Juliane Hooper não tem problema em falar sobre suas emoções, estimulada diariamente por questões interiores e exteriores, encontrou através da música uma forma de extravasar, transformando seus sentimentos em arte. Em entrevista ao Tracklist, a paranaense conta sobre seu álbum de estreia, “Soulful”, que chegou às plataformas digitais na última sexta-feira (30), com músicas em inglês e português.
Entrevista: Juliane Hooper
Tracklist: Com a estreia de “Soulful”, como está sendo o retorno do seu primeiro disco autoral?
Juliane Hooper: Um mix de emoções. Feliz por ter concluído esse trabalho e por tantas pessoas me enviando mensagens que estão gostando e compartilhando o que sentiram ao ouvir. Está sendo incrível!
Dentre tantas músicas e composições carregadas de sentimento, qual é a parte do processo mais desafiadora para você na produção de uma faixa?
A parte financeira para o artista independente. É extremamente desafiador e precisa de muita persistência para colher os resultados. Não tenho apoio financeiro de ninguém e com certeza esse é o maior desafio. Também o acúmulo de funções que nós artistas precisamos ter. Marketing, rede social, ir atrás de shows, organizar agenda, repertórios… São muitas coisas que fazemos ao mesmo tempo. A parte de compor e produzir é a mais legal, mas tem muita coisa envolvida nisso.
A inspiração vem do dia a dia? Tem um momento especial que você reserva para compor?
Sim. Vem de observar as minhas relações, observar as pessoas, os acontecimentos; refletir sobre eles, e falar sobre eles. Falar sobre os sentimentos sem medo de julgamentos, sendo completamente sincera. Não tenho momentos especiais para compor, nenhum específico, não tem muita regra. Eles acontecem. Alguns saem de uma vez só, mais natural… outras ideias precisam de mais trabalho, testes, modificações.
E para você, qual a diferença entre lançar uma música em inglês e em português?
É um prazer lançar uma parte do disco em português porque é um desafio pra mim, individualmente, compor músicas soul em português. Mas gosto das duas línguas igualmente. Em português, me sinto mais “falando”, acho que a voz muda um pouco. O timbre é o mesmo mas a intenção muda um pouco. Gosto das duas!
Por fim, pensando no futuro, já tem planos de outros lançamentos em breve?
Tenho três lançamentos em mente, com participações de outras pessoas. Mas agora quero focar nesse disco e no show de lançamento em São Paulo, no dia 6 de agosto, no Whiplash, que vai ser um máximo!