“Inside a Dream”, o novo disco da banda Echosmith, vai ser lançado no dia 29 de Setembro via Warner Bros. Records.
Esse é o segundo álbum da carreira de Sydney, Noah e Graham Sierota. E o primeiro sem Jamie Sierota, que deixou a banda no ano passado para dedicar tempo integral ao filho, Django.
O disco predecessor, Talking Dreams, recebeu certificado de ouro e “Cool Kids” se tornou um hit mundial (isso tudo quando os irmãos ainda estavam no ensino médio!).
Em entrevista ao Tracklist, concedida na semana passada, Sydney fala da nova fase, da saída de Jamie, da pressão do segundo disco e de planos de vir ao Brasil em turnê.
Confira:
Vocês estão fazendo um retorno agora com o álbum novo, Inside a Dream, o que é ótimo. Eu gostaria de saber por que demoraram tanto?
Bem, nós estávamos em turnê por bastante tempo com Talking Dreams, nosso primeiro álbum, não tínhamos tempo para começar a escrever novas músicas. E nós queríamos ter tempo para escrever esse disco porque queríamos fazer o certo. Nós queríamos ter certeza que seria exatamente como queríamos. E tudo mudou bastante porque nosso irmão, você sabe, teve o bebê e tivemos que descobrir o que fazer, e ter certeza que passamos por essa “transição”.
Entendo. Você já descreveu o disco como “dreamy pop” (pop sonhador). Pode explicar esse conceito pra mim?
Sim, nós escolhemos as palavras *dreamy pop* porque algo nisso é engraçado e porque as duas palavras mostram naturalmente como a vida tem sido para nós. E, você sabe, nós nos divertimos muito tentando sons diferentes, com mais elementos eletrônicos, teclados, coisas diferentes. E isso tudo convergiu nessa vibe dreamy pop, por causa disso tudo, porque criamos isso. Estamos felizes com o processo.
Ah, e ficou bem legal… Bom, quando o Jamie saiu da banda, vocês tiveram que mudar toda a sonoridade e isso afetou também as performances ao vivo. Você pode contar como lidaram com isso?
Sim, isso totalmente afetou nossa vida pessoal e profissional. E foi louco, naturalmente. Porque ele é nosso irmão, e é estranho subir no palco e ver alguém diferente tocando a guitarra, alguém que não é meu irmão, meu irmãozinho, que estava com a gente desde sempre. Então, foi bem difícil processar o fato de que ele seguiu em frente e… Eu achava que ele ia ficar na banda pra sempre, sabe, eu pensei que seríamos pessoas idosas tocando no palco… Foi bem difícil pra mim. Nosso relacionamento agora é melhor do que nunca. Somos amigos, saímos todo fim de semana.
Você acredita que ele vai voltar com a banda ou não?
Eu não acho. Porque ele ama ter uma vida normal e tocar música em casa, estar com o bebê todo dia. Turnês com a banda não são pra ele mais. E tá tudo bem. Não é pra todo mundo.
Certo. Você pensa em substituí-lo?
Sim, nós temos alguém tocando guitarra, pagamos pelos shows. Nós nunca tivemos ninguém para substituí-lo na banda, porque ele não pode ser substituído. Pessoas de outras bandas disseram ‘pegue um dos meus amigos’. Ele é nosso irmão, ninguém poderia substituir ele mesmo que quiséssemos. E está dando certo, e é muito divertido.
Quando você lançou seu primeiro disco você tinha apenas 15 anos. Agora, tem 20. Como isso mudou o jeito de você fazer música? E o que aprendeu nesses anos de turnê ao redor do mundo?
Parece que faz muito tempo atrás, uma vida inteira atrás. Porque tínhamos 15, eu não sei, éramos tão jovens, tínhamos acabado de começar o ensino médio. Então, isso naturalmente afeta o processo de composições. Porque, agora somos mais velhos, tivemos mais experiências de vida. E, honestamente, é incrível como isso muda tudo, porque eu tenho muito mais sobre o que escrever. Todos nós temos. Nós viajamos o mundo e todos estivemos apaixonados, então temos mais sobre o que falar. Sabe, no primeiro disco falamos sobre amor, e foi algo como ‘isso é o que penso em viver, o que eu quero algum dia’. É legal ter mais honestidade em todo o processo de composição musical.
E como é o processo de composição para vocês? Vocês compartilham coisas entre si e escrevem? Como é isso?
Sim, normalmente é diferente todo o momento. Mas, nós estamos todos envolvidos na composição. Então, às vezes, um tem uma ideia no chuveiro e vamos ao estúdio no dia seguinte pra trabalhar nessa música. Ou, às vezes, sonhamos sentados na cozinha juntos, em família. E se Graham não está conosco, corremos até ele e falamos que vai funcionar e vamos gravar a música. Então, é sempre diferente, não temos regras, só nos divertimos (risos).
Legal! O seu disco de debute, Talking Dreams, recebeu certificado de ouro. E Cool Kids é um hit poderoso. O que vocês vocês esperam do público e da crítica? Como lidam com a pressão de fazer um novo disco?
Sim, nós ficamos ansiosos em fazer um novo disco especialmente porque o primeiro deu muito certo! Sabe, ter pessoas ouvindo é incrível! Tem uma pressão do tipo “como vamos escrever uma nova música, como podemos levar essa música ao rádio?”. É algo a se pensar, como artista posso dizer isso. Você tem que pensar nisso e, ao mesmo tempo, escrever sobre o que tem acontecido com você, que você passou. Porque, alguém também deve estar passando pela mesma coisa. Sabe, fazer com que sua música se relacione com milhares de pessoas do mundo todo.
Como banda, você todos têm uma visão clara sobre o que querem?
Sim, com certeza! Todos temos ideia do que queremos em seguida, os caminhos a seguir, coisas que queremos fazer juntos na banda.
Me fale um pouco sobre as suas influências… O que você tem ouvido?
Sempre fui mais ligada na música eletrônica, sabe (risos). Estive ouvindo Julia Michaels, ela é legal e tem uma vibe interessante. Tenho escutado o tempo todo.
Você colaborou com vários artistas no passado (com Zedd na música “Illusion”, com The Goo Goo Dolls em “Flood”), você gostaria de colaborar com outros no futuro? Podemos esperar uma colaboração no novo disco?
Sim, quero dizer, nesse álbum não temos colaboração. Estamos abertos para colaborar, contanto que ambos os lados gostem da música. Seria incrível. Mesmo se for diferente o estilo, não importa, contanto que todos gostem da música e que seja divertido. Então, é, se aparecer uma colaboração no futuro, estaremos abertos pra isso!
“Goodbye” é o primeiro single do novo disco que vai ser lançado em Setembro. E vocês também lançaram um videoclipe. Por que escolheram essa música para single? E quando poderemos esperar novos clipes?
Sim, essa música saiu primeiro porque é definitivamente ‘a nossa música’, é uma amostra do que esperar no novo álbum. Nós mostramos o disco para nossos amigos e essa é a canção que traz uma imagem do “Inside a Dream”. Goodbye é minha favorita (risos), e todos concordamos em lançar essa primeiro. Então foi algo como “ok, todo mundo concorda, então ótimo” (risos). E temos mais músicas pra lançar em setembro, e também clipes para pensar.
Nesse momento, a intermediadora disse que tinha direito a mais uma pergunta apenas. Então, escolhi justamente a que não podia faltar:
Vocês já tem uma turnê programada nos Estados Unidos… O Brasil também está nos planos de vocês?
Sim, queremos muito vir ao Brasil! Estamos tentando fazer o máximo para que isso aconteça! Eu não sei quando vamos conseguir, mas estou falando com todo mundo (risos), sabe: “eu quero muito ir pro Brasil”. Estamos trabalhando nisso, estamos fazendo o nosso melhor pra acontecer!
Confira nossa playlist: