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Os 25 melhores álbuns internacionais do ano de 2020

Em época de final de ano, o clima de nostalgia toma conta de todos os lugares, e aqui no Tracklist não seria diferente. 2020 não foi nada fácil para ninguém, nem mesmo para os artistas. Todos precisaram reinventar a forma como a música chega a seus fãs, além de darem duro em tempos de isolamento e distanciamento social; e isso inclui o lançamento dos álbuns internacionais, sendo que 25 deles foram, em nossa opinião, os melhores do ano.

Com 2020 já indo embora, talvez a única lembrança boa que a se guardar sejam as músicas e clipes bons que os artistas entregaram. Neste post, separamos os 25 melhores álbuns internacionais que marcaram um ano cheio de dificuldades, mas com muita esperança.

Por Fernando Marques, Giovana Bonfim e Yan Avelino

25. “I’m Your Empress Of”, Empress Of

O terceiro disco de Lorely Rodriguez é um dos grandes destaques desse ano. Praticamente todo escrito e produzido pela honduro-americana, obteve grande destaque por sua capacidade de criar ambientes e envolver seu ouvinte em seus sintetizadores e letras cativantes.

O disco conta a história de sua vida e sobre como foi difícil o início de sua carreira no mercado norte-americano, principalmente por não falar inglês. Sem sombra de dúvidas, vale a conferida caso ainda não tenha escutado, e a novidade faz dele um dos melhores álbuns internacionais do ano.


24. “Confetti”, Little Mix

Há alguns dias, recebemos a notícia de que Jesy Nelson deixou o Little Mix. Porém, neste ano, elass lançaram o “Confetti“, o sexto álbum de estúdio da girlband. As meninas estão há quase dez anos juntas e esse álbum traz a mesma tendência que grande parte do pop: resgatar os anos 80, 90 e 2000.

Engana-se quem acha que o álbum é mais do mesmo. A banda mantém suas músicas de empoderamento, mas de uma forma renovada, e é melhor do que o último álbum lançado por elas. Cheio de músicas feitas para dançar, é valido o destaque para as canções “Sweet Melody” e “Not a Pop Song”.


23. “Positions”, Ariana Grande

Depois de tratar sobre relacionamentos e traumas do passado em “Sweetner” e “thank u, next”, Ariana Grande trouxe “Positions“. O disco foi um passo mais sólido da cantora no R&B, mas sem deixar suas raízes do pop. Grande continua trazendo temáticas cada vez mais adultas e explícitas para seu álbum, o álbum é bastante aclamado pelos fãs. “Positions” estreou no topo das paradas da Billboard 200. Os destaques do álbum estão em “34+35”, “Nasty”, “Off The Table” e “Safety Net”.


22. “good to know”, JoJo

Bom saber que JoJo está de volta em sua melhor forma possível. Depois de ter seu trabalho podado em sua antiga gravadora, a cantora finalmente teve a liberdade criativa que sempre desejou, usando e abusando de sua potência vocal. Sua capacidade de escrita é impressionante, as histórias contadas nesse disco são impactantes e envolventes. A produção faz de “good to know” um dos melhores álbuns internacionais do ano, e o foco no R&B era a chave que virava na carreira de JoJo.


21. “Chromatica”, Lady Gaga

O mundo pop nunca esperou tanto por um álbum como o sexto disco de estúdio de Lady Gaga. Os rumores começaram a pipocar no fim do ano passado e as expectativas dos fãs nunca estiveram tão altas. Quando o “Chromatica” finalmente foi lançado, os fãs tiveram suas expectativas atendidas.

Lady Gaga tratou de trazer tudo que seu fandom sempre pedia e um pouco mais. Ela misturou eletrônico, pop, disco e vários outros ritmos, além de trabalhar bem a identidade visual de seu álbum e seus clipes. De longe, a melhor música é “Rain on Me”, colaboração com Ariana Grande. A faixa recebeu sete indicações na edição do VMA 2020, levando cinco deles, e foi indicada ao prêmio de “Melhor Performance de Duo/Grupo Pop” no Grammy Awards.


20. “3.15.20”, Childish Gambino

Childish Gambino está de volta. O disco, que é considerado pelo próprio performer o seu melhor trabalho, marca o retorno de Donald Glover para o mundo da música. Após uns anos se dedicando a carreira de ator, Childish nos presenteou com um grande disco, com seu lírico aflorado e produção impecável. O disco conta inclusive com uma parceria com Ariana Grande em “Time”. As marcas registradas de Gambino estão mais presentes do que nunca neste disco, com certeza um dos grandes destaques do ano.


19. “RTJ4”, Run The Jewels

Run The Jewels voltou mais incrível do que nunca. Quem pensou que a banda não tivesse mais o que explorar estava completamente errado. Como o colunista Gabriel Haguiô citou em seu excelente review, Run The Jewels ressoa o som das ruas em seu melhor disco, “RTJ4“. O disco que luta contra o racismo estrutural, violência policial e diversos outros pontos importantes, levanta bandeiras e questionamentos que devemos escutar atentamente para empregarmos no nosso dia-a-dia. Pode-se dizer que “RTJ4” é o grande ato do duo.


18. “Dreamland”, Glass Animals

Dave Bayley e sua banda nunca estiveram tão inspirados. Em seu terceiro disco, “Dreamland“, o Glass Animals explorou toda a jornada de vida de uma pessoa, desde o nascimento, adolescência, até chegar a vida adulta. É o primeiro disco da banda que fala abertamente sobre casos vividos por seus membros, especialmente Dave. Os assuntos abordados vão de paixão, assédio, super heróis e superação.

Com certeza o grande destaque fica por conta da excelente produção, com elementos que a banda inglesa consegue incorporar com maestria. “Dreamland” é um dos melhores álbuns internacionais de 2020 e os destaques ficam para “Heat Waves”, “Your Love (Déjà Vú)” e “Waterfalls Coming Out Your Mouth”.


17. “Sawayama”, Rina Sawayama

Rina Sawayama foi sem dúvidas uma das melhores revelações de 2020. Em seu álbum de estreia, mostra sua versatilidade para mesclar o pop com o rock e ainda assim consegue resgatar de certa forma o pop dos anos 2000. Algumas coisas soam como Britney Spears, ao mesmo tempo que há guitarras pesadas e uma sonoridade sombria, lembrando o Evanescence e coisas mais rock da época. No mais, um som muito original; inclusive, ousa-se dizer que nos dias atuais não se parece com qualquer outro artista.


16. “Circles”, Mac Miller

O álbum póstumo de Mac Miller é um dos grandes destaques do ano. Aproveitar os trabalhos deixados pelo rapper com certeza não foi uma tarefa fácil, porém, ficou comprovado a qualidade lírica e de produção que Mac sempre empregou em todos os seus trabalhos. Com certeza, um artista que faz falta todo dia no cenário fonográfico. O que ficam são as saudades e as excelentes produções deixadas por ele, que são seu grande legado. “Circles” entra como um dos melhores álbuns internacionais de 2020 e, também, um dos melhores da carreira de Miller.


15. “Rough and Rowdy Ways”, Bob Dylan

Bob Dylan ainda está longe de ser completamente acessível nesse álbum, que chama atenção por ter uma faixa de 20 minutos. Mas é possivelmente um dos que mais se aproximam disso. Conhecido por utilizar muitas metáforas em suas músicas, Dylan é bem mais direto em “Rough and Rowdy Ways” e narra histórias, além de fazer muitas referências a coisas mais “modernas” e da cultura pop. É um álbum minimalista falando de produção, na qual a maior parte das músicas são apenas voz e violão. De forma alguma desaponta: é um álbum cercado por assuntos interessantes e reflexões. “I Contain Multitudes” é sem dúvidas uma das melhores faixas.


14. “La Vita Nuova”, Christine and The Queens

Mais um álbum audiovisual pra lista. Não chega ser um álbum, já que o projeto foi apenas um EP —  mas, que por sua grandiosidade, não tinha como não entrar nesta lista. Christine aposta na mesclagem de línguas em suas músicas, como o francês, italiano,  inglês e espanhol, contando uma história através das 6 faixas, com inspirações como Inferno, de Dante. É um EP incrível, absolutamente sem erros e com toda uma magnitude. A canção “La Vita Nuova” possui parceria de ninguém menos que Caroline Polacheck.


13. “Women in Music PT III”, HAIM

O primeiro álbum das HAIM, “Days Are Gone” (2013), foi um imbatível sucesso. O segundo álbum, “Something To Tell You (2017), não repetiu o feito. Felizmente, o “Women in Music PT III” deu a volta por cima e possivelmente se torna o maior álbum das irmãs até agora.

É um álbum coeso mesmo com a quantidade de gêneros musicais pelos quais elas transitam, indo desde o rockzinho que estamos acostumados vindo das HAIM, passando por R&B, jazz e tendo influências do country. Pode-se dizer que é um disco muito pessoal, em que histórias que aconteceram com elas são contadas, inclusive, o machismo no meio musical. É o material mais explícito delas até agora, que em alguns momentos chega a lembrar Stevie Nicks.


12. “YHLQMDLG”, Bad Bunny

O ano de 2020 foi muito marcante para Bad Bunny. O cantor lançou três álbuns: “YHLQMDLG“, em fevereiro; “Las que no iban a salir”, em maio; e “El Último Tour Del Mundo”, em novembro. O segundo foi lançado de surpresa e causou burburinho; o terceiro fez história, tornando-se o primeiro álbum totalmente em espanhol a alcançar a liderança da Billboard 200. Mas o destaque desta colocação é para o primeiro álbum lançado neste ano, que surpreendeu os críticos e os fãs com seu reggaeton marcante. “Yo Hago Lo Que Me Da La Gana” é o álbum mais diverso e mais focado do cantor, que tem um fogo que não dá para controlar.


11. “THE ALBUM”, BLACKPINK

Quase um ano e meio após a girlband coreana fazer história no palco do Coachella, o álbum das meninas finalmente chegou neste ano. Ele pode ser curto (com 8 músicas e 24 minutos de duração), mas merece a menção dentre os melhores álbuns internacionais do ano por se permitir ousar e transitar entre o pop e o rap, além de trazer grandes nomes como Selena Gomez e Cardi B como participações especiais. O que não faltou no álbum, além de ousadia, foi atitude. Destaque para as faixas “Pretty Savage” e “Love To Hate Me”, as favoritas dos fãs. As meninas do BLACKPINK mostraram para que vieram e provaram não ser apenas um fenômeno passageiro.


10. “What’s Your Pleasure?”, Jessie Ware

Três anos após “Glasshouse”, Jessie Ware está de volta com “What’s Your Pleasure?“. O nome já é uma boa dica do que se passa pelo disco: a exploração dos prazeres e desejos do ser humano. “Ooh La La” é provavelmente o single mais sexy e “gostoso de ouvir” do disco. O trabalho é cheio de referências aos anos 70, com linhas de baixo muito expressivas e sintetizadores muito bem entrosados com as guitarras.


9. “Plastic Hearts”, Miley Cyrus

Depois de muitos vazamentos e adiamentos, o sucessor de “Younger Now” finalmente chegou em 2020. Possivelmente um dos álbuns mais coesos e interessantes da carreira de MIley Cyrus. Ela resgata muito o rock e a guitarra que usava no início de sua carreira, ainda na Disney e com seus 14 anos, principalmente no álbum “Breakout” (2008).

Com covers de “Heart of Glass” e “Zombie”, Miley deixa claro em “Plastic Hears” as suas atuais (ou será que de sempre?) influências musicais, também perceptíveis nas outras faixas. A artista utiliza muito também de sonoridades do rock anos 70, 80 e 90. Com feats gigantes —  Dua Lipa, Billy Idol, Joan Jett e Stevie Nicks — , Miley mostra um álbum maravilhoso.


8. “Fetch The Bolt Cutters”, Fiona Apple

Se estava difícil para os fãs do Tame Impala que aguardaram 5 anos por um novo disco, imagine para os fãs de Fiona Apple. Foram 8 anos de espera desde seu último trabalho, “The Idler Wheel…” (2012).

Fetch The Bold Cutters” foi extremamente aclamado pela crítica, e com razão. É um disco minimalista, com diversos elementos que soam até muitas vezes caseiro, porém com uma carga gigantesca em seu lirismo. Fiona nos entrega o que provavelmente é o melhor disco de sua carreira — e, é claro, um dos melhores álbuns internacionais de 2020.


7. “The Slow Rush”, Tame Impala

Após 5 anos de preparação, finalmente Kevin Parker retomou os trabalhos como Tame Impala e lançou o impecável “The Slow Rush“. Como o nome já diz, é uma “corrida” lenta, porém, extremamente prazerosa. Com diversas camadas e letras reflexivas, Parker nos convida para sua aventura mais intimista. Aclamado não só pelo público, como também pela crítica, “The Slow Rush” nos presenteou com grandes hits como “Borderline”, “Is It True” e “Posthumous Forgiveness”.


6. “The New Abnormal”, The Strokes

The New Abnormal” foi o primeiro álbum dos Strokes em 7 anos —  o último lançamento foi o controverso “Comedown Machine” (2013). Em 2016, a banda também deu o ar da graça com o EP “Future Present Past”. Mas, sem sombra de dúvidas, “The New Abnormal” foi o trabalho que ressuscitou os “salvadores do rock” —  título que carregam desde 2001, quando lançaram o estrondoso “Is This It”. Em “The New Abnormal”, foi como se a banda tivesse pego tudo de bom que fizeram na carreira e comprimissem em um único álbum, ainda ajustando a 2020 com todas as sonoridades e influências dos anos 1980. Além disso, o álbum começa e termina impecavelmente: inicia com a vibrante “The Adults Are Talking” e finaliza com a melancólica “Ode To The Mets”.


5. “folklore”, Taylor Swift

Quando achávamos que Taylor Swift não iria nunca desgrudar do 100% pop após o “Lover”, ela nos surpreendeu lançando o “folklore”. Com ajuda de gigantes do alternativo, Bon Iver e Aaron Dessner, além do colaborador de longa data Jack Antonoff, Taylor desgruda um pouco do ritmo e aposta mais no folk e alternativo, resultado de um isolamento em uma cabana.

Essa é uma das primeiras vezes que ela parece deixar de lado um pouco suas experiências pessoais e cria cenários e histórias, quase que sendo uma narradora de histórias que não as suas. E isso é incrível. Os destaques certamente vão para “The One” e “Cardigan”.


4. “Ungodly Hour”, Chloe x Halle

Chloe x Halle nunca brincaram em serviço. Após decidirem ir das grandes telas para o mercado da música, elas começaram a ser agenciadas pela empresa de Beyoncé e fizeram uma aparição especial no álbum visual da diva pop, o “Lemonade”. Com um R&B sofisticado, Chloe e Halle definitivamente possuem um dos melhores álbuns internacionais de 2020, em que combinam bons refrões, melodias bem construídas, boas harmonias e batidas contagiantes. A dupla terminou o ano com três indicações aos Grammy’s: “Melhor Canção R&B”, “Melhor Álbum R&B” e “Melhor Perfomance R&B”.


3.”Fine Line”, Harry Styles

Harry Styles nos surpreende a cada era de álbum diferente. Apesar de ter sido lançado no fim do ano passado, acabou não tendo a atenção merecida e por isso o colocamos nessa lista.

Harry despeja em seu segundo álbum experiências sobre seu último relacionamento que acabou dando errado, ao mesmo tempo que triste, irônico e com melodias impecáveis que nos prendem e nos animam. Nem só de tristeza se trata o disco: empatia e músicas que levantam o humor também estão ali. E não podemos esquecer dos visuais: os clipes também contam histórias de formas bem bonitas visualmente. Todo esse conjunto harmonioso faz “Fine Line”, sem dúvida, um dos melhores álbuns internacionais de 2020 (e de 2019 também).


2. “After Hours”, The Weeknd

The Weeknd não precisa de um Grammy, mas sim a premiação que precisa do The Weeknd. O “After Hours” teve a segunda maior estreia na Billboard 200 em 2020 e manteve sua liderança por quatro semanas consecutivas. Antes dele, apenas Drake, em 2018, com “Scorpion”, havia conseguido. Vale ressaltar que nosso starboy terminou o ano sendo o quinto artista mais reproduzido no Spotify, foi escolhido como uma das 100 pessoas mais influentes pela revista “Time” e está confirmado no half-time show do Super Bowl 2021. Foi um ano incrível para The Weeknd e seria muito injusto não colocá-lo nessa posição.


1. “Future Nostalgia”, Dua Lipa

Dua Lipa entregou tudo neste ano e seu álbum é o melhor de 2020, sem sombra de dúvidas. Mesmo com “Future Nostalgia” sendo vazado semanas antes do lançamento, isso não foi o suficiente para que perdesse sua força, seu brilho e importância para o mercado fonográfico. O álbum é uma mistura perfeita de ritmos e raízes em diversos clássicos. Seu álbum reflete o empoderamento feminino e muita dança. Cada uma das 11 faixas entregam uma festa diferente, que acaba com o tempo ruim de quem decide apertar o play. A cantora terminou o ano com seis indicações ao Grammy Awards, incluindo o de “Álbum do Ano”. Dua Lipa, mais no que ninguém, merece o topo da nossa lista de melhores álbuns internacionais do ano e, certamente, 2020 foi o ano dela.


OBS: A lista foi definida a partir dos seguintes critérios: opinião dos redatores; e opinião da crítica especializada.

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