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Entrevista: Rebeca fala do single “Diamante”, novo álbum e mais

“Espiral” foi lançado no começo de abril e está disponível em todas as plataformas digitais

Foto: Luisa Cerino

Por meio de um mergulho criativo de escrita diária, a niteroiense Rebeca começou a escrever, ainda na pandemia, as canções que integram agora “Espiral”, o seu segundo álbum solo. Agora, com exclusividade no Tracklist, a cantora lança uma live da faixa “Diamante”, em formato de voz e piano que resgata os ares de glamour das décadas de 1940 e 1950.

Além do lançamento, realizamos uma entrevista com Rebeca, na qual a artista sobre a produção da faixa “Diamante” e suas respectivas inspirações. Saiba mais também sobre o disco “Espiral” e próximos planos na entrevista com Rebeca na íntegra abaixo!

Entrevista: Rebeca

Tracklist: Com o lançamento da live de “Diamante”, por que essa faixa foi escolhida para ganhar uma nova versão, diferente da que está presente no disco “Espiral”?
Rebeca:
Embora “Diamante” seja uma faixa intimista no álbum, conseguimos levá-la para um caminho mais íntimo ainda, apenas voz e piano, focada na canção, da forma que ela foi feita. O álbum permeia esse aspecto, de maior atenção a canção, a letra e a melodia e queria seguir esse caminho. Acho que fiquei tão feliz de ter escrito essa música que resolvi gravar a session dez dias depois de escrevê-la. Era 2021, viajei para São Paulo e gravamos na Fauhaus. A versão da session existe bem antes da versão de estúdio. Confesso que estava ansiosa para jogá-la pro mundo.

Pode falar mais sobre a composição da letra e sonoridade desse single?
Escrevi “Diamante” como um exercício de composição. Escolhi um objeto e comecei a escrever a música com metáforas pro universo desse objeto e só depois percebi seu significado. “Diamante” fala sobre querer ser especial para alguém que não consegue perceber seu valor, e sobre como muitas vezes buscamos nosso senso de identidade a partir do valor que atribuem à gente. A letra acaba direcionando o tema da música para um ambiente antigo e dramático. Eu e Rodrigo Martins, que produziu o álbum comigo, escolhemos potencializar esse caminho, ainda focando na canção com voz e piano, mas criando um ambiente melancólico, misterioso e um tanto vintage a partir dos arranjos de voz e instrumentos como mellotron e cordas.

Como você definiria sua trajetória até aqui, com o lançamento do seu segundo álbum de estúdio?
São 10 anos de carreira, com configurações, públicos, formatos e demandas diferentes. Eu surgi com um hit de rap, fiz turnê com o Oriente para os maiores públicos que já presenciei, sou vocalista de uma banda de MPB, e já cantei funk de pelúcia, axé e folk com o Julio Secchin. Isso me faz pensar que minha voz dá certo em diversos formatos. Sinto que consegui chegar em um lugar bonito e versátil como intérprete e agora, no meu trabalho solo, amadureço como compositora, uma nova fase. Me sinto realizada por ter feito parte de todos esses trabalhos e agora estou animada para fazer os shows de “Espiral”.

Em que momento da sua vida artística esse trabalho se encaixa na sua nova fase?
“Espiral” é o resultado de um processo de autodescoberta de quatro anos. Senti a necessidade de entender o que eu estava sentindo em 2020 e foi através da escrita que eu comecei a fazer músicas confessionais, mais íntimas e acho que esse formato provoca uma cumplicidade maior entre a música e quem está a ouvindo. Achei importante passar por esse processo para entender quem eu sou como compositora e a canção se tornou a linguagem ideal pra isso. A partir dessa narrativa, encontrei uma identidade para o trabalho solo.

Quais serão os próximos passos? Virão mais novidades para acompanhar o novo disco?
O próximo passo é fazer o show de “Espiral” e já comecei os ensaios. As datas de show tem previsão para o segundo semestre deste ano. Em paralelo, estou trabalhando em novas canções e não vejo a hora de lançá-las.