O produtor DENNIS lançou, nessa quinta-feira (10), o álbum e DVD “O (Im)possível“, que reúne mais de 15 artistas do sertanejo, do forró e do piseiro – entre eles, nomes como Luan Santana, Barões da Pisadinha, Gusttavo Lima e mais. Outras faixas serão lançadas em breve, como a parceria com Maiara e Maraísa.
O DVD foi gravado no ano passado entre Goiânia e São Paulo. Desde o lançamento das primeiras faixas, em meados de 2021, o projeto já contabiliza mais de 130 milhões de acessos no YouTube. Além do álbum, também foram lançadas, entre ontem e hoje (11), as faixas “Eu Vou“, com Luan Santana, “Você Não Trai”, com Matheus & Kauan, e “Supera Eu Aí”, com Felipe Araújo.
Colecionador de hits do funk e idealizador de uma das maiores festas do gênero do país, o Baile do Dennis, o DJ comemora a junção do estilo musical que o consagrou com o sertanejo, o forró e o piseiro, que têm alcançado público em todo o Brasil. “Tem todos os elementos de cada segmento, de cada estilo… tentei fazer isso da melhor maneira possível”, conta DENNIS em entrevista exclusiva ao Tracklist.
Na conversa, o produtor também conta como chegou aos nomes que participam de “O (Im)possível”, compartilha qual é a sua música favorita do projeto e dá um spoiler do que podemos esperar de uma segunda edição do novo trabalho. Confira a entrevista com DENNIS!
Leia também: Entrevista: Greg BBX fala sobre parceria com Dennis DJ e mais
Entrevista com DENNIS
Tracklist: Você já está acostumado a realizar parcerias de sucesso, mas o DVD “O (Im)possível” está recheada delas – mais de 15 artistas participam. Como você chegou a esses nomes para contribuir em seu novo projeto? Há algum artista com quem você não tinha trabalhado antes?
DENNIS: Com alguns artistas eu já tinha trabalhado, como Xandy Avião, Matheus & Kauan, Maiara e Maraísa… Essa galera está de volta nesse projeto. (Com) Outros eu nunca tinha trabalhado, só tinha feito remix, como o Gusttavo Lima, Jorge & Mateus, Luisa & Maurílio, Israel & Rodolffo… Tinha uma galera com quem eu não tinha trabalhado ainda.
Eu fiz uma seleção de muito mais do que 15 nomes, porque eu sabia que seria bem difícil juntar essa galera toda em um projeto onde cada um tem suas vidas, seus trabalhos, mas a gente conseguiu reunir o máximo deles, alguns dos maiores nomes do sertanejo, do forró e do piseiro. E conseguimos fazer esse projeto acontecer em Goiânia. Foi muito lindo ir para a terra do sertanejo e levar a minha mistura, que é a batida do funk, com a letra do sertanejo, com a melodia… Foi bem legal.
Desde o ano passado, você tem lançado as faixas do DVD aos poucos, além, é claro, das novas músicas com Luan Santana, Matheus & Kauan e Felipe Araújo. Como você tem percebido a recepção do público em relação a esses trabalhos?
O público vem recebendo muito bem. É um projeto diferente. As letras também são diferentes, porque quando você faz um funk, “desce, desce, desce, sobe, sobe, sobe”, de coreografia, essas coisas, é mais fácil, o viral é mais rápido. Mas ultimamente tenho feito músicas mais difíceis, digamos assim. “Sou Teu Fã” (com Bruno Martini e Vitin), “Só Você” (com MC G15), “Agora é Tudo Meu” (com Kevinho), “Deixa de Onda” (com Ludmilla e Xamã)… São letras que demoram mais para grudar na cabeça do pessoal, mas quando grudam, ficam por anos. Então o pessoal tem recebido muito bem, toco nos shows, o pessoal canta… tem sido bem legal a recepção.
Há uma predominância de colaborações do sertanejo, do forró e do piseiro em “O Impossível”. Como foi trabalhar com esses gêneros musicais?
Foi muito bom trabalhar com esse pessoal. É uma troca de experiência. Você acaba aprendendo muito nos bastidores, e ao mesmo tempo é uma conexão que fica maior. Alguns (artistas) você conhece mais, outros conhece só de vista, outros passei a falar através desse (projeto), então é uma mistura, uma conexão muito bacana. Essa colaboração do sertanejo, do forró e do piseiro em “O (Im)possível” não podia ser diferente. A mistura é real, se você ouvir tem todos os elementos de cada segmento, de cada estilo… Tentei fazer isso da melhor maneira possível e espero que a galera curta.
Imagino que todas as músicas tenham sido muito especiais de gravar. Teve alguma que você gostou mais, ou que seja a sua preferida? Por quê?
Todas as músicas foram muito especiais de gravar, com certeza. Mais especial… Eu sou muito fã de Jorge & Mateus. Quando eu gravei com o Jorge (para a música “Eu Amo Todas”) eu confesso que segurei o choro para não chorar na frente dele. Sou muito fã mesmo, falo isso direito para eles. Até aprendi a gostar de sertanejo através de Jorge & Mateus, então tenho um “chameguinho”, assim, com “Eu Amo Todas”.
O DVD foi gravado no ano passado. Você pode compartilhar como foram as gravações? O que você acredita que mais vai chamar atenção dos fãs na apresentação?
O que mais vai chamar atenção dos fãs é ver o Luan Santana cantando funk, o Gusttavo Lima cantando funk… Ninguém imaginava isso, é muito legal. Todo mundo achava que era impossível (risos) lá atrás, quando o sertanejo nem tocava no Rio, era mais o funk… E agora está todo mundo se conectando, se unindo. Acho que o público, apesar de já ter uma galera fazendo ‘funknejo’ há um tempo’, esses nomes cantar um “funkão” assim do zero vai ser bem legal.
Podemos esperar um volume 2 do DVD? Se sim, o que você gostaria de trazer neste possível novo projeto?
“O (Im)possível 2” já está planejado. Já está gravado, na verdade. Ele é todo de piseiro e a gente vai lançar depois desse álbum (“O (Im)possível”), logo em seguida. (O volume 2 contará com) João Gomes, Vítor Fernandes, Vitinho Imperador, Brisa Star… galera muito massa do piseiro.
E finalmente: por que “O (Im)possível”?
Eu escuto essa palava há muito tempo. Eu falei “vou ser DJ” com 14 anos, e as pessoas falavam: “Ah, para com isso, vai trabalhar”, como se ser DJ não fosse um trabalho. Eu falava: “Vou montar uma label com o maior show de funk do Brasil, com mais de 20 mil pessoas, o Baile do Dennis”, e retrucavam: “Isso é impossível”. E está aí hoje o Baile do Dennis. Eu sempre escutei isso e nunca desisti. Inclusive, ouvi isso agora, quando falei que iria reunir todos esses nomes para gravar comigo e falavam “é impossível”. Daí eu pensei: “opa, esse é o nome (do projeto)”.
Ouça “O (Im)possível“: