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#FreeWDW: entenda polêmica envolvendo Why Don’t We e gestor da banda

Quem observa de perto a indústria musical já acompanhou alguns casos de escândalos envolvendo a gestão de carreira de artistas, como a trágica história de Britney Spears, colocada sob tutela e sem direto de tomar decisões sobre sua própria vida. Muitos artistas já falaram abertamente a respeito das cláusulas abusivas de contrato que pessoas enfrentam ao tentar viver seu sonho em começo de carreira – e o episódio mais recente envolve a boyband americana Why Don’t We, que gerou o movimento #FreeWDW.

Na última sexta-feira (27), foi divulgado pela Billboard que Randy Phillips e David Loeffler, empresários responsáveis pela gestão de carreira do Why Don’t We e do cantor EBEN, estão em briga judicial pelo comando da empresa na qual são sócios.

Randy Phillips e David Loeffler. Foto: Reprodução

No processo, Randy Phillips acusa David Loeffler de ter um “comportamento torturante” com os integrantes da banda, com abusos psicológicos degradantes. Segundo os relatos, David gritava de forma agressiva com os artistas, os obrigava a dividir apenas dois quartos na casa (que possuía mais quartos), controlava suas dietas e não os permitia sair da casa sem autorização, controlando o sistema de alarme da residência para isso.

Ainda de acordo com a publicação, Corbyn Besson, Daniel Seavey, Jack Avery, Jonah Marais e Zach Herron, membros da Why Don’t We, estão se recusando a comparecer em compromissos da banda até que Randy Philips seja colocado como único gestor do grupo, o que levou David a abrir um processo contra os cinco por quebra de contrato.

Foto: Divulgação

#FreeWDW: entenda o episódio envolvendo Why Don’t We e gestor da banda

Formada em 2016, a boyband Why Don’t We é composta por cinco integrantes: Corbyn Besson (22), Daniel Seavey (22), Jack Avery (22), Jonah Marais (23) e Zach Herron (20), o grupo tem em sua discografia cinco EPs e dois álbuns, “8 Letters” (2018) e “The good times and the bad ones” (2020). Algumas de suas músicas mais conhecidas são: “Fallin’ (adrenaline)“, “What I am“, “Trust fund Baby” e “Big Plans“.

Após a divulgação dos relatos de maus tratos sofridos pelos artistas, fãs começaram a reunir pequenas provas e evidencias comprovando o lado dos ídolos. A hashtag #FreeWDW dominou o fandom, como forma de apoio ao desejo dos cinco de terem apenas Randy Philips como seu gestor.

Como parte das provas, surgiu um áudio onde pode-se ouvir supostamente a voz de David Loeffler se exaltando de forma assustadora com Zach Herron, membro mais novo da banda, por conta de uma salada. No áudio, Randy Philips, Jack Avery e Jonah Marais tentam acalmar Loeffler enquanto Herron chora.

Além dos fãs, amigos e familiares dos membros da Why Don’t We já se manifestaram sobre a situação, postando a #FreeWDW ou, como no caso de Jeffrey Seavey (pai de Daniel), falando abertamente de como os meninos sofreram e querem se livrar da gestão anterior.

Jeffrey falou em seu Twitter sobre David manter os meninos com fome, fazê-los trabalhar mais do que deveriam e sobre como ele não queria que Daniel Seavey recebesse créditos de produção no segundo álbum da banda “The Good Times and The Bad Ones”, que foi produzido por Daniel no estúdio de sua própria casa.

“Loeffler não iria dar crédito de protudor ou co-produtor ao membro da WDW Daniel Seavey, que foi responsável pela maior parte da produção.” Imagine isso!!! Dar o crédito de produção a um melhor amigo (um mixer) em vez de quem realmente produziu o TGTATBO

Jeffrey Seavey via Twitter
https://twitter.com/JeffSeavey/status/1432366425130209286?s=20

Jeffrey também confirmou que, no contrato da banda, os integrantes eram como “trabalhadores assalariados” da empresa de gestão e, quando estavam em turnê, recebiam apenas 40 dólares por dia para despesas extra (60 dólares caso estivessem em turnê internacional).

Além do pai Daniel, as mães e outros familiares de Jack, Jonah e Zach também demonstraram apoio à campanha #FreeWDW e seu descontentamento com todo sofrimento causado aos filhos. Tyler Seavey, que já trabalhou em turnê com a banda, afirmou que deixou o emprego por conta de “um homem que fez minha vida miserável o suficiente para que eu deixasse de viajar o mundo em turnê junto com meu irmão”. O músico Scott Helman se manifestou em apoio à banda.

Eu me sinto estranho entrando nisso de #JusticeForWhyDontWe porque não estou envolvido, mas quando me encontrei os meninos eles eram nada além de adoráveis, e seu empresário David era um grande idiota. Eu e um amigo testemunhamos em primeira mão o que parecia ser uma conversa SUPER abusiva entre ele e a banda. Defendo os direitos do artista sempre que possível e espero que, quando esse conflito seja resolvido, seja do melhor jeito para eles.

Scott Helman via Twitter

Vídeos dos meninos comentando sobre não estarem se alimentando direito, dormindo e trabalhando em excesso começaram a serem compartilhados como parte das provas contra David.

Outro fator de atenção aos fãs foi o fato de os artistas terem suas redes sociais controladas, sendo muitas vezes proibidos de postar sobre momentos relacionados as suas vidas pessoais, como quando Jack Avery se tornou pai. A mãe da criança, Gabriela Gonzalez, reclamou em suas redes sociais que foi obrigada a esconder a gravidez e não teve liberdade decidir quando anunciaria a própria filha, provavelmente por conta da gestão da carreira de Jack.

Até o momento, a única declaração oficial foi do advogado que representa individualmente os cinco integrantes da banda, afirmando que seus clientes estão apoiando Randy Phillips em seu processo para se tornar o único gestor da empresa que controla suas carreiras como banda e artistas solo.

Jonah Marais fez um tweet afirmando que tudo ficará bem e uma playlist no spotify que conta apenas com a música “free“, da própria banda.

Foto: Reprodução

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