Tyler Joseph, vocalista do twenty one pilots, criou uma pequena polêmica durante o show da banda no Lollapalooza Brasil 2019. Ao cantar “We Don’t Believe What’s On TV” e pedir pra plateia gritar “yeah yeah yeah” o mais alto que conseguissem, o artista falou que na Argentina tinha sido melhor na primeira tentativa. Logo depois ele mudou de ideia (e até rolaram vaias). Nós fomos aos dois shows e podemos e podemos te contar as diferenças.
Quantidade de fãs
O show do twenty one pilots na edição argentina do Lollapalooza aconteceu no primeiro dia do festival. E o que mais tinha era fã de twenty one pilots. Como contamos aqui, parecia que todo mundo ali estava esperando pra ver a banda. Por todos os lados, pessoas com roupas e acessórios personalizados com o amarelo de “Trench”. No Brasil, no último dia de festival, também havia muitas pessoas caracterizadas, mas não era a maioria. Sendo assim…
Quem ganhou: Argentina!
Onde foi mais fácil ficar perto do palco?
Apesar ter mais fãs presentes no festival em Buenos Aires, eles não faziam muita questão de esperar na frente do palco durante todo o dia. Os admiradores do twenty one pilots prestigiaram os outros shows e depois retornaram tranquilamente para o palco principal em que a banda se apresentou. Chegando minutos antes, era possível ficar quase na grade.
Já no Brasil… muitos fãs madrugaram na fila e ficaram no Palco Onix o dia todo esperando. Pra pegar um bom lugar, era necessário ir cedo pra frente do palco. Levando em conta que o deslocamento entre os palcos do Lolla não é tão rápido. A vantagem é a localização do Palco Onix que contém uma espécie de arquibancada – um espaço mais alto para quem fica mais atrás.
Quem venceu: Argentina! – Ficar perto na Argentina era fácil, o difícil era aguentar até o final. Vai pro próximo tópico que eu te conto.
Público mais animado
Depende. Porque na Argentina não foi nem questão de animação, foi loucura mesmo. Se eles não chegaram cedo pra pegar um bom lugar antes, tentaram de tudo pra fazer isso na hora do show. Empurravam, batiam, derrubavam outras pessoas. É… não foi fácil se manter em pé ali até o final. Muita gente passava mal e mesmo assim continuava o empurra-empurra.
Já por aqui, foi beeeeem mais tranquilo. A plateia pulava, se jogava, gritava NUMA BOA. Pelo menos eu não vi ninguém tendo o espaço desrespeitado. E vocês concordam que é bem melhor ver um show assim do que quase não sair vivo, né?!
Quem ganhou: empate! – e um ponto a mais pro Brasil pelo respeito.
Interação entre a banda e fãs
A interação tem a mesma intensidade da parte da banda. Momentos em que falam no idioma do país e em que sobem na plateia rolaram na Argentina e se repetiram no Brasil. Preciso dizer que o espanhol do Tyler é melhor do que seu português. Já o baterista Josh Dun mandou benzão no português.
Durante os momentos em que o vocalista agradecia ou fazia algum discurso, os argentinos não paravam de gritar. Os brasileiros, por sua vez, paravam para ouvir cada palavra e só reagiam após Tyler terminar de falar. O canto “olê olê olê”, que inclusive foi tocado por Josh enquanto ele estava em cima da multidão em “Morph” – tanto no Brasil quanto na Argentina, era cantado a todo tempo pelos argentinos. O Brasil se limitou ao clássico “Tyler / Josh eu te amo”.
Quem ganhou: empate!
Quem cantou mais alto?
Já vou começar dizendo que depende. Na Argentina, realmente parecia que haviam mais fãs – quase o festival todo. E no Brasil, parecia ter menos fãs da banda, mas eles eram tão barulhentos quanto os argentinos. Ou seja, valiam por mais pessoas. Fiquei bastante em dúvida quanto a qual público quem cantou mais alto. Isso também porque em Buenos Aires eu estava mais na frente e em São Paulo mais atrás.
Em “We Don’t Believe What’s On TV” no Lolla BR realmente pareceu que não foi tão alto o “yeah yeah yeah” na primeira tentativa, fazendo Tyler dizer que a Argentina mandou melhor. Porém vale lembrar que ele também desafiou os argentinos, dizendo em espanhol que a primeira vez foi “más o menos” (mais ou menos). Mas a segunda tentativa brasileira foi ensurdecedora, assim como na Argentina.
É difícil dizer quem cantou mais alto. Então deixarei aqui os vídeos dos dois shows pra vocês tirarem suas próprias conclusões. Depois, comentem aqui ou pelas nossas redes sociais (Twitter ou Instagram) qual vocês acharam melhor.
Quem ganhou: empate! – na minha opinião.
Conclusão
Cada país tem sua particularidade e uma maneira de curtir shows – inclusive isso varia dentro dos países. E a definição do que é melhor vai de pessoa pra pessoa. No meu caso, gostei mais do show do Brasil porque pude curtir ao máximo, pulando e gritando, sem medo de passar mal ou de ser derrubado – coisas que rolavam na Argentina. Mas a experiência de estar no meio da plateia insana de Buenos Aires e da energia trocada com a banda foi também incrível.