Junto com a brasileira Tiê, Lianne La Havas fará a abertura dos shows do Coldplay no Brasil. Embora seja pouco conhecida, contando com quase 100 mil seguidores no Twitter e 240 mil no Facebook, a artista britânica deve conquistar uma fã-base maior excursionando com o Coldplay, que é uma banda de grande porte.
Nas redes sociais, é possível identificar novos seguidores que a viram em sua passagem pela América Latina: “Eu nunca a ouvi antes e eu amei de verdade sua música e sua amabilidade! Show incrível, obrigado! Espero que volte à Buenos Aires logo!!”, diz um novo fã. Também há aqueles que foram pegos desprecavidos com a notícia de que a artista participaria da turnê da banda e adorariam vê-la: “Que incrível. Eu estou esperando por um show seu desde o álbum ‘your love is big enough’, mas infelizmente os ingressos para o show de São Paulo estão esgotados. Eu estou muito triste”, declara um adorador antigo.
La Havas, cujo nome real é Lianne Charlotte Barnes, é uma artista memorável e imperdível! Filha de mãe jamaicana e pai grego, ela nasceu em Londres em 1989. Contando com 26 anos hoje, ela já foi indicada a prêmios como “Mercury Prize” e “Ivor Novello Awards”. O primeiro álbum dela, que trata principalmente de relacionamentos e términos,”Is Your Love Big Enough?”, foi lançado em 2012. “Blood”, que oferece um mergulho da artista em suas raízes jamaicanas, foi disponibilizado no ano passado.
Sua música é descrita como “neo-soul”, principalmente, mas há evidências de influências como o “pop”, “jazz”, “folk” e outros gêneros. Mas, a artista não gosta que categorizem seu trabalho. “Eu eventualmente quero me livrar dos gêneros. Eu não acho que ajuda. A música é o que é. As 10 músicas do meu álbum [‘Blood’] – nenhuma delas soam a mesma coisa pra mim. Além disso… eu acho que ‘soul’ se tornou um termo usado indevidamente. Então, alguém como Bon Iver pode ser considerado um artista soul mais do que folk porque ele toca guitarra acústica. Então, eu não fico contente com ‘neo-soul’.”
A veia artística de Lianne La Havas apareceu bem cedo. “Eu escrevi minha primeira música quando tinha 11 anos, se chama ‘Little Things’. É sobre amar a sua família ou algo. Eu comecei a tocar piano aos sete anos. Eu nunca fui ensinada, mas meu pai me comprou um teclado para ver se eu ficava interessada. Ele é um músico muito apaixonado”, contou ao BBC. Como primeiras influências, ela cita B*Witched, Mary J Blige, Lauryn Hill e Jill Scott.
Aos 18 anos, Lianne encontrou sua “própria voz” em termos de composição musical. “Eu comecei a tocar guitarra. Meu pai me ensinou um ritmo de guitarra que ele aprendeu vendo Bob Dylan. Demorou um pouco pra eu dominar isso, mas quando eu consegui eu comecei a me sentir como: ‘eu tenho que escrever algo sobre algo’. Então, eu estava vendo um cara e foi a primeira vez que eu me apaixonei por alguém e fiquei com o coração partido. A canção pareceu explicar minha situação”.
Para a artista, a música se trata de “uma introdução sem encontrar alguém”. “É um modo de ilustrar você mesmo. Mas, isso sempre muda e eu estou sempre buscando uma nova música e tentando ficar mais satisfeita por algo vindouro. É o jeito que eu faço isso, eu só quero fazer a coisa mais agradável possível”.