DJ Dyamante está em um ótimo momento de sua carreira. O hit “Vai Novinha, Ah, Ah, Ah”, que apresenta uma união do funk com o piseiro, viralizou nas redes sociais e caiu no gosto popular.
Leia mais: Conheça Lary, compositora de “JOIA RARA”, de Pedro Sampaio e Mc Tato
Para agregar à faixa original, o artista lançou, recentemente, um remix da faixa – dessa vez, apresentando a voz do forrozeiro Mano Walter. Além da música, os dois gravaram um videoclipe oficial, que conta com a participação da ex-BBB Gabi Martins e da modelo Isabelle Moreira. Confira:
Em entrevista para o Tracklist, o DJ Dyamante falou mais sobre a nova colaboração. Ele conversou, ainda, sobre o novo momento de sua carreira, suas raízes no funk e mais. Acompanhe abaixo!
Entrevista: DJ Dyamante
Primeiramente, vamos falar um pouco de sua colaboração com Mano Walter na nova versão de “Vai Novinha, Ah, Ah, Ah”. Como surgiu essa parceria?
“Bom, essa música veio de um amigo em comum aqui de São Paulo, o Carlinhos, que traz o Dyamante para a cidade. E aí ele entrou em contato com o empresário do Mano Walter, que é um amigo pessoal dele. Daí eles entraram em um consenso; e o Carlinhos me perguntou se eu estava afim de fazer um feat e conhecer o Mano Walter. Eu falei: ‘Claro! O Mano Walter é gigante’. E aí eu fui para Maceió a convite deles, e nós fizemos uma reunião antes de gravar, conversamos, e acabou que rolou tudo certinho. Depois que gravamos a música, ele acabou me chamando para ir para um show dele ainda em Maceió, e aí cantei a música com ele, fiz uma participação lá muito bacana. Um impacto para mim foi ter cantado para 100 mil pessoas – muita gente, nunca tinha tocado para tanta gente assim. E assim surgiu essa parceria. Gravamos o clipe, e chegamos aí a 2 milhões em uma semana. E está esse sucesso total, graças a Deus”.
Essa música mistura um pouco do piseiro com o funk. Como vocês fizeram essa mescla de ritmos dar tão certo?
“Eu já tive a ideia de misturar os ritmos há algum tempo atrás, estava guardada essa ideia. E antes de eu lançar essa música eu já estava imaginando a proporção que isso teria. Porque a música, o funk hoje está muito parecido. Não tem mais essa junção de ritmos que tinha lá atrás. E, detalhe, do funk com o forró, com o piseiro. Eu vi que não tinha no mercado dessa forma. Tem muito funk dentro do piseiro, tem muito funk no forró, no pagode, mas não tem esses ritmos dentro do funk. Então eu fiz o contrário, e acabei criando uma identidade. E foi tipo: ‘Nossa, o Dyamante consegue pegar o piseiro, e consegue fazer eles cantarem o funk também’. É muito diferente isso. E isso fez eu ganhar cada vez mais respeito pela galera da indústria brasileira de música, e isso me deixa feliz. É mais ou menos isso: ter essa ideia, e eu sempre tenho essa curiosidade de misturar os ritmos, e está aí dando certo”.
Você tem alguma colaboração que sonha em fazer?
“Bom, eu já imaginava cantar com um artista sertanejo, mas não sabia quem. Não tinha essa percepção – ‘Com quem eu vou cantar? Quem será que vai se interessar essa parceria?’ – Mas engraçado que, quando eu comecei a produzir a música, eu já sabia que seria um sertanejo! Eu falava: ‘Eu sei que vai ter alguém que vai gravar um feat comigo!’. Aí a gente brincava no estúdio: ‘Vai ser João Gomes, acho que vai ser o [Wesley] Safadão, vai ser não sei quem’. E acabou que eu fui mais pelo lado da amizade ali, da química que se gerou entre o Mano Walter e eu. Eu gosto muito dele. Hoje eu tenho ele como meu amigo mesmo. Às vezes ele me liga, eu mando mensagem para ele, e às vezes, tocando no show, eu marco ele [nas publicações]. Para mim é gratificante. Então essa colaboração com ele está sendo mágica, está me levando para outro patamar, como podemos dizer. E estou muito feliz com essa parceria aí, que tem dado muito certo”.
Recentemente, você assinou um contrato com a Universal Music Brasil. O que espera dessa nova fase da carreira e da parceria com a gravadora?
“Nessa nova fase da minha carreira eu espero deslanchar cada vez mais, e conseguir cada vez mais fazer muitas músicas boas, e elevar esse lado 100% positivo do funk; que é um lado que a gente consegue atingir desde a criancinha de 10 anos até os mais idosos, na faixa dos 70 anos. E isso, para mim, não tem dinheiro no mundo que vai comprar – essa vibe de ter uma galera que curte muito o meu trabalho, desde os novinhos até os de mais idade. E nessa nova fase eu quero que isso continue, que Deus continue me abençoando e abrindo a minha mente para fazer muita música boa, que vai fazer a galera se identificar, transmitir energia positiva para milhares de pessoas. Isso que tem dado certo. Quero levar, através do meu som, o que eu canto e o que eu produzo, felicidade para a galera”.
Apesar dos virais recentes, você já tem décadas de caminhada no funk. Pode explicar como você começou essa jornada na música?
“Então, essa jornada começou com o meu pai, que era DJ e tocava em casa. Ele sempre gostou, e eu cresci o olhando. Eu via meu pai tocando, e eu falava: ‘Que legal, quero ser isso, quero aprender’. Ele viu que eu tinha interesse, e lembro que me colocou numa cadeira, e eu comecei a tocar, mas não me adaptei. E ele ficava chateado, falava: ‘Sai, você não vai aprender’ [risos]. Olha só, era o momento dele de distração, e eu entrava no meio e virava o estresse dele! Então não me adaptei muito ao vinil, mas aí entrou o CD – nessa época, de 1999 para os anos 2000 foi a transição para o CD. E eu me adaptei mais, e aí foi indo. E ao longo dos anos meu pai me levava em alguns lugares para tocar, e depois eu comecei a caminhar eu mesmo, fazendo meus corres ali. Hoje estou aí de pé, fazendo meu legado”.
Com sua experiência, você já acompanhou algumas mudanças no mercado musical. Para você, como algumas ferramentas mais recentes, como o TikTok, auxiliam na divulgação das músicas?
“Para mim, o TikTok hoje é a peça-chave para um funk, uma música boa de verdade virar [um sucesso]. Porque todo mundo está concentrado lá, o mundo está de olho lá. A gente que é da música precisa se adaptar a tudo que a galera está vendo e tudo o que a galera está fazendo. Então se todo mundo está de olho lá, precisamos ir lá e fazer. Tem que ser assim, tem que ir conforme a maré. Não tem como remar contra a maré. Você tem que se camuflar no mercado. Então, se esse é o momento do TikTok, o DJ Dyamante está lá; se for o momento de outra plataforma, o Dyamante vai estar lá também, e assim vai. Hoje eu vejo o TikTok como a chave de tudo que tem acontecido na minha vida”.
Por último, o que o público pode esperar do DJ Dyamante em breve? Está preparando alguma nova música, shows…?
“O público pode esperar muitas novidades! Vão vir muitos feats aí com artistas gigantes, e vai vir muita música boa. Tem música de verão que já está pronta, já está até no meu EP; vamos começar a trabalhar e dar atenção para ela, porque sei que ela também vai estourar. Só não está mais em alta porque estou dando atenção para ‘Vai Novinha, Ah, Ah, Ah’. Só tem dois meses de música, então não adianta eu querer atropelar e fazer a galera consumir de qualquer jeito. Eu sei que ela está ali, ela está subindo devagarzinho, e a galera não está percebendo. Mas no momento certo eu vou dar o start, e quando eu der esse start ela vai explodir”.
“E os próximos shows vão ter muitas coisas novas, parcerias novas. Muita coisa boa mesmo! Então, com isso tudo, sou grato a cada um de vocês que curte o DJ Dyamante e que está acompanhando o meu trabalho. E é sobre isso. Vai vir muita coisa boa aí, pode ter certeza”.
Nos siga no Twitter e no Instagram.