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Entrevista: AJR fala sobre novo single, carreira, fãs, Brasil e mais

A banda lançou recentemente o single “I Won’t” e já está escrevendo seu próximo disco

Foto: Divulgação

O trio AJR, formado pelos irmãos Adam, Jack e Ryan Met, é uma banda nova-iorquina de pop alternativo que conquistou fãs pela internet e mundo afora, alcançando mais de 11 milhões de ouvintes mensais no Spotify e mais de 600 mil seguidores no Instagram.

Formado em 2005, o trio lançou em 2013 seu primeiro single, “I’m Ready”, para depois dar sequência aos álbuns “Living Room” (2015), “The Click” (2017) e “Neotheater” (2019).

Em entrevista ao Tracklist, Jack e Ryan contam mais sobre seu single mais recente, “I Won’t”, falam sobre carreira e mandam mensagem para o Brasil!

Entrevista com AJR

Tracklist: Olá, pessoal! Prazer em conhecê-los. Primeiro, queria parabenizá-los pelo novo single, é uma música muito boa, eu realmente gostei muito!

Jack: Obrigado!

E nós queríamos saber mais sobre ela, a letra, as inspirações para produzi-la…?

Ryan: Sim! Então, eu acho que liricamente, nós estávamos pensando bastante sobre como se encaixar em um molde, tanto estando em uma rede social, ou na política, ou em questões sociais… É tipo, muitas pessoas nos falando o que fazer, e acho que nós escrevemos a nossa própria versão nessa música tipo: “Danem-se vocês, eu não quero que me digam o que fazer”.

Nós meio que colocamos tudo de uma forma descontraída para fazer sentido para todo mundo, para ser mais palpável. Eu acho que realmente veio disso, nós só queríamos gritar: “não quero mais fazer isso!”.

Vocês apresentaram a música pela primeira vez ao vivo no “The Tonight Show com Jimmy Fallon”, certo? Eu vi a performance, foi ótima! Como foi estar naquele palco, de um programa de TV tão grande?

Jack: Ah, foi incrível! Nós estamos na estrada há tanto tempo, e nós realmente nunca nos acostumamos a fazer algo desse tipo. Especialmente quando é o [programa do] Fallon, é em Nova York, é apenas a alguns minutos daqui para a gente.

Foi legal tocar o novo single primeiro lá, literalmente quando ninguém tinha ouvido ainda. Então, é tipo uma oportunidade de dizer: “Hey, mundo! Aqui está o nosso novo single!”, de uma forma grandiosa que nunca fizemos antes. Foi bem animador, num geral.

E como está indo o single para vocês, com os fãs e o público? Alcançou o que vocês esperavam?

Jack: Sim! Está indo bem até agora. Acho que muitos artistas falam que nunca leem as críticas, os tweets… Esse não é o nosso caso, mesmo! Eu não sei sobre o Ryan, mas eu estou lendo os comentários praticamente todos os dias.

Eu também estou ativamente procurando por comentários negativos, porque esses são os que eu não consigo rastrear no meio dos bons (risos). Eu realmente não encontrei comentários negativos ainda, o que é surpreendente! Então, acho que isso responde a sua pergunta, os fãs receberam [a música] muito bem, é muito legal.

Sim, eu concordo! Sobre turnês, qual é o momento favorito de vocês ao estar no palco?

Ryan: Com os nossos shows, nós meio que tentamos ultrapassar os limites um pouco de o que um show ao vivo pode ser. Então, nós pegamos bastante influência de espetáculos da Broadway, filmes, apresentações de mágica, e tentamos juntar tudo isso em um concerto.

Quando conseguimos fazer algo bem legal ou cativante, como uma grande magia ou ilusão, ou algo que se encaixa perfeitamente com a nossa música e faz as pessoas entenderem as músicas em um nível mais profundo, eu acho que esse é o meu sentimento favorito, assistir a isso acontecendo. E quanto a você, [Jack]?

Jack: Eu acho que concordo com isso que você mencionou. Tipo, elementos mágicos e esses estranhos elementos de produção.

Sabe, muitas vezes eu fico meio que atrás ou ao lado do palco olhando para as reações dos fãs e eu os vejo tipo: “OOOOH!” [expressão de surpresa]. Esse provavelmente é o melhor momento de todos (risos). Secretamente, eu fico observando a reação deles sem eles perceberem.

Isso é legal! (risos)

Jack: Sim!

Vocês têm algum tipo de coisa ou ritual que fazem sempre antes de subir ao palco?

Ryan: Sim, nós temos um tipo de aperto de mão.

Jack: Nós fazemos esse aperto de mão, o Adam não está aqui, mas nós fazemos tipo isso e depois aquilo. Não é tão maluco! Eu sinto que outras bandas também tradições incríveis. É o que a gente faz.

Jack (à esquerda) e Ryan (à direita) ilustrando o cumprimento

Sim, com certeza! Sobre a carreira, vocês começaram bem jovens na música, né? Pensando antes e depois, quais as principais lições que vocês aprenderam?

Ryan: É uma boa pergunta!

Jack: É, ótima pergunta.

Ryan: Eu acho que você tem que escrever muitas, muitas músicas. Acho que não há outra maneira de contornar isso, além de compor, tipo, 300 músicas. E, nessas 300 músicas, você precisa descobrir quem você é, o que você pode escrever que ninguém está escrevendo.

Você precisa parar de querer copiar todas as suas influências favoritas, e começar apenas a ser você mesmo. Acho que qualquer artista, quando escreve sua primeira música, e é um grande hit viral, nunca conseguem seguir nesse caminho, porque apenas deram sorte. Porque eles não têm as ferramentas.

Então, eu acho que essa é a maior lição que percebemos, que não existem atalhos em achar seus fãs e estabelecer uma base de fãs sólida. Você apenas precisa fazer [música] um milhão de vezes em sequência, até ficar bom nisso.

E para os próximos passos da banda, talvez um novo single? Ou já estão se preparando para um novo álbum?

Jack: Sim, nós estamos escrevendo o nosso próximo álbum agora. Ele será o nosso… quinto álbum de estúdio?

Ryan: Sim, uau!

Jack: É muita coisa. Então, sim, nós estamos começando a fazer e indo bem com isso. É apenas eu e o Ryan compondo, então nos momentos em que nós nos sentamos e escrevemos o álbum, é sempre um pouco complicado.

Porque, sabe, é uma sala cheia de compositores, e eles meio que trocam de ideias, existem muitas perspectivas diferentes. Mas, quando somos nós dois, é um pouco mais complicado, porque somos apenas dois cérebros e é muita coisa (risos).

Mas, nós estamos tentando expandir o nosso som nesse próximo álbum. Quando os fãs o ouvirem, queremos dar um novo tipo de música para ouvir.

Vocês acham que trabalham melhor quando estão só entre vocês?

Jack: Eu acho que essa é uma pergunta muito boa. Eu acho que acabamos indo com coisas mais pessoais e únicas para a gente. Acho que esse é um dos motivos que, definitivamente, nós gostamos de fazer assim.

Ryan: Sim.

Jack: Muitas de nossas músicas são diretamente influenciadas pelas nossas vidas. Tipo coisas que aconteceram com a gente na semana passada, que aí colocamos na música.

Assim que você traz a visão de outra pessoa, pelo menos para nós, começa a não parecer tão pessoal, falamos pelo ponto de vista de outra pessoa, o que é algo que não nos sentimos tão confortáveis fazendo.

Para a minha última pergunta, eu preciso perguntar quando vocês virão ao Brasil com uma nova turnê!

Jack: Sim, com certeza! O Ryan tem muitas conexões [no Brasil], a namorada dele é brasileira, então ele já esteve muitas vezes aí. Eu estive uma vez, mas para tocar nós realmente nunca estivemos.

Era para a gente ter se apresentado no Lollapalooza Brasil, mas aí, obviamente, veio a Covid-19 e cancelou tudo, dois anos atrás. Mas nós definitivamente estamos nos planejando para voltar!

De longe, o maior número de pedidos para tocar de qualquer lugar do mundo vem do Brasil, então temos que honrar isso em algum momento.

Legal! Vocês querem deixar um recado para os seus fãs brasileiros?

Jack: Sim, com certeza! Muito obrigado por ouvirem a nossa música, mesmo que a gente não tenha se apresentado aí ainda. Isso significa muito mesmo. Obrigado por se importarem tanto. Mesmo depois de 10 anos, ainda tweetando para nós dizendo: “come to Brazil!”. Então, obrigado pela dedicação!


O álbum mais recente do AJR, “OK ORCHESTRA”, está disponível em todas as plataformas digitais, com singles como “Bang!”, “Way Less Sad”, entre outros.

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