Com talento e repertório de sobra, Lucas e Orelha unem suas trajetórias em uma dupla onde um exalta as qualidades do outro. Agora, eles chegam aos tocadores digitais com a nova edição do projeto “Virou Pagode”, que já tem cinco versões lançadas. Em entrevista ao Tracklist, Lucas e Orelha contam mais sobre o projeto no geral, o “Virou Pagode #6”, próximos passos da carreira e mais.
Entrevista: Lucas e Orelha
Tracklist: Já na sua 6ª edição do “Virou Pagode”, como surgiu essa ideia de transformar grandes clássicos em versão pagode?
A gente iniciou esse projeto no Instagram. A ideia surgiu por lá, aí estávamos no estúdio produzindo algumas coisas, e transformamos algumas músicas que não eram pagodes em pagode. Aí surgiu o nome “Virou Pagode”, por que faz todo o sentido, né?
Como é feita a seleção das músicas para integrarem o projeto?
A seleção das músicas é feita baseada no que a gente tem como referência de música e nas coisas que a gente gosta de ouvir. A gente pesquisa muito. Eu, por exemplo, acabo pesquisando coisas que eu ouvia no passado, que eu lembro, e acabo achando músicas que a gente amava muito ouvir, mas que hoje a galera não toca no show. Aí, trazemos pro “Virou Pagode”, porque são músicas que marcaram não só a nossa vida, mas a de muita gente.
E a adaptação das canções em outro gênero musical? Há alguma dificuldade no processo?
Isso não é muito difícil, porque a gente tem uma gama de produtores muito legais no estúdio. Quem produz esse projeto junto com a gente é o Marcha 10, que faz parte do Estúdio Mousik, e o Thiago Silva, que são pessoas que facilitam muito a nossa vida na hora de transformar grandes clássicos em pagode.
Os artistas das faixas originais chegam a participar? Como é essa relação com eles?
Cara, seria um sonho os artistas das faixas originais participarem! A gente ainda não tentou algo do tipo, vale experimentar nos próximos. A gente teve o prazer de viver isso com o Vitin, que é um artista muito consagrado no reggae music. Foi muito legal viver essa experiência com ele, mas não experimentamos ainda com outros. Tenho um desejo de experimentar isso com o Emicida, com a galera do NX Zero, com o Marcelo Falcão e O Rappa. A gente ama e tem um desejo de experimentar isso com esses artistas. Não só os que eu citei agora, mas outros também. Reviver músicas desses artistas em pagode, no “Virou Pagode”, seria incrível pra mim. É um sonho.
Além disso, as participações especiais são bem presentes nos EPs. Como é colaborar com diferentes artistas nesse projeto?
É incrível colaborar com artistas tão diferentes, de outros gêneros, nesse projeto, porque o intuito é esse: o conceito do “Virou Pagode” não é só Lucas e Orelha se tornar pagode — porque a gente vem do R&B, mas, hoje, fazemos essa transição pro pagode —, porém também toda a galera que a gente chama pra participar do “Virou o Pagode”. Tanto é que a gente não tem regra. Não necessariamente a pessoa que vem participar precisa ser do Pagode, sabe? Então, acho que isso é o diferencial do projeto.
Quais os próximos planos de lançamentos musicais? Algo que já podem adiantar?
Eu posso adiantar que vocês vão curtir muita coisa do “Virou Pagode” ainda! Nosso próximo passo é super especial. Teremos a gravação do audiovisual de 10 anos de carreira do Lucas e Orelha, com uma nova edição do “Virou Pagode”. A temática será de celebração desses 10 anos, de tudo o que a gente ouviu ao longo desse período. Vão ter releituras de músicas autorais nossas, que marcaram a nossa história, também vão ter releituras de grandes sucessos do Pagode e da MPB. Enfim, eu posso adiantar que vai ser um álbum incrível! Será um álbum audiovisual do “Virou Pagode” e a ideia é que tenham entre 12 e 16 músicas, com participações mais que especiais. Então, aguardem que vocês vão amar!