ao ouvir o disco e ao assistir os dois clipes da nova era [“God of Rock & Rolle “Where Did All The Guitars Go?”; no momento da entrevista, o terceiro vídeo do novo álbum, “Honey I’m Home”, ainda não havia sido lançado], dá pra perceber que vocês se divertiram demais durante todo esse processo. Qual foi o momento que vocês se sentiram mais realizados durante esse projeto?
Dougie Poynter: A parte mais divertida de se fazer um disco, principalmente este, é que fizemos tudo em nosso estúdio, então foi como fazer em nossa segunda casa, o que é algo bem único. Mas, para mim, com certeza a parte que mais gosto é ver uma música tomando forma, é quase como mágica.

Às vezes eu poderia chegar apenas com uma breve ideia, uma melodia em minha mente, Danny faria um solo incrível de guitarra, Tom colocaria os vocais e em questão de um dia passaríamos de uma simples ideia para uma música de fato. Ver esse processo é mágico, é minha parte favorita. Eu não consigo comparar com nenhum outro sentimento em minha vida como esse, é até mesmo viciante essa parte de criação. 

Tom Fletcher: Inclusive foi no Brasil que decidimos o nome do disco. Estávamos por aí quando começamos a falar sobre as opções de nomes e foi em solo brasileiro que batemos o martelo de fato. Nomeado no Brasil!

Isso é ótimo! Acredito que as pessoas vão ficar muito felizes em saber disso, especialmente os fãs brasileiros. Então já que chegamos no assunto Brasil, preciso perguntar: quando veremos vocês novamente por aqui?
Tom Fletcher: Esperamos que sim, com certeza. Nós amamos o Brasil, amamos tocar aí. Estávamos falando sobre isso um dia desses, então com certeza estaremos de volta em algum momento para fazer alguns shows!

E qual a importância que o Brasil traz para a carreira de vocês? Seja como musicistas, como uma banda em turnê, no geral…
Dougie Poynter: Quando fazemos turnê, me lembra de quando éramos novos e é meio que uma aventura, pois é apenas a banda, o empresário e alguns membros da equipe. Então mesmo no começo, em alguns momentos ficamos bem cansados por conta da rotina de viagens e shows, mas toda vez que estamos no Brasil, nós rimos muito mais do que o normal. 

Tom Fletcher: É quase como se fosse uma vibe completamente diferente.

Dougie Poynter: Obviamente não estamos rindo do Brasil, mas entre a gente em si, estamos sempre rindo, brincando mais do que o normal, independente do cansaço, do jetlag, de qualquer coisa. Danny se torna o cara mais engraçado de todos, pois ele sempre tenta falar a língua, mas tem a questão do sotaque, e certas palavras em inglês não tem como traduzir, é hilário. 

Tom Fletcher: Danny e Dougie ficaram duas semanas extras no Brasil da última vez que fomos, se divertiram para caramba.

Dougie Poynter: Nossa, sim, tivemos duas semanas incríveis. 

Que demais! Vocês têm uma ligação muito forte com o Brasil e os fãs brasileiros. Para finalizarmos, gostaria de saber qual é a canção favorita de cada um de vocês do “Power to Play” e o porquê.
Dougie Poynter: Para mim, neste exato momento, é “Land of the Bees”, estamos ensaiando essa então é uma das minhas favoritas. Nós nunca tocamos uma música tão bem ao vivo, é super dinâmica, com diversas viradas, então eu me sinto super orgulhoso de ter feito uma música como essa e de estarmos conseguindo performar tão bem durante os ensaios. 

Tom Fletcher: Eu acredito que uma das músicas será a favorita do público brasileiro será “I’m Fine”. Acredito que terá uma boa conexão com o Brasil de cara. 

Dougie Poynter: Verdade, concordo. 

Tom Fletcher: Eu percebo que os fãs brasileiros se conectam mais com as músicas que têm uma letra mais profunda, uma pegada mais emocional no geral. E essa é uma daquelas músicas que consigo imaginar todos conectados durante o show, algo bem emocionante mesmo, além de que é o Dougie que canta nessa produção. 

É muito bom ver Dougie de volta nos vocais também! 
Tom Fletcher: Sim, finalmente a voz dele voltou, ele a reencontrou, finalmente (risos). 

Obrigado pelo tempo de vocês, pela entrevista e espero vê-los em breve aqui no Brasil. 
Tom e Dougie: Muito obrigado! Nos veremos!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *