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Entrevista: Dilsinho fala sobre Rock in Rio Lisboa e futuro para o pagode

Cantor foi o primeiro do segmento a se apresentar no festival

Foto: Reprodução/Instagram

Por Andressa Cerqueira e Vinicius Falcão – Histórico. Essa é a pecha a qual Dilson Scher Neto carregará pelo resto de sua carreira após apresentação no Rock in Rio Lisboa, no último sábado (22). E antes mesmo de “viciar” a plateia portuguesa, em entrevista ao Tracklist, Dilsinho contou o que o público podia esperar de sua apresentação no palco Tejo e falou sobre a expectativa de internacionalizar o ritmo para diferentes culturas.

Vale lembrar que, como o bom “diferentão” que é, o pagodeiro foi o primeiro nome do segmento a subir ao palco para um show completo no festival português. Com direito a balé, coro durante toda a apresentação e homenagem aos anfitriões, o carioca entonou canções como: “Duas”, “Diferentão”, “Péssimo Negócio”, “Refém”, “Cansei de Farra”, “Passada de Mão” e diversas outras faixas de seu repertório, inclusive “Sou Pagodeiro”, seu mais novo lançamento. Confira!

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Entrevista: Dilsinho fala sobre Rock in Rio Lisboa e planos para carreira

Você está trazendo pela primeira vez o pagode para o Rock in Rio, não é? Quais são as expectativas? Como é que você se sente?

Estou muito feliz e orgulhoso de poder representar a galera do samba, do pagode, de poder estar aqui representando o Brasil. Tem muito brasileiro mandando mensagem vindo da Irlanda, de Amsterdam. Então é legal a gente ver os brasileiros vindo de outros lugares para curtir também. Mas é uma ‘responsa’ grande. A gente preparou um show especial para o Rock in Rio com coisas que a gente já fazia no Brasil e a gente potencializou tudo o que tinha de melhor para poder entregar um show incrível para a galera daqui.

E é uma forma também da gente se sentir um pouco mais em casa, né? Tem gente que está aqui já há muito tempo longe e às vezes não consegue voltar para o Brasil e é bom ter essa nossa cultura aqui também.

É, assim, acho que é como aconteceu com a Ivete [Sangalo], né, que está nesse festival há 20 anos. O primeiro show dela em Portugal foi aqui também. Acontece com o funk, que está vindo cada vez mais para cá e para outros lugar do mundo, então, eu acho que o pagode e o samba também têm esse potencial.

[Espero] Que hoje seja só um dia que daqui a pouco vai ser um hábito de terem artistas de pagode aqui. Que a gente possa estar fazendo parte de grandes festivais como esse. O pagode e o samba estão vivendo momentos muito incríveis lá no Brasil e isso está começando a reverberar para outros lugares, então, que a gente venha para Portugal, que a gente esteja sempre fazendo parte de momentos especiais como esse.

Você pode falar alguma diferença do show no Brasil? O que você vai trazer para cá?

Pela primeira vez a gente vai fazer um número de dança com alguns dançarinos daqui de Portugal, porque é importante que a gente tenha essa conexão também. Eu vou cantar duas músicas, uma delas é uma canção que gravei com o Davi Carreira, que a gente lançou no final do ano passado. E vou fazer uma versão de “Como Tu”, da Bárbara Bandeira e do Ivandro em pagode. A gente ainda não falou isso para ninguém, estou falando para vocês em primeira mão (risos). Acho que é basicamente um show totalmente preparado para cá, tudo o que a gente vai apresentar aí, desde a parte artística, musical, luz, conteúdo de LED e figurino é tudo a primeira vez que a gente vai fazer.

Você tem planos ou planeja levar o pagode a nível internacional, ou até cantar em outras línguas?

É um sonho, né? Você imagina, por exemplo, uma Copa do Mundo. Quem é que não quer estar em uma Copa do Mundo, jogando uma Copa do Mundo e representando o seu país? Acho que a música tem esse poder. Hoje eu estou aqui representando o Brasil, claro que cantando para um público, de repente, que não teve a oportunidade de ver um show meu, brasileiros que estão com saudades, pessoas que estão só passando e vão falar “cara, que legal isso aqui”.

Então é assim, um sonho de poder conectar o som que a gente faz no Brasil hoje com outros lugares e poder, de repente, cantar. Imagina um pagode em Espanhol, enfim, o céu é o limite. Se Deus proporcionar, a gente trabalha muito e daqui a pouco, assim como eu falei, como o funk, como o trap, o rap, têm acontecido, pode ser que o pagode também tenha essa oportunidade e que a gente faça parte disso.

Pode mandar um recado para o Tracklist?

Quero deixar aqui um beijo para toda a galera do Tracklist e a você que é brasileiro e que está com saudade, a gente está aqui. Para você que é de Portugal, da Europa, de qualquer lugar do mundo, um beijo grande para você e hoje tem pagode no Rock in Rio. Beijo!