Lançado hoje (15) e com estreia oficial para quinta (16), “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa” consolida Tom Holland como o teioso dessa geração, em uma aventura que extrapola o fan service e é uma carta de coração aberto à franquia.
O filme, que marcou o fim da trilogia inicial do personagem, passa por diversos momentos emotivos e calorosos, principalmente embalado pelos vilões já confirmados através dos trailers. A experiência deve ser vivida com público em uma sala de cinema, de preferência com a menor quantidade de informações possível.
Nossa crítica de l”Homem Aranha – Sem Volta para Casa” não contém spoilers.
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Crítica de “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”: o tom mais sombrio da saga
O amadurecimento do personagem é nítido. Durante os três filmes da trilogia, é possível perceber a evolução e o crescimento não só de Peter Parker e o peso de suas responsabilidades, mas também da forma com que Tom Holland melhorou o desenvolvimento do personagem, abraçando cada vez mais as nuances que cada filme precisava. Em seu terceiro ato, o filme que tem o tom mais sombrio é o que mais agrada. A versão responsável e ciente das consequências do teioso é a que esperávamos desde o começo.
Em relação a ‘Sem Volta para Casa’, é impossível não citar os vilões e os impactos de cada decisão na maneira com que a trama é conduzida. Se o filme entrega vários pedidos dos fãs, como o retorno de Alfred Molina no papel de Doutor Octopus, teoricamente seria ainda mais fácil de agradar o público, mas a responsabilidade de não os trazer em vão foi grande, e suprida com maestria.
A premissa é básica: Peter Parker não quer que as pessoas saibam que ele é o Homem-Aranha, exceto seus melhores amigos e familiares. Ao buscar a ajuda de Doutor Estranho, nem tudo sai como o planejado, e a partir daí o filme é desenvolvido.
O retorno de Doutor Octopus e Duende Verde
Willem Dafoe como Duende Verde é um show a parte. Aos 66 anos é impressionante a versatilidade do ator interpretando as duas personalidades de seu personagem. O mesmo se aplica a Alfred Molina, interprete do Doutor Octopus. Apesar de ser um vilão, o carisma de Doc. Oc é instantâneo, é praticamente impossível não sentir a nostalgia e empatia através da memória afetiva do personagem.
Ambos tem papéis importantes no filme, principalmente no momento em que é necessário trazer as consequências das decisões de Peter à tona, seja para o lado bom, como para o ruim. Todos os vilões são importantes para a trama, mas o destaque fica com a dupla da primeira versão da franquia.
As consequências do multiverso no MCU
As ocorrências do filme dão uma bela prévia do que esperar do multiverso dentro do universo cinematográfico da Marvel. Após abordar com clareza em WandaVision e Loki, o multiverso chega oficialmente aos cinemas. Como consequência do feitiço que não deu certo, Doutor Estranho passará pelo ‘Multiverso da Loucura’ em seu filme que tem lançamento previsto para Maio de 2022.
Como tudo isso será abordado nos próximos filmes ainda é uma dúvida, mas as expectativas são altas.
‘Homem-Aranha: Sem Volta para Casa’ é uma carta de amor à franquia e aos fãs, uma experiência tão grandiosa como foi ‘Ultimato’, que precisa ser vivenciada na telona. Tom Holland se consolidou como o teioso capaz de agradar os fãs das antigas gerações em sua versão mais madura e consciente. E o retorno dos vilões antigos foi um prato cheio para que os fãs pudessem maturar sua identificação com Tom Holland como Peter Parker.
Claramente a memória afetiva ainda é algo muito forte para o ser humano, e os gatilhos usados no filme foram cruciais para o sucesso do mesmo em toda a sua jornada. O filme é um marco, não só para a Sony e Marvel como para todo o universo da Marvel e até mesmo de outras franquias. Será uma tarefa difícil superar tudo o que foi feito nesse filme nos próximos passos da franquia.
Nota: 9,5