Lou Garcia lançou, nesta sexta-feira (3), o single “ainda te busco”. O trabalho marca a estreia da cantora na Universal Music, e é a primeira amostra de seu primeiro álbum de estúdio – que chega ainda este ano nas plataformas de streaming.
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A artista divulgou, ainda, o videoclipe oficial da música para acompanhar o lançamento. Com direção de Gustavo Araújo, a produção apresenta um visual retrô. Além disso, um novo personagem é apresentado: Todai, uma representação do amor unilateral. Confira:
A baiana de 22 anos já participou do “The Voice Kids” e, posteriormente, tornou-se uma das promessas do indie pop brasileiro. Ela classifica seu estilo como indie room, ou seja, músicas feitas de maneira intimista e com ambientação retrô.
Recentemente, a cantora deu mais detalhes sobre o novo trabalho em conversa com o Tracklist. Acompanhe abaixo!
Entrevista: Lou Garcia
Lou, poderia falar um pouco sobre a faixa “ainda te busco”? Qual é a mensagem por trás dessa música e como foi o processo de produção e composição?
“Então, eu fiz a música ‘ainda te busco’, no passado. Acho que foi entre novembro e dezembro. E ela tem duas versões: uma de quando eu não sabia o que a pessoa queria; e uma versão da outra parte da música, em que eu já sabia o que a pessoa queria, só que ela, no final, era realmente confusa. Então, a música fala exatamente sobre isso: sobre você ser a pessoa que está esperando uma resposta de alguém. Sobre como uma pessoa confusa faz você depender emocionalmente de uma resposta que você não consegue ter. Mas, na verdade, a pessoa só não sabe como realmente falar o que quer.
“E é basicamente isso. Ela é uma música bem intimista. Eu e o Gustavo Schirmer, meu produtor, trabalhamos nela ela no estúdio dele […] E ele tem toda essa estética do vintage. Então ela traz bastante essa vibe de dirigir à noite, de pegar a estrada, de assistir o nascer do sol. E esse é o primeiro single que eu estou lançando com a Universal Music, e é uma música que é muito… é uma das mais íntimas que eu tenho para mostrar. Todas são muito íntimas, mas ela em específico é algo que realmente joga na cara”.
Sonoramente, quais são as principais referências para esse single?
“Eu produzi ela com o Schirmer, e ele tem toda essa estética do vintage, como eu falei. E acredito que em referência, em si, a gente nunca pensa muito. A gente normalmente vai fazendo o que sente na hora. Então acho que foi mesmo a vibe do que a gente estava pensando em fazer na hora. E ele tem muito isso do sintetizador, dos anos 80. Então, quando a gente começou a fazer a música, eu já estava fazendo uma melodia e pensando o que eu iria escrever na letra. Acho que a referência é o Gustavo [risos]”.
E sobre o clipe, o que pode ser antecipado?
“No clipe de agora, surgiu um novo personagem. Antes tinha a Caruma, que era aquela coelha que tinha os brilhos; e tem esse novo personagem, que é o Todai. E, basicamente o clipe mostra essa estética, mas ao mesmo tempo não é só isso. Traz essa vibe de dirigir à noite, que é uma coisa que muitos fãs sempre falaram para mim, que a minha música trazia isso, então eu trouxe para o clipe. E aí tem a coisa do afundar, de estar em uma piscina – e, inclusive, isso foi gravado em uma piscina de 5m de profundidade. Foi uma experiência esse dia. E fala sobre isso, sobre afundar nos seus sentimentos e pensamentos, sobre ter aquela luz, que é basicamente mostrando os sentimentos explodindo.
“E tem o Todai, o cabeça de globo, que é a representação do amor unilateral, que não é recíproco. Porque ele é alguém que, nesse primeiro clipe, só vai estar com a metade do corpo, e eu estou abraçando essa metade. É alguém que eu estou abraçando que não está por inteiro. Eu estou por inteira, e a pessoa não. E é aquilo que é bonito por fora, aquele brilho todo, e é oco por dentro. É algo que você acha que é tudo aquilo, mas que por dentro não é nada. É basicamente uma resposta para ‘ainda te busco’”.
“Todos os clipes agora vão seguir essa estética de um universo, mesmo. De criar um universo. Tanto a Caruma, que é do clipe de ‘Quem Me Dera’, e agora o Todai. E os outros personagens que provavelmente vão surgir aí”.
“ainda te busco” é a primeira amostra de seu álbum de estreia. O que podemos esperar esse trabalho? O projeto já está finalizado?
“Assim, tem muita música. Mas ainda estou meio que pensando nas que vão entrar. Basicamente, todas as músicas têm uma pegada muito disso que eu falo, de letra triste e de batidas mais alegres. Então acredito que o que dá para esperar é realmente… lágrimas e dança. Essa é a estética do álbum: dançar chorando”.
Você classifica o seu estilo como indie room. Como você explicaria esse gênero?
“Esse termo surgiu em um almoço. Estava eu, meu produtor e o Nico [Braganholo], meu empresário. A gente estava pensando: ‘Nossa, qual que seria o nome para definir? O nome do estilo?’ E aí eu lembrei do bedroom pop – que tem o indie pop e o bedroom pop – e aí eu pensei: ‘Por que não juntar o indie com o room?’ Porque o indie tem essa coisa muito pessoal, e é exatamente isso que eu faço nas letras. Essa coisa do íntimo, algo que foi feito dentro de um quartinho”.
Como você começou a trajetória na música? Sempre quis seguir carreira profissional?
“A carreira profissional foi algo que ficou muito claro para mim depois que eu participei do ‘The Voice Kids 2016’. Foi algo que abriu minha cabeça, e eu pensei: ‘É isso que eu quero seguir’. Mas antes do programa, assim… Eu sempre cantei muito no meu colégio, mas antes de cantar no colégio, eu comecei nos instrumentos. Então o foco nunca foi minha voz, eu nunca pensava em cantar. Eu sentia muita vontade de tocar violão, e comecei no piano. Mas nunca foi sobre a minha voz, nem escrita. Eu sempre fazia muitos covers, não escrevia músicas. E depois de começar a cantar na escola, as pessoas começaram a falar: ‘Nossa, sua voz é muito linda’. Daí comecei a abrir mais o meu olho para isso. Inclusive, eu participei do ‘The Voice Kids’ porque uma menina que me assistiu cantando no colégio me mandou o link da inscrição. Depois disso que eu comecei a pensar que, realmente, eu canto. Porque antes eu não fazia aula de canto, e depois do programa eu comecei a fazer”.
“Mas a música sempre esteve presente. Até porque eu cresci com a Disney, com musicais, com ‘High School Musical’; Selena Gomez; Demi Lovato cantando nas séries. E a Taylor Swift também. Inclusive, tem um momento específico que eu lembro muito, que é quando a Taylor estava lançando aquela pegada mais pop country, e na época eu tocava violão e aprendi a tocar as músicas dela. E, em um dia específico, eu sentei no meu quarto, peguei meu celularzinho, abri meu bloco de notas, comecei a tocar os acordes que sabia no violão e comecei a tentar compor. E é algo que eu lembro nitidamente. Foi ali que eu comecei – foi por causa da Taylor!”
Por último, quais são seus principais objetivos para os próximos meses?
“Acho que é levar minha música para o máximo de pessoas que se identificam com a minha estética e minhas letras. Quanto mais pessoas estiverem ouvindo minha música e se identificando… isso é algo que me abraça muito. É algo que faz valer a pena, saber que tem pessoas que passam pela mesma coisa que você. Então, acho que o que eu espero para os próximos meses é ter essas pessoas que me abracem. E ter shows também! Para ver essas pessoas que me abraçam. Porque é tudo muito online, e passar para o pessoal é algo que eu quero muito. Ver as pessoas cantando, chorando. Eu espero contato, muito contato”.
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