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Entrevista: Trio Pitayas, vencedoras do Queen Stars Brasil, comentam EP de estreia

O trio é formado pelas vencedoras da primeira temporada do reality show “Queen Stars Brasil”

Foto: Trio Pitayas / Divulgação
Foto: Trio Pitayas / Divulgação

Pitayas. Esse é nome do novo trio drag do pop brasileiro, formado por Reddy Allor, Diego Martins e Leyllah Diva Black, vencedoras da primeira temporada do reality show “Queen Stars Brasil“, apresentado por Pabllo Vittar e Luísa Sonza.

De contrato assinado com a Universal Music, o trio lançou neste mês o seu EP homônimo com 6 faixas, compostas pelas artistas. O Tracklist conversou com o grupo que contou tudo sobre o material de estreia e a vida em grupo pós reality.

Confira!

Entrevista com Pitayas

Tracklist: Olá, meninas! É um prazer falar com vocês. Assisti ao “Queen Stars Brasil” e adorei o programa. Agora que tudo acabou e vocês se consagraram as grandes campeãs do reality, em algum momento passou pela cabeça de vocês que esse seria o trio campeão da competição?

Leyllah: Olha, todas as apresentações que eu assistia da Diego, eu falava: “Ela vai ser a campeã, não tem como”. Ela dança, canta, gira, faz espacate… E por consequência eu me via também, mas não com a Diego pela questão de afinidade musical. A Reddy eu via muito talento, algumas inseguranças, também a via na final. Nós três como um trio, não.

Diego: A junção desse trio foi me ocorrendo mais para a final. Ao longo do programa eu fui olhando, analisando todo mundo e eu tinha a mesma impressão da Leyllah, que ela já era certa no trio. Quando as coisas foram afunilando, eu também via a Reddy. E tá uma delícia como tá.

Reddy: É isso que as meninas falaram. Para mim já era óbvio a Leyllah e a Diego no trio, mas eu não me via, até mesmo por eu pertencer ao sertanejo, distante da identidade musical delas. Ao longo da competição eu me desprendi de algumas coisas e entendi que precisava estar em lugares diferentes, para saber ou não se eu gostava desses outros lugares. Foi uma evolução muito boa, e mesmo na final eu não me via ganhando, porque infelizmente existem inseguranças, mas estar em um trio com essas duas é muito gratificante, é o universo falando que eu posso, que eu consigo.

Já vi vocês comentando nas redes sociais a origem do nome “Pitayas”, mas gostaria muito que vocês falassem para quem ainda não sabe ainda de onde ele veio.

Diego: Bom, o nome foi algo que sempre debatemos bastante e foi uma preocupação das três que nós tivéssemos um nome que representasse coisas que a gente gosta. Que remetessem sensações, que fossem bonitos na escrita, na hora de falar, de ouvir. Conversamos até com o Timbó, jurado do programa e nosso produtor, nomes de grupos que você podem até não ouvir, mas de falar o nome você sabe quem são. É um campo delicado se definir, é o título. Um dia aleatório eu conversando com uma amiga, nós jogando nomes e saiu Pitaya que é bonita por dentro e por fora, é rosa, no final das contas guardei a informação. Nas reuniões finais eu levei e o pessoal gostou. Colocamos um “s” pra trazer uma pluralidade, um “y”, e é isso. Eu amo esse nome!

Todas vocês já possuíam uma carreira antes do Pitayas, são artistas que já tiveram na televisão antes do Queen Stars, mas agora vocês são um grupo. Uma unidade. Como tem sido a dinâmica em trio? Como vocês tem sentido a recepção do público com o trabalho de vocês?

Leyllah: Bom, todos os dias, como qualquer pessoa, a gente acorda com insegurança, com problemas para resolver, mas também estamos tendo a oportunidade de ver esse projeto ramificar. Essas músicas são filhas para gente. Eu e a meninas estamos recebendo uma enxurrada de comentários positivos sobre o nosso trabalho, sobre como as pessoas tem gostado, eu não tenho conseguido dar conta de responder todo mundo, me gera até uma angústia. Mas é isso, é um sinal que o nosso trabalho está chegando nas pessoas com verdade. É muito bacana dividir as coisas com essas duas, já estamos idealizando alguns shows para fazer… Tem sido alegria.

Foto: Pitayas/Divulgação

Vi que todas vocês participaram da composição das faixas do EP. Como foi a construção desse material?

Leyllah: Falando pelas meninas, por todas as conversas que tivemos, foi um desafio, justamente por cada uma vir de um lugar diferente musicalmente. A Di do teatro musical, a Reddy do sertanejo, eu do rap, do bate cabelo. Então quando você se propõe a participar de algo na vida de outra pessoa, é necessário conciliar a sua vontade com a de todos. Em qualquer relacionamento é assim, mas o legal é que quando a gente para pra pensar e ver: “poxa, se eu não tivesse cedido talvez o resultado não seria esse”. Isso é trabalhar em grupo. Eu tô muito feliz com esse EP, em poder aprender com esse grupo.

Diego: Foram 15 dias de camping de composição, pouco menos de 15 dias na real, quando a gente se juntava todos os dias de madrugada com o Diego Timbó, que nos guiou nessa parte criativa, com o Tin, que foi o nosso produtor musical, vire e mexe eles apresentavam pessoas da área de composição. Fazíamos união de pensamentos, do que a gente queria falar, sensações, medos, qual a vibe do dia para cada uma, e aí via um beat e uma discussão de ideias conjuntas… Tudo muito fluido, orgânico.

Reddy: Esse medo era recorrente entre a gente, “ah, somos de um reality e vamos sumir”, “vão nos achar genéricas”, mas esse EP tem nossa personalidade, tem nossa cara e é totalmente contrário disso.

“Macetada” foi o primeiro single do EP, o clipe é lindo, acabou de bater meio milhão de visualizações no Youtube… Por que ela foi escolhida como primeiro single?

Diego: “Macetada” foi a primeira música que a gente compôs, depois vieram mais cinco e acabamos optando por fazer a nossa estreia com “Macetada”. Eu acredito que ela foi escolhida porque vocalmente ela representa bem as três em um grupo. É onde a gente consegue apresentar o sertanejo da Reddy, a sonoridade da Diego, a sonoridade da Leyllah em um grupo e que as pessoas consigam enxergar a gente assim.

Hoje temos visto uma ascensão muito bacana da arte drag brasileira. Recentemente nós tivemos a Pabllo no Coachella, a Gloria com um número altíssimo de ouvintes mensais no Spotify, a Grag Queen ganhando o Queen Of The Universe e agora temos vocês. Como vocês acham que as Pitayas entram nessa cena hoje?

Reddy: É muito lindo ver isso acontecendo com a arte drag do nosso país, sabe? Eu mesma conheci a arte drag por meio da Pabllo, minha família falava “é uma em um milhão que acontece, não vai vingar”, e sim, está vingando. O que eu mais acho incrível é essa garra que as drags tem, é uma arte que nos ajuda em vários aspectos e eu vejo isso crescendo e indo cada vez mais longe. É importante pra nossa comunidade também, é um orgulho.

Diego: O Pitayas vem no lugar de unir estilos musicais. A Pabllo faz um trabalho estético e musical que é a Pabllo, a gente escuta e reconhece, assim como a Gloria, assim como a Grag, que tá construindo uma história lindíssima… Esse era um medo nosso, como a gente vai criar essa unidade e achar um lugar comum de três, porém eu acho que rolou muito, nosso EP tá aí e é a prova disso.

Ainda há mais 5 músicas no EP. Vocês já definiram um próximo single? Confesso que “Vou Parar o Bar” e “Chorei” são minhas favoritas.

Diego: A gente escolheu alguns singles, estamos discutindo, mas a gente gosta muito dessas duas que você falou, muito mesmo.

Leyllah: Senti que “Vou parar o bar” é sua favorita, hein!

Tracklist: Sim! Meninas, é isso. Muito obrigado pelo tempo de vocês, desejo todo sucesso do mundo as Pitayas.

Pitayas: Nós que agradecemos!

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