Por Gabriel Haguiô e Lauro Moura – Lia Clark, representante da cena musical LGBTQIA+ e uma das primeiras drags no universo do funk brasileiro, falou em entrevista ao Portal Tracklist sobre seu show no The Town 2023. Com músicas dançantes, sensuais e de som chiclete, a drag santista é conhecida pela mistura bem-humorada de funk com pop que sua música carrega.
Lia Clark fala sobre show no The Town
Ao ser perguntada sobre quais eram suas expectativas para se apresentar na primeira edição do The Town ela afirmou: “Eu tô muito animada, e desde o momento que o show foi confirmado eu estou com isso na cabeça, que eu vou participar da primeira edição de todas”.
“Sempre que vemos o documentário do Rock in Rio, ou coisas sobe o RiR, todo mundo fala da edição de 85, que foi icônica… e hoje em dia estou eu aqui, Lia Clark, no The Town primeira edição, representando o funk no palco Factory. Então eu estou muito orgulhosa de tudo que eu e minha equipe estamos conquistando. Orgulhosa que todo mundo deu seu máximo, e estamos aqui pra entregar um showzão”, disse.
Sobre as atrações que estava mais animada para assistir ao decorrer do festival, citou: “Eu quero ver todo mundo, eu amo Matuê, amo a Luísa Sonza, amo a Bebe Rexha, adoro o Bruno Mars… essa galera de hoje (3) eu quero muito assistir. E também minhas amigas que vão estar aqui semana que vem: Glória, Pabllo, Marina Sena, Jão. Eu acho que a galera nacional está entregando tudo, não só nos trabalhos lançados, mas também nos shows. E acredito também que a galera está consumindo cada vez mais a música brasileira que cresce cada vez mais”.
A drag queen revelou que estava muito animada em representar o funk no The Town e disse que considerava maravilhoso ver o gênero ganhando tanto espaço nos principais festivais.
“É um ritmo tão rico e tão nosso, que surgiu da gente, então temos que explorar mesmo, que possamos acabar com esse tabu de “só porque veio das periferias”, “só por causa da letra” não pode estar em grandes festivais e grandes acontecimentos. Devemos ter orgulho de onde surgiu nossa cultura mesmo, porque não podemos ignorar as favelas, as periferias fazem parte do Brasil e o funk veio dali”.
“Então eu fico feliz de ser uma drag queen – algo muito novo -, que canta funk e ter chego nesses lugares fazendo isso e representando toda uma galera”, apontou.
Ao ser questionada sobre um vídeo de um show que viralizou recentemente com uma intérprete de libras, a cantora destaca o que significa para ela trazer inclusão para suas apresentações:
“Eu fiquei muito feliz e toda vez me divirto muito poque gente, todo mundo faz putaria, todo mundo fala putaria, então é muito legal a gente ver em outras linguagens, como seria Lia Clark em libras. E eu fico muito feliz nesses eventos que colocam a inclusão, porque todo mundo pode curtir Lia Clark de alguma forma”, coloca.
Lia também aproveitou para escolher o lineup dos sonhos dentre artistas nacionais e internacionais para um festival.
“Meus internacionais seriam Britney Spears e Nick Minaj, e nacionais eu colocaria Lia Clark, eu também quero cantar (risos), e Pabllo Vittar pra gente cantar “Sereia” ao vivo”, conclui.
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