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Entrevista The Town: Barão Vermelho e Samuel Rosa falam sobre cenário do Rock nacional na atualidade

Músicos relembraram como foi pisar no palco do Rock in Rio há 38 anos

Foto: Reprodução/Multishow

Por: Andressa Cerqueira e Gabriel Haguiô –“Cada ano de rock vale cem anos, e o Barão tem vários séculos”. Com essa afirmativa, o Barão Vermelho, que contou com a presença especial de Samuel Rosa, abriu o show no The Town 2023. Em mais um espetáculo, os artistas colocaram uma multidão para pular ao som de hits imortais do rock nacional.

Em meio a um cenário musical completamente pluralizado, em entrevista exclusiva ao Tracklist os músicos falaram como enxergam a evolução do gênero na atualidade. Confira!

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Barão Vermelho fala sobre cenário da musica atual e relembra passagem no Rock in Rio de 1985

Hoje foi dia de rock! E mesmo após quarenta anos de existência a junção Barão Vermelho e Samuel Rosa provou para o público do The Town que para música boa não existe idade. Questionados sobre a parceira, os músicos revelaram: “Nós [Barão] admiramos o trabalho dele [Samuel] como artista, é o cantor predileto de nós todos do rock atual brasileiro e ano passado nós o convidamos para participar da celebração dos 40 anos do Barão e, ainda bem, ele topou”, iniciou Mauricio Barros.

“Não dá para cravar a existência de uma banda sem resistência, né? De outras que vieram antes, temos que considerar as pessoas que pavimentaram o caminho para você. Quem veio antes te influenciou e esse é o caso do Barão com a minha música, né? […] Quando comecei na guitarra, foi um fator de grande motivação ver aqueles garotos de mais ou menos a minha idade falando das agruras e do processo que estavam passando. Cazuza escrevendo super bem, a banda com uma assinatura definitiva que atravessa décadas. Então não sei se eu seria desse jeito se não fosse também a existência do Barão e das principais três, quatro bandas principais do rock brasileiro dos anos 80″, finalizou Samuel.

Introduzindo o período dos anos 80, cuja época foi a mais fértil para o rock nacional, os artistas comentaram como percebem a evolução do gênero na atualidade. “Acho que tanto Barão Vermelho contra o Skank, viveram em um mundo que ele era menos fragmentado em termos de informações as informações hoje são tantas é muito difícil hoje em dia um repertório consolidar na memória afetiva da criança até o velho. Hoje em dia eu me deparo com artistas que levam multidões para o palco porque eu não faço a menor ideia de que seja”, iniciou Rodrigo Suricato.

“No tempo deles era muito: “não aquilo era um Skank, aquele é o Barão, aquele Paralamas”; então existiam vários artistas com uma enorme excelência e hoje existem cada vez mais, então é cada vez mais difícil, você estar antenado nisso tudo, mas é o que acontece é o seguinte: Queem conseguiu consolidar a memória afetiva das pessoas tocando nos carros, o papai que chorou que conheceu a mamãe, isso nunca mais vai acontecer. Os Beatles, nunca mais vão acontecer isso que tá acontecendo o repertório eu me arrisco a dizer que não acontecerá dessa forma porque o mundo é muito plural hoje em dia, né? A gente vive uma geração que hoje escolhe o seu próprio entretenimento”, finalizou.

Durante a entrevista, Samuel também falou como enxerga a carreira “pós Skank”, que se aposentou dos palcos no último ano. “Para mim sou a natural eh a maioria das coisas que eu tô tocando são músicas minhas músicas que compus ao longo dos anos”, analisou.

Questionados sobre o show deste sábado (9), no palco The One, Guto Goff pontuou: “Fazer parte dessa primeira edição do The Town é levar o nome de uma banda que é tão icônica na no rock brasileiro. A gente participou do primeiro Rock in Rio em 1985 e 38 anos depois o que fica é que na história, todo mundo que passou pela banda, Cazuza, Ezequiel Neves, Peninha, Frejat, Rodrigo Daddy, cada um deixou um pedaço da sua alma ali, por isso que o barão é tão grande. O barão é um orixá assim que nós estamos ali para servir a essa coisa que é maior do que nós todos”.

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