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Review: “DOPAMINE”, de Normani, tem grandes momentos de destaque, mas também irregularidades

Álbum foi lançado nesta sexta-feira (14) após anos de espera

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Foto: Divulgação

DOPAMINE”, aguardado álbum de estreia de Normani, está entre nós. Finalmente lançada na última sexta (14), o disco é esperado desde 2019 e passou por diversos problemas com a gravadora e diferenças criativas – mas, enfim, está disponível em todas as plataformas digitais. A ex-integrante do Fifth Harmony trouxe um disco recheado de R&B, pop e influências do hip-hop, demonstrando toda sua versatilidade e crescimento como artista solo. 

“DOPAMINE”: disco tem grandes momentos de destaque, mas apresenta irregularidades

“DOPAMINE” é composto por 14 faixas que flutuam pelos assuntos de amor, perda, empoderamento e autodescoberta como artista. Normani abre o disco com “Big Boy”, parceria com Starrah, e é a faixa que define o tom do álbum. Os elementos da produção casam bem com a letra, contando com elementos que remetem até mesmo a “Movitation”, canção que estourou em 2019 e trouxe as expectativas para seu novo material. O disco segue em uma ótima sequência quando “Still” entra em cena e exibe a versatilidade da cantora. 

Porém, em “All Yours”, o nível não segue como no início do disco. É uma canção boa, mas que soa mais simples e, ao longo do disco, se torna um tanto quanto esquecível comparada às demais. O mesmo vale para “Lights On”, outra faixa mais introspectiva sonoramente falando, com elementos de produção mais fechados e ritmo um pouco mais lento. 

Take My Time” muda bem a sequência do disco e apresenta uma Normani mais dançante, com elementos que remetem à Victoria Monet e lembram produções de SG Lewis – tem tudo para ser uma das maiores faixas da produção.  

Insomnia” retoma elementos usados nas faixas mais fracas do disco e isso fica ainda mais claro ao ser sucedida por “Candy Paint”. Esse é um ponto a se destacar de “DOPAMINE” – é um álbum de qualidade, mas prejudicado pela ordem das faixas. Em diversos momentos, soa como uma montanha-russa e não como algo linear. 

E são nesses pontos que as expectativas para o trabalho não correspondem à realidade, principalmente considerando todos os percalços percorridos para o seu lançamento. Analisando friamente como um disco de uma grande artista, “DOPAMINE” tem um conjunto de faixas com diversos destaques, mas outros momentos bem esquecíveis. 

Foto: Reprodução/Instagram

Destaques de “DOPAMINE” e o que esperar dos próximos trabalhos de Normani

“Big Boy”, “Still”, “Take My Time”, “Grip”, “Candy Paint” e “Little Secrets” são os grandes destaques do disco, demonstrando toda a capacidade e versatilidade de Normani. São faixas muito bem produzidas e com diversos elementos que complementam a qualidade do disco de estreia que a cantora apresentou ao mundo.

Apesar de suas irregularidades, “DOPAMINE” é um passo extremamente importante para a artista tirar o peso das costas do lançamento de seu primeiro e aguardado álbum. Espera-se que o álbum sirva como uma nova página na carreira de Normani para que a cantora consiga alcançar cada vez mais seus objetivos criativos e sonoros. 

Nota: 7,5/10

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