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Entrevista: Restart fala sobre turnê, documentário e mais

O grupo falou sobre a tour “A Despedida” e futuros projetos

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Foto: Cerd. Rodrigo Takeshi

A banda Restart está em um ótimo momento. Atualmente, o grupo cumpre agenda pela turnê “Pra Você Lembrar: A Despedida”, com datas anunciadas até o mês de agosto. Ao longo dos próximos meses, o quarteto passará pelas cidades de São José do Rio Preto, Fortaleza, Ribeirão Preto, Salvador, Brasília e Goiânia – além de algumas datas que permanecem em segredo.

Pe Lanza, Pe Lu, Koba e Thominhas preparam, ainda, um documentário exclusivo sobre a trajetória da turnê e da banda. Eles apresentaram os primeiros detalhes sobre o projeto por meio do clipe da faixa “Fé Acesa”, lançado em abril.

Em entrevista recente ao Tracklist, o Restart falou sobre suas experiências na turnê “Pra Você Lembrar: A Despedida”, o futuro documentário do grupo e mais. Confira abaixo!

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Entrevista: Restart

Vocês têm alguns shows pela frente, mas a tour “A Despedida” já está caminhando para a reta final. Para vocês, como é que está sendo a experiência de encontrar os fãs depois do hiato?

Pe Lu: “Eu acho que é sempre uma surpresa; nós quatro estamos com essa sensação agora. Óbvio, daqui a pouco a turnê vai completar um ano, então a gente já está numa trajetória de alguns meses, fora o tempo antes de preparação. Então, é um projeto que vai acabar tendo 2 anos, talvez um pouco mais. Mas acho que é uma surpresa no sentido positivo. Hoje, como pessoas mais maduras do que há 10, 12 anos atrás, acho que tem um lugar gostoso de compreensão quando a gente encontra as pessoas. A gente pensa: ‘Caraca, essa pessoa está abrindo mão do descanso dela, ou de estar em outro rolê para estar aqui, para estar falando com a gente, para estar em um show’. E eu sinto que a única diferença da gente para o passado é que temos uma clareza maior ainda do tamanho que essas pessoas têm nas nossas vidas. Do que esse carinho delas representa. E, também, a gente só está indo uma vez em cada cidade. Então é sempre um encontro que tem aquele gostinho de ‘que bom te reencontrar, mas já estou indo embora’. É sempre intenso, de forma positivo. Tem aquele calor, aquele carinho”.

No geral, o que vocês vão levar como aprendizado desse tempo?

Koba: “É tanta coisa. A gente está reaprendendo e está revisitando muita coisa que fez parte da nossa história; e acho que até aprendendo a olhar com novos olhos. Algo que foi completamente transformado durante essa turnê, acho que foi o contato mais direto com os fãs, que cresceram; com as pessoas que têm a idade muito próxima da gente hoje em dia. A gente conhece a experiência delas e o que a Restart e todo esse movimento todo acabou fazendo na vida das pessoas – esse ensinamento talvez seja a coisa mais rica que conseguimos. Quando a turnê acabar, a gente sai com a sensação de que conseguimos realmente atingir de forma muito significativa a vida de muitas pessoas. E acho que essa é a maior conquista para um artista, saber que você realmente conseguiu atingir a vida das pessoas. Que fez bem a elas; e que mudou a trajetória delas de uma forma que se orgulhem e, de certa forma, isso também traz muito orgulho para a gente”.

Ainda tem uma caminhada pela frente, mas vocês conseguem citar um momento que os marcou nessa turnê?

Pe Lu: “Vários! Vou falar algo que possa parecer bobo ou clichê: acho difícil dizer algum momento até agora que não tenha sido marcante. E, de novo, porque tem essa coisa da gente estar vivendo a primeira/última vez em todo lugar. São Paulo, a estreia, foi muito marcante. Mas e Curitiba? Curitiba foi incrível também; Campinas foi um showzão, BH, também, voltar lá no antigo Chevrolet Hall, enfim. Honestamente, acho que a gente tem vivido uma sequência de grandes momentos”.

“Mas se tiver que falar um só, eu diria que a estreia é muito marcante. Porque a gente olha e fala: ‘Caraca, eu estava um ano escondendo isso aqui’; e a gente foi lá e apresentou isso pra 9 mil pessoas no primeiro dia, mais 9 mil pessoas no segundo dia. E a coletiva de imprensa que a gente fez também, que foi o anúncio, no dia 1º de agosto. A gente vinha ali guardando segredo, e estruturando, montando identidade, e de repente aparecemos lá. Era uma coletiva para 100 pessoas, e tinham sei lá, 500. É aquele momento que a gente olha e fala: ‘Isso aqui vai rolar mesmo. Isso aqui não é da nossa cabeça’. Para mim, acho que esses dois momentos, se sou obrigado a responder, são os mais marcantes.

Koba: “Estou com o Pe Lu! Vou acabar repetindo tudo que ele falou [risos] Também diria que foi a estreia, se for para escolher. Porque foi o primeiro show, , depois de 8 anos. Se for para escolher um, seria esse show por conta de tudo isso – foi a volta, primeira vez nos palcos depois de 8 anos. Acho que tem muita coisa ali. Mas cada show tem sido inesquecível mesmo”.

Thominhas: “Também acho que foi o primeiro show. Porque, sei lá, 9 mil pessoas depois de 8 anos… deu um friozinho a mais na barriga. E é o primeiro show, tem o problema da gente ficar com aquela pressão de não errar nada, de dar tudo certo. São muitas coisas que precisam acontecer para que o show seja inteiramente perfeito, e a gente fica muito preocupado. Hoje em dia, nós nos divertimos mais no palco. Mas acho que o primeiro show teve uma pressão diferente, assim, que acaba sendo inesquecível”.

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Foto: Cred. Rodrigo Takeshi

Vocês estão preparando um documentário oficial da banda! Já tem alguma previsão de lançamento? O que os fãs podem esperar desse projeto?

Koba: “A gente está preparando o documentário desde o momento em que falamos turnê, até antes, aliás. Enfim, a gente está preparando esse documentário que vai contar tanto a história da turnê, com os bastidores e tudo; mas vai focar muito em contar a nossa história. Como a gente se conheceu, como a gente começou a banda. Estamos resgatando muito material inédito, e vai ser uma surpresa tanto para os fãs, que acho que têm uma curiosidade muito grande em conhecer uma parte da nossa história que a gente nunca contou; quanto para as pessoas da indústria, para quem não curtia a banda, para entender um pouco a história e todo esse contexto que a gente teve até dentro das críticas. Vamos acabar falando muito sobre a nossa história e sobre tudo que a gente nunca se sentiu confortável para abrir. Vai ser muito, muito legal. Acho que vocês podem contar com coisas que nunca viram da nossa história”.

Por fim, quais são os planos de vocês para um futuro próximo?

Thomas: “Acho que cada um vai basicamente seguir o que a gente já estava fazendo antes. O Pe Lu tem o selo dele, trabalha como empresário do João Guilherme; o Koba já faz o lance do audiovisual. Eu também acabo trabalhando com audiovisual e produção musical. Acho que a gente não consegue fazer outra coisa a não ser arte! Obviamente muitas portas vão se abrir depois desse projeto incrível que estamos fazendo, mas acredito que a gente vai seguir fazendo os projetos que já tínhamos em mente, mas que demos uma pausa para fazer essa comemoração do Restart. É basicamente isso”.

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