Vitão está em um novo momento de sua vida artística – e, para promover isso, ele topou uma entrevista com o Tracklist! Ele falou sobre novos lançamentos, agenda cheia e colaborações.
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Um exemplo é o remix de “Pensei Melhor” feat.Thiaguinho & Luccas Carlos, divulgado no 18 de fevereiro. O cantor compartilhou seus sentimentos acerca da parceria e outras divulgações recentes. “Com certeza, todos esses singles têm puxado algo maior”, comentou.
Ele também falou sobre outros assuntos, como seu engajamento em causas sociais, a experiência de crescer sob os olhos atentos da internet e mais. Acompanhe!
“Pensei Melhor” e outras parcerias
O remix de “Pensei Melhor” aconteceu de uma maneira totalmente espontânea, segundo o artista. Um dia, ele recebeu uma mensagem de Thiaguinho, onde ele confessava estar ouvindo com frequência a faixa original. A partir disso, o cantor já procurou seu produtor e propôs uma nova versão da música para Thiaguinho, que aceitou de prontidão.
E não parou por aí: “No dia em que a gente foi para o estúdio, o Luccas Carlos estava lá também. E o Luccas já era compositor da música junto comigo, a gente escreveu junto. A gente estava lá, e ele falou: ‘Pô, irmão, fiquei pensando num negócio…’ e eu também falei: ‘Fiquei pensando num negócio…’ E aí quando vimos, já estavam os três gravando. O Thiaguinho também super fã do Luccas, então foi uma parada que aconteceu e casou de uma maneira perfeita”, contou.
O artista também falou sobre suas “colaborações dos sonhos”. “Tenho o sonho de cantar com muita gente. Mas acho que quem me vem na cabeça agora, bastante, é Djavan; que é um artista que é uma referência como canto, harmonia, violão e forma de cantar e escrever. É uma grande referência para mim e para minha música. E também é uma referência para outras pessoas que são referências muito fortes pra mim, como Rael, por exemplo”.
Ele também se mostrou um grande fã de Sandra de Sá, e não hesitou em tecer elogios para a artista. “Ela trouxe algo novo para a música e para as mulheres, e para atuação das mulheres na música, além de ser uma pessoa maravilhosa. Todas as vezes em que a gente conversa, ela é sempre hiper carinhosa, engraçada e carismática. E é muito, muito, muito talentosa, então gostaria de fazer algo com ela também”, falou.
Novos projetos musicais e shows
Na indústria há alguns anos, Vitão é, hoje, um artista consolidado no cenário musical. E ele se lembra exatamente o momento em que se deu conta disso: após o lançamento da faixa “Café”, em 2019. “Por ser minha primeira música solo, e um lançamento meu tocando na rádio, com as pessoas passando a me conhecer por meio dessa música, eu senti que era o momento onde eu realmente tinha me consolidado, sim, tinha galgado meu lugar na música”.
Já faz algum tempo desde que o cantor lançou seu primeiro álbum de estúdio, “Ouro”. Quando perguntado se seus novos trabalhos (remix de “Pensei Melhor”, “TAKAFAYA” e “Conto de Fadas”, por exemplo) são uma prévia de um novo projeto, ele respondeu: “Com certeza. Tudo que eu tenho feito vai puxar um novo momento meu, um novo álbum”.
“Tudo que eu tenho lançado, todos os singles, estão mostrando um pouco mais do que vai existir dentro desse álbum. É um novo momento meu de carreira. Estou me encontrando agora muito como produtor também, das minhas faixas e de outros artistas […] É um momento com mais instrumental, também; um momento um pouco mais orgânico. Então, com certeza, todos esses singles vêm puxando algo maior”, revelou.
A nova fase inclui uma nova série de shows. Com a agenda cheia, Vitão possui, inclusive, datas na Angola. E ele diz que há planos de marcas outros concertos internacionais: “Sem dúvida, esse ano vão acontecer vários. Os shows de Angola vão ser só os primeiros, minha primeira vez tocando fora”, disse, animado. “Estou super feliz também e empolgado com essa agenda lotada de shows, é muito bom praticamente não ter respiro. Estar cada dia em um lugar, mostrando o que eu sei fazer e encontrando pessoas que apreciam minha arte”, completou.
Vitão fala sobre sua experiência com a internet
Vitão compartilhou, durante a entrevista, a experiência de ter construído uma carreira em uma geração focada na internet. Com apenas 22 anos, ele já enfrentou o julgamento pesado de usuários de redes sociais. De acordo com ele, passar por essas situações tão novo, e de forma tão intensa, o ajudou a criar maturidade para lidar com próximas ocasiões.
“Já vou estar muito mais calejado em relação a isso”, compartilhou. “E acho que a forma da gente lidar com isso é, cada vez mais, mostrar para as pessoas um caminho melhor, sabe? Hoje em dia, quando encontro alguém na rua que me fala alguma besteira, busco sempre conversar com a pessoa. Botar uma consciência na cabeça dela. Fazer ela entender que é todo mundo ser humano. Que independente da gente ser artista, ter uma vida pública, trabalhar com entretenimento, a gente também é ser humano e sente igual. Enfim, fazer a pessoa realmente entender, porque às vezes a gente é muito visto só como um produto de entretenimento, e aí deixam de ver a gente como um ser humano que também sente. E acho que esse é o momento complicado”.
Arte e causas sociais
Em diversos momentos, o cantor usou de sua influência para trazer conscientização para diversas causas sociais – e, em especial, as causas ambientais, tendo integrado a Brigada Digital do Greenpeace. Em sua opinião, o mundo artístico e a fama acompanham o poder e a responsabilidade, que devem ser utilizados em prol da mudança.
“Acho que eu, vendo a nossa trajetória como ser humano, e vendo para onde a gente está indo – e em muitos momentos continua indo para um lugar muito traiçoeiro; de destruição ambiental, de destruição humana mesmo, de desumanidade uns com os outros, com os animais e o meio ambiente […] E com uma frase ou outra, uma ação ou outra, estando em um lugar ou uma manifestação, falando sobre isso nas minhas redes sociais, eu consigo reverter pelo menos uma parte disso”.
Ele continuou: “Nem que 10 pessoas se sintam tocadas por isso. Ainda assim, já são 10 pessoas a mais, que podem tocar mais 10, que podem sair falando disso por aí, que podem mudar seus hábitos e tocar outras pessoas… acho que é uma reação em cadeia, é um efeito dominó”.
Ele acredita que a música anda junto com as mudanças sociais. ”A música estava presente nos momentos de mudança da humanidade, sabe? Como, por exemplo, na ditadura […] Os músicos que questionavam a ditadura – Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque – tinham que fazer isso até nas entrelinhas das suas músicas, de uma maneira escondida ali… mas faziam. Isso foi muito importante historicamente. Eu acho que é importante a gente seguir fazendo isso. Acho que não só a música, mas a arte no geral tem naturalmente esse cunho de protesto e de mudança, mesmo”.
Além da música
O cantor falou, por fim, sobre seu primeiro trabalho como ator: a série “Tá Tudo Certo”, da Disney+. Ele atuará ao lado de Ana Caetano (do duo Anavitória); Pedro Calais (banda Lagum); Toni Garrido; Rubel; Agnes Nunes; Clara Buarque; Manu Gavassi; Cynthia Senek e a medalhista olímpica Rayssa Leal.
“Para mim foi uma experiência muito inesquecível. Eu há muito tempo já vinha querendo trabalhar como ator em algum projeto, e essa foi a minha primeira oportunidade. E ter essa oportunidade em um projeto tão grande assim, né, um projeto da Disney, não é qualquer coisa”, comentou. “Logo a Disney que a gente assiste desde criança. É uma empresa de entretenimento e de arte tão vasta, tão gigantesca, tão poderosa. Comecei com o pé direito, sabe? Me sinto dessa forma”.
Ele também afirma que esse é um ramo que ele deseja explorar ainda mais futuramente: “Foi muito incrível. Foi um momento em que eu realmente tive que aprender novas coisas. Me senti inseguro em alguns momentos por não dominar essa arte ainda, mas foi um momento de muito aprendizado. Sinto que aprendi bastante, e me desenvolvi pra próximos trabalhos como ator, que quero seguir fazendo cada vez mais também”, finalizou.
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