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Arctic Monkeys entrega show clássico e cativante no Rio de Janeiro

O evento abriu a turnê sul-americana da banda britânica, que ainda irá passar por São Paulo e Curitiba

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Foto: Ag. Brazil News/Thyago Andrade

De volta ao Brasil após mais de três anos, o Arctic Monkeys realizou, nesta sexta-feira (4), um show no Rio de Janeiro. O concerto faz parte da nova turnê sul-americana da banda, que ainda possui mais datas no Brasil: o festival Primavera Sound, em São Paulo; e um show em Curitiba.

O concerto faz parte da agenda de promoções do novo álbum do grupo, denominado “The Car”. O projeto começou a ser trabalhado em agosto deste ano, com a divulgação da faixa “There’d Better Be A Mirrorball” – que abriu a apresentação do quarteto na capital fluminense.

O espaço da Jeunesse Arena, que possui capacidade para 18 mil pessoas, encheu aos poucos. Os portões abriram às 18h – enquanto o show principal iniciava-se apenas às 22h. A partir das 20h45, no entanto, o show de abertura da banda Interpol começou a animar (e preencher) a pista e as arquibancadas.

Apesar de não ser a atração principal da noite, a apresentação do grupo norte-americano conseguiu arrancar alguns coros nos títulos mais conhecidos, como “Evil” e “Rest My Chemistry”.

Saiba mais sobre o show do Arctic Monkeys no Rio de Janeiro

A arena ficou ainda mais cheia a partir das 22h, quando os donos da festa subiram ao palco. Como mencionado anteriormente, a banda abriu o show com a recente – mas que já soa como um clássico – “There’d Better Be A Mirrorball”; seguida por “Brianstorm”, faixa já muito conhecida e celebrada pelos fãs.

Apesar de ser uma turnê pautada no novo disco do grupo, a setlist do concerto equilibrou canções de diversas eras. “Snap Out of It” foi seguida de “Crying Lightning” e “Don’t Sit Down ‘Cause I’ve Moved Your Chair”. O hit “Why’d You Only Call Me When You’re High” veio na sequência, arrancando um grande coro dos presentes.

Depois, a banda apresentou mais um single do novo álbum: “Body Paint”, que também ganhou uma boa recepção da plateia. “Four Out Of Five” chegou com seu novo arranjo, e acalmou um pouco os ânimos do público. No entanto, isso foi quebrado com “Arabella”, que levou os fãs a um frenesi.

A performance do Arctic Monkeys ganha ainda mais força com a presença de palco de Alex Turner. Seja por meio de seus maneirismos ou algumas interações com os fãs, o frontman do quarteto britânico sabe como segurar a atenção do público. Isso é visto principalmente em momentos como o da faixa “I Ain’t Quite Where I Think I Am” – que, apesar da recepção tímida por conta da falta de familiaridade do público geral, a atenção de todos não se dispersou.

A setlist seguiu com as veteranas “That’s Where You’re Wrong” e “Cornerstone”. Mas um dos momentos mais marcantes da noite veio na sequência, quando a banda apresentou “Do I Wanna Know?” e “Tranquility Base Hotel & Casino”.

Após “Pretty Visitors”, o público recebeu com surpresa uma performance ao vivo de “Do Me A Favour”. A canção não havia sido tocada em solo brasileiro desde 2012. Depois, “From the Ritz to the Rubble” ganhou a animação dos presentes. O final da setlist oficial, no entanto, se destacou pela crescente euforia do local.

“505” fechou – por um momento – uma noite de poucas surpresas. A lista de músicas passeou seguramente por todas as eras da banda, com apenas algumas modificações desde o último concerto do Arctic Monkeys na cidade brasileira.

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Foto: Ag. Brazil News/Thyago Andrade

Bis

Após uma breve pausa, a banda voltou ao palco para o encore. O bis durou pouco tempo, mas também foi o suficiente para criar um momento memorável.

“Sculptures of Anything Goes”, uma das faixas mais singulares do álbum “The Car”, ganhou sua primeira apresentação ao vivo no Rio de Janeiro. A sonoridade misteriosa e psicodélica da música deixou o público em um estado de quase-transe.

Leia mais: Review: “The Car” é uma viagem só de ida para nova fase do Arctic Monkeys

Ao longo das duas últimas músicas, todos conseguiram extravasar a energia restante. Com muita empolgação, a plateia cantou e pulou ao som de “I Bet You Look Good on the Dancefloor” e “R U Mine?”, em uma finalização estrondosa.

Em resumo, o grupo de Sheffield entregou uma apresentação equilibrada e satisfatória, mesmo que, no geral, não tenham ousado na setlist. A decisão se mostrou compreensível: os fãs acompanharam fielmente as faixas antigas; e as canções mais recentes não perderam espaço entre os grandes hits do conjunto.

O evento também serviu como uma amostra do show do Arctic Monkeys no Primavera Sound. A banda é uma das headliners do primeiro dia do festival, que acontece neste sábado, dia 5 de novembro.

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