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Dia da Consciência Negra: 6 filmes que promovem a reflexão racial

Confira alguns títulos que incentivam o debate sobre as questões raciais

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Fotos: Divulgação

Hoje, 20 de novembro, celebra-se o Dia da Consciência Negra. A data comemorativa foi instituída formalmente em 2003, e é dedicada à luta da população negra do Brasil. O dia constituído para a celebração refere-se à morte de Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes da resistência negra do país; que lutou pela libertação do povo contra a escravidão.

Neste sentido, a data convida a população a pensar sobre as questões raciais e temas relacionados – discriminação, desigualdade social, cultura afro-brasileira e outros debates.

Para marcar o Dia da Consciência Negra, o Tracklist compilou alguns filmes que trazem à tona a reflexão racial, além de títulos que destacam o protagonismo negro. Acompanhe abaixo!

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Dia da Consciência Negra: 6 filmes para assistir nesta data

“Pantera Negra: Wakanda para Sempre”

Este mês, chegou aos cinemas a mais nova produção da Marvel, “Pantera Negra: Wakanda para Sempre”. A sequência do filme de 2018 é dirigida por Ryan Coogler. O enredo acompanha a Rainha Ramonda (Angela Basset); Shuri (Letitia Wright); M’Baku (Winston Duke); Okoye (Danai Gurira) e as Dora Milaje em sua luta para proteger o reino de potências inimigas após a morte do rei T’Challa.

Além de seguir com os elementos que transformaram a obra original em um sucesso – protagonismo negro e resgate de referências históricas, políticas e culturais –, o novo longa é uma grande homenagem ao legado de Chadwick Boseman. O ator, que viveu o protagonista na primeira produção, faleceu em agosto de 2020, em decorrência de um câncer de cólon.

“Cidade de Deus”

“Cidade de Deus” se tornou um dos mais importantes filmes do cinema brasileiro, e com razão – suas temáticas são extremamente relevantes até os dias atuais. O longa, que estreou em agosto de 2002, é dirigido por Fernando Meirelles, codirigido por Kátia Lund, e roteirizado por Bráulio Mantovani, a partir da obra literária homônima de Paulo Lins. O filme possui quatro indicações ao Oscar, incluindo a categoria de Melhor Direção.

A narrativa acompanha o crescimento do crime organizado na comunidade Cidade de Deus, do Rio de Janeiro, desde os anos 1960. Todos os acontecimentos são contados a partir do ponto de vista de Buscapé (Alexandre Rodrigues), um menino que, apesar de conviver diariamente com a violência, encontra meios para se manter fora da vida do crime.

Além de Rodrigues, o elenco conta com Leandro Firmino, Alice Braga, Douglas Silva, Phellipe Haagensen, Michel Gomes, Seu Jorge e mais. O longa pode ser encontrado no catálogo da Paramount+, Globoplay e Amazon Prime Video.

“Moonlight: Sob a Luz do Luar”

Ganhador de três estatuetas do Oscar – incluindo a categoria de Melhor Filme –, o longa “Moonlight: Sob a Luz do Luar” estreou em 2016, sob a direção de Barry Jenkins. A produção conseguiu diversos marcos: se tornou o primeiro filme com elenco inteiramente negro e o primeiro filme de temática LGBT a ganhar o prêmio de Best Picture na cerimônia da Academia.

A trama, dividida em três etapas, acompanha a jornada de Chiron (conhecido como Black), enquanto ele tenta escapar do caminho da criminalidade em Miami. Em paralelo, o protagonista lida com a descoberta de sua sexualidade e consciência racial.

O elenco inclui Trevante Rhodes, Ashton Sanders, Alex Hibbert, André Holland, Jharrel Jerome, Jaden Piner, Janelle Monáe, Naomie Harris, Mahershala Ali e mais. O filme está disponível para streaming na HBO Max.

“Medida Provisória”

Com direção de Lázaro Ramos, “Medida Provisória” estreou no dia 14 de abril deste ano. O filme é uma adaptação da peça de teatro “Namíbia, Não!”, uma tragicomédia assinada por Aldri Anunciação.

Ambientado no Brasil em um futuro distópico, o enredo apresenta a implementação de uma medida provisória que determina a volta de todos os afro-brasileiros ao continente africano, como uma forma de “retomar às origens”. A aprovação da lei afeta diretamente a vida do casal Capitu (Taís Araújo) e Antonio (Alfred Enoch), além de André (Seu Jorge), primo que mora de favor na casa dos dois. É possível acessar o conteúdo através da plataforma Globoplay.

“Estrelas Além do Tempo”

“Estrelas Além do Tempo”, filme de 2016 dirigido por Theodore Melfi, tem inspiração no livro homônimo de Margot Lee Shetterly. A obra cinematográfica é estrelada por Taraji P. Henson, Octavia Spencer e Janelle Monáe; e conta com a participação de Kevin Costner, Kirsten Dunst e Jim Parson.

Baseado em fatos reais, o longa apresenta a história das três cientistas afro-americanas Katherine Johnson, Dorothy Vaughn e Mary Jackson. Ao longo do enredo, as amigas lidam com a segregação racial e sexismo que dificulta a ascensão do trio na hierarquia da NASA. O filme pode ser encontrado no catálogo da Disney+.

“Que Horas Ela Volta?”

“Que Horas Ela Volta” é um drama de 2015, dirigido e escrito por Anna Muylaert. O filme acompanha a jornada de Val (Regina Casé), uma mulher nordestina que vai para São Paulo em busca de melhores condições de vida. Para isso, ela precisa deixar para trás a filha Jessica (Camila Márdila).

Na capital paulista, ela consegue o cargo de babá e empregada doméstica na residência do casal Bárbara (Karine Teles) e José Carlos (Lourenço Mutarelli), uma família de classe média alta. Posteriormente, a filha de Val vai para São Paulo para prestar vestibular, e procura a mãe para ajudá-la. No entanto, a convivência entre as duas torna-se difícil por uma série de fatores.

O longa levanta diversos questionamentos sobre a estrutura da sociedade brasileira, trazendo reflexões sobre desigualdade social, racismo, sexismo, xenofobia e mais. “Que Horas Ela Volta” está disponível na Netflix e Globoplay.

Extra – Para ficar de olho: “Emancipation – Uma História de Liberdade”

“Emancipation” é uma futura produção original da Apple TV+. A estreia está marcada para o dia 2 de dezembro nos cinemas, e 9 de dezembro na plataforma de streaming. O filme é protagonizado por Will Smith, e apresenta direção de Antoine Fuqua.

A obra é baseada na história real de Gordon, que ficou conhecido como “Whipped Peter”. No enredo, Will vive Peter, um homem negro que escapa de uma plantação de Louisiana; arriscando sua vida para fugir do regime de escravidão e salvar sua família. Ele faz uma jornada até o norte dos Estados Unidos, onde ganha a liberdade ao juntar-se ao Exército da União.

Durante a 51ª edição do evento Black Caucus Foundation, Smith descreveu o filme, dizendo: “Esse não é um filme sobre escravidão. Esse é um filme sobre liberdade. É um filme sobre resiliência, sobre fé. É um filme sobre o coração de um homem”.

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