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Entrevista: MC Kekel fala de parcerias, “FavElon” e mais

Cantor lançou “Ex Trouxa” com Bruno Martini, Max Único e Nanno

Foto: Reprodução Instagram

A faixa “Ex Trouxa” traz parceria de nomes do funk e música eletrônica, dentre eles, MC Kekel. O músico se uniu a Bruno Martini, Max Único e Nanno para juntar diferentes universos musicais para atingir diferentes públicos. Em entrevista ao Tracklist, MC Kekel explica como foi misturar esses gêneros musicais, além de suas referências, seu outro novo single chamado “FavElon”, e mais.

Entrevista: MC Kekel

Como foi trabalhar essa mistura de gêneros para o novo single “Ex Trouxa”?

Acho que essa barreira de gêneros vem cada dia mais sendo “quebrada”. Hoje, já virou moda você misturar sertanejo com funk, pop com rock, então já era algo que eu estava super aberto pra fazer. Sempre quis trazer a pegada eletrônica para o meu funk. O convite desse feat veio numa hora perfeita e tenho certeza que essa mistura vai conquistar os ouvidos de geral.

Já era um desejo seu explorar outros gêneros musicais além do funk?

Como artista, a gente sempre procura testar coisas novas. Acho que, hoje em dia, quanto mais referências um cantor tiver, melhor. Foi ótimo sair da minha zona de conforto que é o funk e explorar outro estilo. É um desafio que eu quero encarar mais e mais. Que venham mais misturas como essa!

A música tem muito potencial para viralizar nas redes sociais. Qual sua opinião sobre essa influência do TikTok nas músicas hoje em dia?

Eu acho que o TikTok e as redes sociais em geral são com certeza grandes aliados para nós artistas. O mundo acessa essas redes. Tudo o que cai na plataforma tem potencial de viralizar em instantes, claro, se o conteúdo for bom. 

Por isso, com o single “Ex Trouxa” foi tudo muito pesado… Buscamos trazer uma mistura de melodias marcantes e base eletrônica com potencial para viralizar nos challenges do TikTok. As redes são uma forma muito boa de divulgarmos nosso trabalho e contar ainda com esse “empurrãozinho” do público ao lançar, desafios que vão replicando e replicando até virar hit e despontar nas paradas.

Sobre o single “FavElon”, a música traz uma mensagem muito relevante. Pode explicar mais o conceito dela?

A ideia principal de “FavElon”é chamar a atenção das pessoas. Acho que hoje está todo mundo tão preocupado com o seu próprio “mundinho” que acabam esquecendo dos problemas que estão bem na nossa frente.

A realidade e vida nas comunidades por todo o país é bem difícil, e já que eu mesmo saí da periferia, da “quebrada”, sinto que tenho como missão mostrar isso pro público. Com esse lançamento, quis abrir o olho das pessoas, principalmente da elite que consegue ajudar, como o Elon Musk, para “olharem” para esse problema. 

Me inspirei na favela “Marte” para fazer um trocadilho com a missão liderada pelo Elon de povoar o Planeta Vermelho, além de evidenciar o trabalho social “Favela 3D”, que é feito por lá pela ONG Gerando Falcões. Mas, a causa por trás da música é bem mais ampla, fazendo um apelo ao combate da pobreza nas comunidades de todo o Brasil. 

Pode contar mais sobre como foi gravar esse videoclipe? 

A ideia do videoclipe veio muito rápido para dar voz ao projeto social por trás da favela. O gancho do nome da favela “Marte” serviu pra gente querer focar nesse tema de espaço sideral. 

Na letra da música tem o verso: Tô me sentindo um astronauta flutuando no espaço’, e levar essa ideia para gravar dentro da favela que leva o nome do Planeta Vermelho foi perfeito.

Sobre a sensação de gravar o videoclipe, foi muito especial e interessante, porque além de querer passar a realidade e a situação vulnerável da favela, quando entrei em contato com os moradores de lá, pude sentir não só a tristeza, mas também o ar de esperança e felicidade que ainda existe nesse lugar, o que também me fez querer transmitir isso no clipe.

Qual você acha que é o desafio mais importante para você, dentro da música, ao transmitir essas mensagens?

O desafio é com certeza fazer o público conhecer a causa, e eu estou aqui exatamente para isso. Esse é o poder da música: fazer as pessoas se conectarem com a mensagem que a gente passa. A vida nas favelas é um tipo de problema que a gente ouve falar o tempo todo na mídia, mas quando trazemos para os versos, para a caneta, a gente realmente toca o coração das pessoas.

Em “FavElon” por exemplo, para sensibilizar e motivar as pessoas a participarem de forma efetiva na luta contra à pobreza, lançamos ainda além do single e o clipe, o challenge de “FavElon” nas redes sociais. 

https://www.instagram.com/p/ChGB6gVAOnp/

O challenge desafia as pessoas a colocarem um balde na cabeça segurando um papel pedindo para que as pessoas “olhem” para uma determinada comunidade. O motivo do balde? Com o item encaixado na cabeça, as pessoas deixam de ver o mundo e deixam de ser vistas, situação muito semelhante ao que os moradores de periferias vivenciam no dia a dia. Ou seja, o challenge tem um caráter bem reflexivo.

Por fim, há mais projetos em andamento? Pode contar mais sobre eles?

Vem um novo álbum por aí ainda neste ano, com participações muito bacanas para celebrar uma data muito representativa e especial, mas não posso dar mais spoilers! (risos).

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