Nesta sexta-feira, 14 de abril, chegou a todas as plataformas digitais o novo álbum do Lagum, “Depois do Fim”. Em coletiva de imprensa, a banda explicou mais sobre o conceito e a produção do trabalho, com curiosidades e inspirações para o disco, que conta com 14 músicas.
“Depois do Fim”, novo álbum do Lagum
O álbum “Depois do Fim” é o quarto de estúdio do Lagum, banda composta por Pedro Calais (vocal), Zani Furtado (guitarra), Jorge Borges (guitarra) e Chico Jardim (baixista), que chegou depois do seu EP mais recente “FIM”, de março deste ano. Lançado como um projeto audiovisual, o disco já está disponível em todas as plataformas digitais, com cada faixa ganhando seu próprio visualizer no YouTube.
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De acordo com a banda, a ideia de transformar o disco em um projeto mais visual não era algo planejado inicialmente. Sendo assim, o grupo foi pensando em ocasiões “depois do fim”, imaginando como seriam as pessoas no fim do mundo, como é o caso da faixa-título.
Para as inspirações das canções, que se mostram mais profundas e maduras no novo álbum, o vocalista Pedro Calais explica que, “quem já foi no fundo do seu próprio poço, tem que falar, não importa a profundidade”. “Eu sempre falei que, nesse álbum, antes de começar a fazer, que queria que ele fosse um trabalho para as outras pessoas”, conta.
O músico explica que passou por algumas instabilidades emocionais e se viu “um pouco perdido”. “Foi quando comecei a prestar atenção aos detalhes e a olhar para o meu penhasco. Como letrista, eu quis trazer isso como forma de cura para mim, e depois que eu fui entender que o propósito do nosso trabalho não é puramente fazer música para a galera ser feliz, vender ingresso, ser famoso… Acho que nosso trabalho tem um propósito muito maior”, detalha Calais.
Perguntados de qual faixa seria a favorita, o guitarrista Jorge Borges revela ser “Habite-se”. “Foi tipo um presente chegar no estúdio e ter uma pérola assim. Ter uma liberdade total de chegar e sentir a música, ir despejando ideias, mesmo depois sabendo que não poderia sair… Tornou-se uma coisa muito especial, de ter um sentimento de pertencimento, faz sentido com o que eu estava passando”, comenta.
Ao complementar a resposta, Chico Jardim, baixista, conta sobre o processo de gravação do disco, que começou em um estúdio em Belo Horizonte/MG onde os integrantes são bem próximos da equipe, e que na época nem havia pretensão de gravar um álbum. “Lembro que um dia a gente sentou lá e começou a fazer uma música bem despretensiosa, e a que me marcou muito foi ‘Nem Vi Que O Tempo Voou’. Lembro que o baixo dela foi uma construção bem legal”.
“Para mim foi ‘Ou Não’”, responde Zani Furtado, guitarrista, ao contar sobre quando comprou um novo violão que almejava muito. “Por ser uma música voz e violão, que traz muito das referências que eu andei estudando pré-álbum, dessa bossa nova do Brasil, acho que coroou uma grande parte do estudo que eu estava tendo, de harmonias, tocadas… Ter [o violão] comigo foi extremamente prazeroso”.
Por fim, Calais conta que é a música “Coisa Boa”, porque foi a mais difícil de produzir a primeiro momento, em que a banda testava diversos elementos. “A gente começou de maneira bem desinibida, e os elementos começaram a ficar malucos. Colocamos zíper de jaqueta, em frente ao estúdio tinha uma lagoa em que peguei meu celular para gravar um sapo. É uma música simples, mas ela tem sua profundidade”. A faixa é a 11ª de “Depois do Fim” e ainda está bloqueada nas plataformas digitais.