Ana Cañas, São Paulo, 14 de setembro de 1980. Eis que nasce a mais nova voz da MPB. Poetiza, escritora, cantora e compositora,luta desde sempre pelo não esquecimento do verdadeiro rock n roll. Nem precisou lutar tanto pra conseguir grandes parceiros na hora de cantar e gravar seus discos, que nem são 20 e poucos, e sim 3. Nem precisou de apelo sexual, ou grandes composições em novelas, embora as tenha.
Canções em francês, espanhol e até em inglês, Ana Cañas nunca erra na hora de interpretar ou até mesmo de cantar suas próprias composições. Ela só precisa abrir a boca que BOOM! surge a grande voz, que ecoa por qualquer canto em qualquer mundo. Seu último disco veio carregado de influências boas como a incrível e emocionante versão de La vie en Rose – Edith Piaf, além disso, grandes outras composições próprias com cargas claras de um bom e puro blues.
A arte fez Ana, e Ana movimenta a arte. Profundidade num só ser. Numa só alma e num só existir. Não há como não ouvi-la e pensar em meados de 1900 e alguma coisa, tudo te remete a uma lembrança, a um alguém ou outrem. Ana é para os fortes, e quiçá para os fracos também. Pros jovens, velhos e os jovens-velhos. Pura poesia, pura alma, puro ego.
Pra inflamar, bons trechos das despoéticas de Ana:
”pensando em escrever algo genial
morro aqui sentada e seca sem
a
final”