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Maroon 5 faz show recheado de hits no Rio de Janeiro

Em entrevista a um canal de televisão, uma chilena, em passagem pelo Brasil, falou mais ou menos assim: “Deus existe, e uma prova disso é o Adam Levine”. Ela não era a única a achar isso em meio a 30 mil pessoas na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro. No dia 20/03 (domingo), o Maroon 5 encerrou a turnê “V” pelo Brasil e não economizou nos hits. Todos eles, sem exceção, contaram com um coro: a voz de Adam – que, na grande maioria das músicas, condiz com sua voz no estúdio – e a de todos os presentes. O setlist, o mesmo em todas as apresentações por aqui – e uma falta sentida na turnê foi a música “Makes Me Wonder” (2007) – contou com uma surpresa: a canção “Garota de Ipanema”, de Vinicius de Moraes e Tom Jobim, foi embalada por Adam e pelo guitarrista James Valentine em uma versão acústica, e, apesar de todos os sucessos do grupo californiano arrancarem palmas e gritos do público, o “fator uau” da noite garantiu tremendos aplausos.

Foto: Feliphe Marinho

Falando em “fator uau”, o vocalista rebolou menos e cantou mais – mas não deixou de tirar a camisa, mesmo que no final do show, para a alegria de muitos presentes. Bastante simpático, conversou com o público após a sexta música, “Wake Up Call” (2007). “Nós estamos apaixonados por vocês. Vocês são os melhores fãs de todo o mundo”, disse Adam, conquistando a plateia. Logicamente, ele sabia disso: dançou, foi de um lado para o outro no palco, e, vez ou outra, colocava a linguinha para fora, o que garantia ainda mais gritos. Também simpático, James Valentine apareceu muitas vezes nos dois gigantes telões ao lado do palco, balançando a cabeleira junto à guitarra. O restante da banda não apareceu na mesma intensidade, mas também fez bonito. O conjunto todo mostra que o Maroon 5 tem tantos sucessos e fãs não é à toa.

Com show marcado às 21h30, eles entraram seis minutinhos depois. A apresentação começou com “Animals”, do mais recente álbum “V” (2014), e seguiu ininterruptamente com “One More Night” (2012), “Heart Stereo” (cover do Gym Class Heroes, música a qual Adam canta o refrão), “Harder to Breathe” (2002), “Lucky Strike” (2012) e “Wake Up Call”. A longa sequência não fez o público parar; talvez esta fosse mesmo a estratégia. Depois de uma rápida pausa para conversar com o público, a noite seguiu com “Love Somebody” (2012), o sucesso “Maps” (2014), até chegar na música que consagrou a carreira do grupo, “This Love” (2002). A canção começou a capela em sintonia entre Adam e os fãs, até chegar ao primeiro refrão e recomeçar a música. Ao fim de “This Love”, e antes de começar a também famosa “Sunday Morning” (2002), Adam entoou diversos “yeah, yeah”. Começou agudo e, após escorregar desafinando em um deles, partiu para o tom grave. O incidente não desanimou e, após apresentar a banda, em um clima mais jamm, Adam começou a cantar “Sunday Morning”.

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Foto: Feliphe Marinho

Um dos pontos altos do show foi quando a banda se reuniu no meio do palco para cantar o início de “Payphone”, sucesso de “Overexposed” (2012). Logicamente, a plateia acompanhou, o que fez Adam dizer: “vocês são ótimos cantores”. Era nítida a sintonia entre banda (puxado mais para o lado do vocalista) e público, que, desde 10 horas da manhã, já estava nos portões da Praça da Apoteose para não perder um detalhe sequer da apresentação. O show seguiu com “Daylight” (2012), mais um sucesso que foi plenamente entoado. “Cantem o mais rápido que vocês puderem”, pediu Adam, e foi prontamente atendido.

Após saírem do palco rapidamente, Adam e James retornam para a versão acústica de “Garota de Ipanema”, que substituiu “Lost Stars”, canção solo de Adam, até então figurinha recorrente no setlist. Com o início em um bom português e a continuação em inglês, após o término, Adam disse que foi um momento assustador e que estava tentando aprender a canção há um tempo, e foi muito aplaudido. A banda aproveitou o momento acústico para embalar outro grande sucesso, “She Will Be Loved” (2002). Senti falta de um truque bem intimista que Adam fez com o público no Rock in Rio 2011: pediu para o lado direito cantar uma parte da canção, e o lado esquerdo, outro. Teria sido um momento bem arrepiante na apresentação, mesmo que não inédito. Mesmo assim, foi outro ponto alto da noite, e que deu abertura à empolgante “Moves Like Jagger” (2010). Com direito a dancinhas (mas menos rebolado do que o esperado), a noite encerrou com uma das músicas mais esperadas do show, “Sugar” (2014). No seu início, Adam compensou o fato de não ter tirado a camisa no show de sábado em São Paulo e levou mais da metade do público ao delírio. Não teve chuva de papel picado, ou até mesmo açúcar (risos) caindo sobre a plateia; apenas os telões simularam confetes. De qualquer forma, foi um grande encerramento, digno da apresentação de 90 minutos.

Com muitos agradecimentos, a banda se despediu, após três anos e meio desde a última apresentação pelo Brasil (a última foi em agosto de 2012). Se a apresentação em São Paulo foi considerada morna por alguns, eu, pelo menos, senti que a do Rio empolgou. Se voltarem daqui a um tempo, pode ter certeza que eles terão ainda mais hits para serem entoados. Um grande coro espera o Maroon 5 novamente.

Dashboard Confessional
A banda, composta por Chris Carrabba, John Lefler, Scott Shoenbeck e Mike Marsh, ainda não tem um grande espaço no Brasil, mas definitivamente mostrou para o que veio. Animados, empolgaram os fãs com suas músicas pop-rock empolgantes. O vocalista Chris interagiu com o público e pediu para acompanhá-los em sons avulsos, e foi atendido.

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O setlist, com 12 músicas, começou com o single “Don’t Wait” (2006), passou por um cover de “Fix You”, do Coldplay, e empolgou com canções como “Vindicated”, da trilha sonora do filme “O Homem-Aranha 2”, de 2004. Animados, o quarteto da Flórida demonstrou muita energia e teve boa recepção.

 

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