Há dois anos, Majur subia ao palco do Rock in Rio pela primeira vez para participações mais do que especiais. A cantora foi convidada às apresentações de ninguém mais, ninguém menos que Emicida e Ludmilla, oferecendo o seu próprio cartão de visitas como uma das principais promessas da música nacional. Agora com dois discos na bagagem e importantes sucessos em seu repertório, a artista volta ao evento no auge de sua carreira para uma performance única.
Em 2024, a cantora retorna ao festival como uma das representantes da MPB no Dia Brasil, totalmente dedicado à música nacional. Ao lado de enormes referências como Ney Matogrosso, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Gaby Amarantos e tantos outros nomes, Majur subirá no Palco Mundo em uma homenagem à música popular brasileira, e também quer deixar a sua digital impressa. “Eu tenho seis anos de visibilidade da carreira e são tantas conquistas, são tantos lugares que eu não imaginava… e um deles é esse: estar no Palco Mundo, aos 28 anos, com dois álbuns e com as minhas maiores referências no Brasil. Eu estou realmente vivendo um sonho”, conta.
Em entrevista ao Tracklist, a artista conversou sobre as expectativas para se apresentar no Rock in Rio e também sobre o atual momento de sua carreira, depois de assinar um contrato com a Universal Music Brasil para a gravação de seus próximos trabalhos de estúdio. Para Majur, esse é só o começo. “Eu não tenho duvidado das coisas que tem aparecido pra mim. Eu acredito que elas fazem parte do meu caminho de algo muito maior. E se estão impressionados agora com todas as coisas que estão acontecendo, preparem-se porque a gente vai chegar muito mais longe”, declara.
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Leia a entrevista de Majur na íntegra
TRACKLIST: Depois de fazer uma participação especial nos shows do Emicida e da Ludmilla em 2022, esta será a terceira vez que você sobe ao palco do Rock in Rio. Qual a sua expectativa para a apresentação e o que podemos esperar do show?
MAJUR: Eu tenho construído uma história com o Rock in Rio. A primeira vez que eu cantei eu estava com Emicida, em “AmarElo”. A segunda vez que eu fui cantar, eu já fui cantar fazendo uma homenagem a Elza Soares. No mesmo dia, também cantei no palco com a Ludmilla e, agora, vem eu de fato vindo como artista, apresentando meu trabalho, cantando a minha música. Ainda não é o show completo de Majur, mas acho que isso também faz parte do processo. Acredito que no próximo festival ou no próximo momento com o Rock in Rio seja isso que eu venha apresentar. Mas eu estou muito, muito feliz com o reconhecimento do meu trabalho. Eu estou num momento icônico, no Palco Mundo, representando a MPB. E, de fato, eu sou uma das vozes novas da música brasileira.
TRACKLIST: O show “Para Sempre MPB” homenageia a música popular brasileira, ao lado de grandes nomes nacionais como Ney Matogrosso, Daniela Mercury, Gaby Amarantos, entre muitos outros. Qual é o sentimento de dividir o palco com ídolos tão marcantes de diferentes gerações e estilos da nossa música?
MAJUR: Eu estou muito feliz de poder estar nesse show que representa muito, e que vai falar da minha história, da minha trajetória e do bastão de fato que é a música brasileira, quando surgem novos artistas e os artistas antigos estão ali e abraçam. Eu vou estar no palco com artistas que fizeram isso comigo, especificamente, a Daniela Mercury e Margareth Menezes, que foram as primeiras pessoas que me colocaram no trio em Salvador, baianas conterrâneas como eu, minhas referências do afropop. Assim como Carlinhos Brown, que também é uma das maiores referências do afropop. Vamos estar ali juntos, todos juntos, cantando a nossa música. É algo que eu não imaginava que iria acontecer agora. Eu tenho seis anos de visibilidade da carreira e são tantas conquistas, são tantos lugares que eu não imaginava… e um deles é esse: estar no Palco Mundo, aos 28 anos, com dois álbuns e com as minhas maiores referências no Brasil. Eu estou realmente vivendo um sonho.
TRACKLIST: O seu nome tem sido cada vez mais frequente na programação dos principais festivais brasileiros, e recentemente você se apresentou no festival Roskilde, na Dinamarca. Como você se sente conquistando espaços cada vez mais importantes e simbólicos por meio de sua arte?
MAJUR: Eu sei que esse é o caminho. E o caminho é construir uma carreira, é poder representar o país – e eu tenho uma representação da música baiana que é minha raiz. Eu não imaginava que a minha voz era tão poderosa, e chegar tão longe e tão rápido é gratificante. Por ser cada vez mais eu e por entender que a individualidade é importante e que a gente precisa buscar cada vez mais se encontrar dentro desse processo é que eu percebo que o que é seu te acha, sabe, e eu não tenho duvidado das coisas que tem aparecido pra mim. Eu acredito que elas fazem parte do meu caminho de algo muito maior. E se estão impressionados agora com todas as coisas que estão acontecendo, preparem-se porque a gente vai chegar muito mais longe. Eu acredito que eu vou muito mais longe. Isso é só o começo.
TRACKLIST: Recentemente, você assinou um contrato com a Universal Music Brasil. O que podemos esperar para os próximos passos da sua carreira após o acordo com a gravadora?
MAJUR: Esse momento simboliza um marco temporal de tudo que eu construí até aqui. E, claro, os meus fãs vão perceber uma Majur mais segura e potente nos palcos. Eu acredito que, agora, com a Universal Music, eu vou conseguir amplificar a minha música e alcançar inúmeras pessoas. Estou feliz com essas novidades e aguardem os próximos lançamentos. Ano que vem, vamos ter um álbum de axé.
TRACKLIST: Depois dos seus primeiros dois discos, “Ojunifé” (2021) e “Arrisca” (2023), estabelecerem uma forte identidade para a sua música, como você imagina a sonoridade do seu próximo trabalho?
MAJUR: Eu ainda não posso revelar muitas coisas, mas eu tenho dito para todo mundo que o meu próximo álbum é um álbum de axé. E quando eu falo que é um álbum de axé, quem sabe o que é axé, sabe o que eu estou falando. O que posso adiantar é que teremos músicas em Yorubá, teremos músicas falando sobre orixá, sobre natureza… e eu vou elevar a um outro lugar. Meu nome no candomblé é Ojunifé, que significa olhos do amor. Eu tenho uma missão de trazer o amor através das minhas palavras e construir nas pessoas o amor por si próprio, o amor à natureza, o amor à vida. Eu acho que por aqui a gente já sabe mais ou menos como será esse álbum. Emocionante!