Muitos artistas, hoje, são conhecidos por tornarem seus lançamentos verdadeiros eventos, fazendo com que todo o público interaja e se envolva com o trabalho. Por isso, hoje, separamos cinco álbuns pop que deveriam ter sido visuais — e que temos a certeza absoluta de que teriam sido incríveis. Confira!
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Uma coisa é certa: mais do que nunca, estamos diante de um cenário mais diverso, onde cada artista busca sua forma de promover seus projetos. Uma maneira de fazer isso — e envolver ainda mais o público – é levar a experiência musical a outro nível, por meio de álbuns visuais.
Para falar a verdade, álbuns visuais já existem há anos, mas é seguro dizer que eles têm aumentado recentemente. Esses tipos de álbum são basicamente vídeos musicais em um formato mais longo.
Eles geralmente apresentam várias canções e atuam como obras cinematográficas estendidas ou filmes baseados nas músicas. Para ficar mais fácil de entender, pense nos álbuns visuais como um híbrido de música, vídeo e filme.
Em um contexto onde a grande parte do nosso estímulo é visual — graças aos smartphones, YouTube e às redes sociais —, combinar música e recursos visuais é uma ótima maneira de elevar o nível de um álbum.
Portanto, os álbuns visuais elevam as faixas a experiências cinematográficas, permitindo que o impacto da música seja maior, devido às relações dos conceitos visuais que os acompanham.
Álbuns visuais também criam mais interesse em torno do lançamento e o tornam mais memorável.
Tratá-lo o lançamento de um álbum como um lançamento de um filme significa uma maior consciência dele e permite ao artista traduzir suas ideias sobre vários tópicos visualmente e por meio de áudio — tal como Beyoncé fez com o “Lemonade”.
Confira 5 álbuns que deveriam ter sido visuais!
1. Taylor Swift – “folklore”
A obra-prima de Taylor Swift possui uma tremenda complexidade em suas letras absolutamente poéticas. A artista conta diversas histórias, de muitos pontos de vista e com vários personagens.
Taylor tem sido uma das estrelas pop mais confessionais em suas canções, muitas vezes trazendo vivências pessoais. No “folklore”, ela ultrapassou essa barreira misturando o real com o fictício.
“As linhas entre fantasia e realidade se confundem e as fronteiras entre verdade e ficção tornam-se quase indiscerníveis”, compartilhou Taylor nas redes sociais.
Ainda assim, como ela também anunciou, há diversos easter eggs em seus versos, abertos a inúmeras interpretações. A música “The 1”, por exemplo, é uma poesia ao que poderia ter sido. O “quem” de tudo isso permanece obscuro.
Cada música tem esse tipo de esplendor lírico, reforçando um universo que Taylor criou ao mesmo tempo que o expande com suas novas camadas de fantasia e personagens.
É o caso de “Mad Woman”, que retrata a história de uma “viúva desajustada obtendo uma vingança alegre”, segundo a própria cantora.
Mas versos como “E as mulheres também gostam de caçar bruxas” (“And women like hunting witches too”) remetem à “I Did Something Bad”, da era “Reputation”: “Eles estão queimando todas as bruxas, mesmo que você não seja uma” (“They’re burning all the witches, even if you aren’t one”).
De qualquer forma, essa teia de perspectivas e emoções retratadas nas faixas apresentam aos fãs de Swift muito material para analisarem e desvendarem os mistérios que há, bem como as conotações do álbum. Imagina se ele fosse um álbum visual?
2. Lady Gaga – “Chromatica”
Em maio do ano passado, Lady Gaga lançou seu sexto álbum de estúdio, o Chromatica. Diferente de tudo que já havia feito, a cantora nova-iorquina apresentou um complexo conceito musical, visual e até cinematográfico.
Ao site Pitchfork, Gaga disse que Chromatica é o planeta em que mora e explicou que o símbolo presente na capa redes sociais possui “uma onda senoidal, que é o símbolo matemático do som.”
Esse novo universo, criado especificamente para o álbum foi dividido em tribos: Kindness Punks, Freedom Fighters, Junkyard Scavengers, Government Officials, Eco Warriors e Cyber Kids.
Dividido em três atos, separados por interlúdios, cada “seção” do álbum tem sua sonoridade, temática e conceitos específicos. O “Chromatica“, portanto, é considerado por muitos como um álbum carregado de conceitos, seja pelas músicas ou pela elementos pensados para que esse universo fosse criado.
Lady Gaga trouxe tudo que seu fãs sempre pediam e um pouco mais, misturando o eletrônico, o pop, o disco e outros ritmos, além de trabalhar bem a identidade visual e de seus clipes. Já pensou se tudo isso viesse como um álbum visual?
3. Dua Lipa – “Future Nostalgia”
Não foi à toa que Dua Lipa ganhou o Grammy de “Melhor Álbum Vocal de Pop” na última cerimônia dos Grammy’s. A cantora inglesa entregou tudo no ano passado e seu álbum foi considerado por muitos — inclusive por nós — como o melhor de 2020.
É inegável a força, o brilho e a importância que o “Future Nostalgia” marcou para o mercado fonográfico e seria um incrível sucesso se tivesse sido um álbum visual lançado durante a pandemia. Vale lembrar que Dua terminou 2020 com seis indicações ao Grammy Awards, incluindo o de “Álbum do Ano”
O álbum é uma mistura perfeita de ritmos e raízes em diversos clássicos e reflete o empoderamento feminino com muita dança. Cada uma das 11 faixas entregam uma festa com atmosferas diferentes e que poderiam ser muito bem traduzidas em uma impecável experiência cinematográfica!
4. Pabllo Vittar – “Não Para Não”
Em outubro de 2018, Pabllo Vittar nos agraciou com seu segundo álbum de estúdio, o “Não Para Não”. O disco atingiu o topo do iTunes Brasil em menos de duas horas e todas as 10 músicas do álbum marcaram presença no Top 40 de músicas mais ouvidas do Spotify Brasil.
“Não Para Não” definitivamente não é mais do mesmo, ainda que traga novamente a mistura bem sucedida de ritmos que o primeiro álbum apresentou ao mundo. Nas músicas há pop, forró, tecnobrega, axé, carimbó e vários outros ritmos.
É, de fato, uma viagem por todos eles. Na primeira faixa do álbum, “Buzina” a cantora abre dizendo: “Senhoras e senhores, é um prazer recebê-los aqui. Apertem o cinto e tenham todos uma boa viagem”. Proposital ou não, foi muito bem bolado. O disco não decepciona e deveria ter sido um álbum visual!
O primeiro single da era, “Problema Seu”, alcançou 40 milhões visualizações no YouTube em menos de dois meses e o vídeo do segundo single, “Disk Me”, atingiu 5 milhões de visualizações em menos de dois dias.
5. The Weeknd – “After Hours”
O “After Hours” pode ser sido esnobado pelos Grammy’s, mas Abel entregou conceito, coesão e aclamação nesse trabalho. A estética dessa era foi bastante elogiada pelos fãs e pela crítica e isso não foi refletido apenas nos videoclipes.
O artista tratou de alinhar todo o conceito para cada detalhe do álbum: as bases instrumentais, a sonoridade de suas faixas e até como seu personagem se vestia. Fato é que, por meio dessas especificidades, a narrativa do disco se tornou muito complexa e virou referência para muitos fãs.
A trama é apresentada ao público em “Heartless”, onde o personagem interpretada pelo cantor é um ricaço que viaja para Las Vegas com um amigo e acabam ingeriram alguma droga. O videoclipe, então, brinca com os efeitos provocados neles.
A partir daí, abriram-se inúmeras portas para que Abel carregasse esse personagem e desenvolvesse ainda mais a história dele. Marcado pelo terno vermelho com gravata preta e óculos escuros, a cada performance o artista se reinventava e trazia um detalhe a mais para a atmosfera do disco.
A saga desse personagem acaba em “Until I Bleed Out”, retratando sua morta de uma forma bastante poética durante uma festa — com direito até a easter eggs a trabalhos anteriores do The Weeknd.
Fato é que o “After Hours” foi um sucesso de vendas e se tornou o álbum com a maior primeira semana de vendas em 2020, além de ter ultrapassado em tempo recorde a marca de 1 bilhão e meio de streams no Spotify. Com certeza, esse teria sido um impecável álbum visual!
O que achou da lista? Acha que esses discos dariam belos álbuns visuais? Quais outros trabalhos você acha quem mereciam o estilo cinematográfico? Comente e acompanhe essa e outras notícias pelas nossas redes sociais.