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Matuê fala sobre show no The Town, novo álbum e mais

O artista prepara um grande show com conceito voltado para o Nordeste para o festival, que ocorre em setembro de 2023

matuê
Foto: Divulgação

O trapper e compositor Matuê é uma das atrações confirmadas na primeira edição do The Town! O festival acontece nos dias 2, 3, 7, 9 e 10 de setembro de 2023, no Autódromo de Interlagos, na cidade de São Paulo.

Leia mais: The Town 2023: confira horários dos shows do festival

O artista cearense se apresenta no palco The One na segunda data do evento, dia 3 de setembro. Prometendo entregar uma apresentação histórica, o trapper fará uma apresentação em homenagem ao Nordeste, que contará com participações especiais – que ainda não foram divulgadas.

Na setlist do concerto, Matuê deve trazer um resumo de sua carreira até aqui. Considerado um dos responsáveis pela ascensão do trap no país, o artista possui, em seu repertório, faixas como “Anos Luz”; “A Morte do Autotune”; “Vampiro” (feat. WIU e Teto) e “Máquina do Tempo”, que carrega o nome de seu álbum de estreia, lançado em 2020.

Em entrevista para o Tracklist, Matuê antecipou alguns detalhes de seu show no The Town, além de falar sobre seu selo musical, 30PRAUM, e seu próximo disco. Acompanhe abaixo!

Entrevista: Matuê

Vamos falar sobre o The Town. Você vai se apresentar no festival no dia 3 de setembro! Como estão as expectativas e os preparativos para esse show?

“Fazia tempo que eu não ficava tão aperreado com um show, está todo mundo doido aqui. Eu, com a minha equipe da 30PRAUM, e o pessoal do criativo estamos tentando fazer um show realmente especial. Logo mais a gente vai começar o período de ensaios. Mas o que a gente já desenhou de cenografia de palco, e que vai acontecer durante o espetáculo, está bem sinistro. Estou com uma ansiedade bem alta, eu diria.”

E como está a preparação da estrutura e cenografia?

“Vixe, não sei se posso falar nada, para falar a real. A gente fez o show do Rock in Rio, que contou com a pista de skate e tal, e a gente realmente quer propor algo além daquilo ali. Já foi um show bem marcante naquela época; mas o The Town é uma nova vitrine, uma nova plataforma em que a gente pode mostrar uma evolução do nosso show. Nós queremos mostrar que conseguimos organizar algo visualmente e conceitualmente muito impactante –até mais impactante do que aconteceu no Rock in Rio. Mas eu acho que se eu te contasse mais alguma coisa eu talvez estaria dando muito spoiler sobre o conceito!”

E o que você pode antecipar em termos de setlist? O que não pode ficar de fora de jeito nenhum?

“A gente está dando uma repaginada nas músicas, rearranjando intervenções musicais para a gente apresentar tudo de uma forma nova. Dessa vez a gente quis trazer o conceito que é ligado ao Nordeste… um grande objetivo para mim, eu diria, seria a gente conseguir trazer a nova escola musical e criativa nordestina. Muitas vezes a gente é visto de uma forma meio regional, aquela coisa meio folclórica, culturalmente falando. É uma coisa que, querendo ou não, carrega muito essa imagem. E tem toda uma rapaziada nova aqui do Nordeste, que movimenta a frente, liderando várias cenas musicais e criativas diferentes, que às vezes é esquecida. E eu já passei por isso muitas vezes, das pessoas acharem que eu venho do Rio ou de São Paulo, alguma coisa assim; dificilmente já ter essa sacada de falar: ‘, o moleque é de Fortal’. Então isso é uma coisa que a gente sempre tenta mudar. Através desse show, a gente quer trazer uma visão futurista de coisas que remetem ao Nordeste, coisas que são fundamentais para nós.”

Então é tirar um pouco desse foco Rio-São Paulo aí.

Exato, exato!

Além de você, outros artistas da 30PRAUM também irão se apresentar no evento; então a gravadora vai estar em peso no The Town. Como cocriador do selo, o que isso significa para você? E o que essas conquistas significam para o futuro da gravadora?

“Essa é uma pergunta muito boa! Dificilmente vai vir uma pergunta como essa em uma entrevista. Mas na verdade quer dizer muito, porque quando eu comecei a 30PRAUM, era o meu sonho ter outros artistas. Eu sempre sonhei com o WIU, com o Teto. Mas, ali no início da gravadora, a gente quase desistiu disso, porque demorou muito para achar esses moleques. E o próprio WIU já está com a gente há um tempo, mas ele foi realmente acontecer mesmo recentemente. Deve ter um ano desde o disco dele, em que as coisas viraram mesmo para ele. E é um moleque que a gente sempre acreditou muito.”

“Então, para eles estarem em um dos maiores palcos do Brasil, nós três juntos, quer dizer que funcionou aquele plano inicial; não só ter um artista grande, mas trabalhar com vários artistas grandes. De conseguir levar, seja o WIU ou o Teto, para o patamar que for, sempre falei isso para eles. Sempre falei: ‘Ó, estou aqui para engrandecer vocês, para vocês conseguirem ir até onde vocês acharem que dá para ir, ligado? Enquanto vocês estiverem dando o gás aqui por nós, a gente vai estar dando o gás por vocês também’. E é muito massa, são dois moleques que me inspiram muito também – criativamente falando, no estúdio, no trabalho, no jeito de ser. Eu fico orgulhoso demais por eles e também pela gente, por termos conseguido esse objetivo aí, que era muito importante mesmo.”

Por ser um festival de grandes dimensões, a gente pode esperar espetáculos também de grandes dimensões, ?

“Sim, e eles estão malucos também. Está igual para os três. A gente está com equipes criativas diferentes, e o pessoal está realmente fazendo um trabalho dentro da música para entregar algo novo, algo mais especial para esses shows.“

Para terminar, você está no processo de produção de um novo álbum. O que pode ser adiantado em questão de sonoridade e temáticas?

“Bom, dessa vez eu queria fazer algo bem mais musical. Além de ser um trapper… a galera fala erradamente que não existe trapper, é rap, ligado? [Risos]. Mas além de um cara que faz trap, ou então que participa da cena do hip-hop, eu também sou músico, e curto o trabalho musical como um todo. Estou trazendo muito mais da minha capacidade musical de trabalhar com diferentes sonoridades, diferentes tipos de composição também. Tenho brincado muito na minha caneta, e buscado fazer coisas diferentes através da mensagem que eu estou passando ali. E, assim, eu realmente quero que esse seja um disco importante. Eu sempre busco me superar, isso aí é natural do ser humano. Mas eu realmente me empenho para isso. Então eu queria mostrar um pouco da minha evolução criativa ao longo desses anos depois do ‘Máquina do Tempo’”.

Então o pessoal pode esperar um Matuê repaginado?

“Sim, sempre! Eu sempre estou ali buscando algo diferente, algo novo. A letra sempre vem com uma pegada diferente, mostrando alguma coisa que seja uma nova página dessa história, um novo capítulo da parada.”

Você já fechou a data de lançamento?

“Não fechei ainda. Eu estava querendo lançar no meu aniversário, mas acho que dificilmente isso vai acontecer devido ao tempo que a gente tem ainda. Fora terminar a parte musical, ainda temos que trabalhar como seria esse lançamento, clipes e tudo mais. Então eu ainda não tenho uma data certa. Mas se eu conseguir lançar esse ano ainda eu vou ficar muito feliz!”

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