Luke Hemmings, um dos membros da banda 5SOS, disponibilizou na última sexta-feira (13) seu álbum de estreia solo. Pouco antes do lançamento, a revista Billboard bateu um breve papo com ele sobre superações, processo de criação do álbum e mais. Veja alguns destaques!
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Pode não parecer, mas 10 anos se passam em um piscar de olhos e esse mesmo tempo foi bastante agitado para Luke Hemmings, cantor, compositor e musicista australiano, que também faz parte da banda 5 Seconds of Summer (5SOS).
Aos 16 anos, ele trocou Sydney por Londres juntamente a Ashton Irwin, Calum Hood e Michael Clifford para seguir seu sonho e viver da música.
Juntos, fizeram alguns shows, aprimoraram suas habilidades na composição e com pouco tempo de carreira viajaram o mundo com turnês esgotadas e álbuns bem-sucedidos.
Devido à pandemia do novo Coronavírus (COVID-19), contudo, a banda não conseguiu promover de forma integral seu quarto disco, o “CALM”, e os planos para a turnê foram adiados para 2022.
Portanto, depois de quase 10 anos, Luke se viu ocioso por bastante tempo. O artista passou boa parte do isolamento social em sua casa e usou o tempo incerto para descansar o que não havia conseguido durante o tempo na estrada.
Compondo rotineiramente, Hemmings se conectou a sua persona, tal qual Taylor Swift, e usou isso a seu próprio favor, usando as criações para o “When Facing The Things We Turn Away From”, seu álbum solo de estreia lançado na sexta-feira passada (13/8).
Como já mencionamos, a Billboard bateu um breve papo com Luke sobre sua relação com a composição, superações, processo de criação do álbum e mais. Por isso, reunimos aqui alguns destaques dessa entrevista. Confira!
Confira alguns destaques da entrevista sobre o novo álbum de Luke Hemmings para a Billboard
A mudança ainda muito jovem
Quando questionado se a mudança de países ainda muito jovem moldou quem ele é, Hemmings disse que sim. “Acho que à medida que fui ficando mais velho, especialmente porque não vejo minha família há muito tempo, a aprecio cada vez mais”, afirmou.
“Tive muita sorte de ir a tantos países e cidades diferentes, ver tantas culturas e pessoas, vivendo esse estilo de vida tão jovem”, continuou.
Sinto que está se tornando mais um clichê agora, mas posso simplesmente encorajar qualquer pessoa que tenha meios para fazer qualquer tipo de viagem.
Isso me tornou muito mais compassivo e [informado] sobre a cultura de outras pessoas. Tudo é tão diferente em todos os lugares, mas todos somos iguais de uma forma estranha e equilibrada.
Seu processo criativo durante a pandemia
Perguntado como a pandemia havia afetado seu processo criativo, Hemmings disse que não teria concluído o álbum sem ela.
O álbum inteiro é literalmente chamado de “When Facing The Things You Turn Away From” (em tradução livre, “Ao Enfrentar As Coisas Das Quais Você Se Afasta”) — [e ele] me fez olhar para trás para muitas coisas que eu não tinha lidado.
Isso mudou meu estilo de composição um pouco para se tornar uma prática diária. Sempre foi, mas isso [o disco] foi tudo que eu fiz por um longo tempo em casa.
Como já sabíamos, ninguém saía de casa, os shows estavam parados e a banda não estava se apresentando. Por isso, o musicista afirmou que escrevia canções todos os dias.
Inclusive, durante a entrevista, Luke menciona que as músicas apenas saíam quando precisavam sair, logo, não precisava mais “forçá-las” a serem escritas.
Suas habilidades para compor ao longo da carreira
Segundo o cantor, ele não tinha muito jeito para escrever músicas quando era adolescente. Na verdade, Calum, seu companheiro de banda era o que apresentava a maior aptidão para compor.
Ele simplesmente parecia ter essa coisa. Honestamente, ele foi a primeira pessoa que inspirou composições em mim.
Dessa forma, à medida que iam escrevendo em conjunto, Hemmings ia aprendendo cada vez mais. Além disso, todos os meninos fizeram um curso intensivo de composição ainda quando moravam na Inglaterra.
Mesmo no início, não era tipo: “Eu vou fazer um álbum solo, vamos escrever as músicas.” Eu apenas escrevi para me divertir. Vamos ver o que acontece, e então tudo se transformou em uma bola de neve nessa coisa enorme.
Eu só queria escrever minhas próprias canções completas no início disso [da pandemia]. Tornou-se mais uma parte da minha rotina diária agora. É minha coisa favorita a fazer, e também a coisa mais frustrante do mundo.
A sensação de compartilhar sua própria história sem a banda
“É uma coisa assustadora”, afirmou sem pensar duas vezes. “Fazer vídeos sozinho, fazer sessões de fotos — tudo isso faz parte de uma coisa que está muito fora do espaço seguro ao qual estou acostumado”
Em um nível pessoal, quase parecia que eu precisava fazer isso [o álbum sem o 5SOS]. Eu precisava dizer essas coisas e precisava me sentir assim e ser embalado de uma forma que tivesse esse sentimento hiperemocional.
Para finalizar sua resposta, o cantor disse que não pensou muito no que as pessoas pensariam das letras. “É muito estressante lançar músicas depois de fazer de uma maneira diferente por tanto tempo, mas, liricamente, não havia medo de dizer muito”, concluiu.
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