No último mês, a cantora norte-americana Alex Vaughn lançou a versão deluxe de seu mais recente álbum, intitulada “The Hurtbook (Homegirl Pack)”. No projeto, a artista de R&B mostra seu amadurecimento musical e aborda questões como desilusão amorosa, relacionamentos tóxicos e construção da autoestima.
Leia mais: Entrevista: DAY LIMNS detalha nova era com “VERMELHO FAROL”
O trabalho traz faixas como “IYKYK”, com Muni Long; e “Demon Time”, com Ari Lennox. Além disso, o disco inclui o carro-chefe “So Be It”, que chega com uma nova versão – com a colaboração de Summer Walker.
Recentemente, Alex entrou para o coletivo LVRN, responsável por impulsionar talentos como 6LACK, Summer Walker, Westside Boogie e mais. Além disso, ela participa, atualmente, da turnê “A/S/L”, de Ari Lennox.
Em entrevista para o Tracklist, Alex Vaughn falou sobre seu novo álbum, trajetória na música e mais. Confira abaixo!
Entrevista: Alex Vaughn
Seu novo álbum, “The Hurtbook”, aborda temas como desilusão amorosa, relacionamentos tóxicos e construção de autoestima. Como foi a produção dessas faixas? Você sente uma sensação catártica quando fala sobre essas experiências?
“O processo é sempre uma jornada, mas no geral, é super divertido! Muitas das histórias por trás dessas músicas aconteceram comigo em tempo real, e ainda é muito desconfortável compartilhar. Mas trabalhar com meus amigos e construir a produção [do álbum] me ajudou a abraçar minhas histórias através de visões diferentes. Sempre encontro liberdade em minhas experiências durante o processo de produção”.
O álbum inclui colaborações com Summer Walker, Ari Lennox e Muni Long. Como foi trabalhar com essas artistas?
“É uma honra poder trabalhar com 3 lendas em formação. Eu sou tão inspirada por elas e tudo que fazem! Todas são ARTISTAS que estão dominando e criando novos espaços de suas próprias maneiras, tudo enquanto derrotam as adversidades ao mesmo tempo. Estou feliz por estar alinhada com elas e empolgada com o que vem a seguir para todas nós”.
Para você, qual é a melhor faixa de “The Hurtbook”?
“Pessoalmente, acho que ‘Demon Time’ é a melhor de ‘The Hurtbook’. Ou um empate entre ‘So Be It’, ‘Mirage’ e ‘Demon Time’.
Qual é a principal diferença entre seu projeto atual e seu álbum anterior, “The Shift”?
“A principal diferença seria o tempo e amadurecimento. Acredito que a minha mensagem ainda é a mesma, mas meu relacionamento comigo mesma, com a música e com o mundo está em constante evolução. Estou ficando com menos medo de mim e das minhas capacidades, e com isso estou abrindo novas perspectivas e formas de expressas meus sentimentos e criação. ‘The Shift’ teve que rastejar para que ‘The Hurtbook’ andasse. Estou ansiosa para ver como será a ‘corrida’!”
Você é do Condado de Prince George, em Maryland. Você que o local onde cresceu influenciou a construção da sua identidade artística? Se sim, como?
“Nascer e crescer no DMV desempenhou um papel tão importante na minha identidade artística. Crescer no Condado de PG deu o tom de como exalar excelência negra, enquanto ainda posso me divertir, manter o senso de humor e, acima de tudo, espalhar amor”.
“Essa área sempre teve um jeito especial de aproximar as pessoas e criar uma comunidade. Todos os eventos, especificamente eventos de música ao vivo, transformam a audiência – independente de raça ou identidade – em uma grande reunião de família (um alô para GoGo). Ver e sentir essa troca de energia, desde o palco até a plateia, e o impacto que isso tem sobre uma cidade inteira é algo inigualável para sempre. Isso apenas me inspirou a carregar essa mesma energia comigo em tudo o que faço e inspirar o maior número de pessoas, da mesma forma que eu fui”.
Atualmente, você está participando da turnê de Ari Lennox. Como esses shows agregam à sua experiência como performer de forma prática – especialmente após a pandemia?
“Toda essa experiência tem sido incrível. Esta é a minha primeira turnê, então eu estou oficialmente ganhando vida na estrada e aprendendo a manter minha saúde. Eu aprendi a aceitar e abraçar cada estado de ser e a transformá-los em combustível! Cada dia vinha com seus fluxos e refluxos; e usar essas emoções nos shows, ao invés de acumulá-las, elevou e fortaleceu meu relacionamento com minhas emoções, além da minha performance – e eu adoro me apresentar!”
“A pandemia foi uma mudança drástica no estilo de vida de tantas pessoas, e nos forçou a continuar nos convidando a criar e abraçar uma nova norma que funcionasse para nós. De certa maneira, aqueles momentos aparentemente ociosos presos em casa me prepararam para momentos como esse”.
Nos siga no Twitter e no Instagram!