O primeiro show do The Maine na Capital Federal foi um marco não só para os fãs, mas para a banda em si. A apresentação em Brasília teve um clima bastante familiar – não o entediante de um almoço de domingo com conversas retóricas, mas sim aquela sensação que nos faz sentir em casa. No dia 21 de julho, Brasília foi o lar do The Maine.
A banda mostrou-se muito alegre e receptiva na cidade, atendendo os fãs que os recepcionaram de maneira calorosa. John O’Callaghan (vocal), Kennedy Brock (vocal e guitarra), Jared Monaco (guitarra), Garrett Nickelsen (baixo) e Pat Kirch (bateria) ainda conseguiram explorar a cidade e sentir de perto todo o palco do cenário político brasileiro.
O cantor Michael Richardson foi o opening-act da noite e embalou o público com canções acústicas e autorais. O músico, que é fã declarado da banda, falou por diversas vezes o quanto estava honrado por fazer parte da turnê.
O show da Lovely Little Lonely Tour contou com os principais sucessos do último trabalho da banda como “Bad Behavior”, “Black Butterflies and Déjà Vu”, “How Do You Feel?” e também com os clássicos, entre eles “(Un)Lost”, “My Heroine” e “Run”. A setlist seguia o padrão dos shows de São Paulo, Limeira, Porto Alegre e Curitiba, até que, em determinado momento, John O’Callaghan (vocal) sussurrou para Kennedy Brock (guitarra) a palavra “Taxi”. Uma palavra de uma fonética tão sucinta foi o diferencial da noite. Pela primeira vez, desde o lançamento do disco, a banda executava ao vivo a canção, tão requisitada por diversos fãs.
A plateia brasiliense foi um dos destaques da noite. Até mesmo o músico de apoio da banda Andrew De Stefano, o “Drew” (teclado, guitarra e vocais), fez questão de destacar isso em seu twitter, afirmando: “Brasília destruiu São Paulo e foi o melhor show da turnê. Havia 1/4 das pessoas e eles cantaram mais alto”.
Brasilia just destroyed São Paulo to take best show of the tour. There were 1/4 of the people and it was louder.
— Drew De Stefano (@mrdrewdestefano) 22 de julho de 2017
Durante várias canções os fãs choraram, alguns abraçados em pequenos grupos. Muitos deles esperaram pelo show na cidade por cerca de cinco anos. O clima era de total emoção e entrega – e a banda sentiu isso e respondeu da melhor maneira possível. Por diversas vezes, John falou o quanto eles estavam felizes por tocar ali naquela noite e que certamente irão voltar. Em vários momentos, ele enunciou “Apenas estejam aqui! Fiquem aqui! Guardem os celulares e concentrem-se neste momento! ”. E Brasília o fez! Em “Girls Do What They Want”, o vocalista, que nesta hora já tinha se desfeito da camisa/jaqueta que vestia, foi literalmente para os braços de Brasília; e, como de costume, dois fãs subiram ao palco para cantar o refrão da canção.
A noite foi encerrada com “Another Night On Mars”, música que transmite da maneira mais genuína a conexão entre a música e os amigos.
Brasília certamente foi uma das maiores surpresas da LLL. O show foi um mix de sensações com muita entrega, suor e amizade. Foi, até então, a tradução mais pontual de um dos versos da banda, que diz “8123 means everything to me” (8123 é uma referência ao número de um estacionamento em que a banda e os amigos costumavam se encontrar).
SETLIST:
- Lovely
- Black Butterflies & Déjà Vu
- Am I Pretty?
- Like We Did (Windows Down)
- (Un)Lost
- My Heroine
- We All Roll Along
- Ice Cave
- English Girls
- How Do You Feel?
- Run
- Lost in Nostalgia
- Right Girl
- Taxi
- Girls Do What They Want
- Diet Soda Society
- Do You Remember? (The Other Half of 23)
- Bad Behavior
- Another Night on Mars