No último sábado, 23, o Tracklist esteve no show da cantora Tori Kelly na capital americana Washington D.C. A menina talentosa é, aparentemente, a nova queridinha do público americano.
Tori atualmente viaja o continente norte-americano com a sua turnê “Unbreakable Tour”, por diversos estados americanos e também no Canadá. A cantora deu uma passada na Europa antes de iniciar a turnê e está deixando os Estados Unidos cada vez mais apaixonado por seu trabalho, esgotando todos os seus shows.
Durante anos, a moça californiana de apenas 23 anos correu atrás da sua carreira, mesmo com os (muitos) nãos que recebeu (inclusive em rede nacional, no American Idol, onde Simon Cowell foi um pouco deselegante com a então garota de 16 anos). Após assinar contrato com o poderoso Scooter Braun, Tori teve sua carreira transformada: aparições em premiações, performances, comerciais e outras aparições na mídia vieram. Scooter também é o responsável por ter apresentado Tori aos seus fãs na Capitol Records, que queriam a cantora dentro do selo. Com certeza, foi um grande passo para quem tinha feito um EP inteiro dentro de seu quarto, apenas com o seu computador.
Tori batalhou muito e seu talento nato é o maior responsável por seus resultados, seguido por seu carisma inegável e o respeito e carinho que oferece aos fãs.
A voz de Tori é diferente do que encontramos agora no cenário musical mundial. Extremamente potente, com uma extensão de dar inveja a cantores já consagrados. Com agudos impecáveis e notas baixas de arrasar qualquer um, Tori apresentou um show maravilhoso que abalou as estruturas do DAR Constitution Hall.
O show esgotado se iniciou às 20h com apresentação do grupo Thirdstory. Um grupo com uma pegada meio folk, que não deixa à desejar nos vocais maravilhosos, o que explica o porquê de estarem acompanhando Tori Kelly na turnê de seu primeiro álbum “Unbreakable Smile”. Durante a apresentação do grupo, fãs saíam de seus lugares em direção ao meio da casa para dançar e outras pessoas menos tímidas se juntaram aos outros, mostrando o clima amistoso e de celebração que acontece quando Tori sobe ao palco.
Dona de um público muito diverso, Tori, que é cristã, tem fãs que organizam estudos bíblicos antes de seus shows, com momentos de oração; sem contar a variedade de idades encontradas nos corredores do DAR. Crianças acompanhadas dos pais, grupos de adolescentes que gritavam fervorosamente, muitos casais e sem falar do grupo mais maduro, que ocupava uma grande quantidade de cadeiras da casa de show: todos elogiando e compartilhando o que mais gostam na cantora que tenta esconder a timidez com um enorme sorriso.
Às 21h, as luzes se apagaram e Tori entrou no palco com sua banda. Abrindo o show com a primeira música de seu álbum intitulada “Where I Belong”, a cantora era acompanhada por um afinado coral de 3.500 pessoas. De cara, Tori já encanta todos com o poder de sua voz e mostra para o que veio.
Na segunda canção, a garota da Califórnia colocou o público para dançar ao som de “Unbreakable Smile”. Ninguém ficou parado. Além de uma letra super forte, a pegada da música fez até a galera que estava sentada se levantar.
“Expensive” e “Anyways” foram as faixas seguintes – músicas cantadas de forma audível pela audiência de Tori, que aparentemente são umas das favoritas dos Toraays (nome dado aos fãs da artista).
“Nobody Love” foi o primeiro single de seu primeiro álbum e até os pais mais acanhados arriscavam uns passos com as filhas e batiam palmas enquanto sorriam. Esta música teve muita interação do público, que canta de volta para a cantora, quando ela aponta o microfone enquanto distribui sorrisos e “hi-fives” de ponta a ponta.
Umas das canções que mais apresentam o potencial vocal da cantora dá início a parte mais intimista e pessoal do show. Sentada em um banquinho, com um ar muito vulnerável, coberta por com luzes em tons azuis, é possível ver pessoas na plateia se emocionando enquanto a música acontece. Um momento único e regado de fortes emoções.
Na linha de músicas sobre amor, “First Heartbreak” e “Beautiful Things” embalam o auditório que continua cantando bem alto.
Tori parte para um momento a sós com seus Toraays, quando sua banda deixa o palco e ela começa um flashback para os fãs que a conheceram nos seus dias de Youtube. O medley composto de voz e violão traz “Suit & Tie”, “P.Y.T.” (Pretty Young Thing) e “Thinkin Bout You”.
Em seguida, Tori inicia um discurso, dizendo que a próxima canção foi escrita como uma carta para a menina que ela foi, que era insegura e cheia de dúvidas. “Daydream” faz parte do seu segundo EP intitulado “Foreword”.
Para apresentar a música seguinte, Tori disse que “Confetti” – presente em seu primeiro EP, foi escrita por ela dentro de seu quarto, imaginando o dia em que ela estaria na frente de uma grande platéia como aquela e a importância de sempre lembrar de onde veio.
“Funny” segue na pegada voz e violão contando como as coisas vão e voltam em nossas vidas.
Faixa originalmente gravada em parceria com Ed Sheeran, “I Was Made For Loving You” tem os fãs como os colaboradores da música. O instrumental carregado de emoção tem o coral coordenado por Tori Kelly. Mais uma vez, casais se juntavam e olhos marejados se faziam presente no lugar.
Antes de um dos momentos mais aguardados da turnê em todos os shows, Tori adicionou um tributo ao cantor Prince – que afirmou ser fã da cantora e inclusive foi a um de seus shows. Cantando “When a Dove Cries”, Tori abre o caminho para “City Dove”, na qual os fãs levantaram corações escrito “Proud of Tori” (Orgulhosos da Tori). Sem dúvidas um dos pontos mais altos do show. Assista o vídeo e entenda o porquê:
Com o público extremamente emocionado, a cantora se direciona para a tapa final de sua performance em D.C. “Talk”, “Something Beautiful”, e mais dois throbacks, “All In My Head” e “Dear No One”, animam o público que tentava se recuperar de “City Dove”. Depois de fazer o Hall cantar “Dear No one”, Tori Kelly se despede dos fãs e deixa o palco, enquanto sua banda continua tocando.
Momentos após a saída de todos, a cantora e sua banda retornam para o encore, que traz dois singles bem conhecidos nas rádios americanas: “Hollow”, música que Tori escreveu como uma oração, tem uma melodia contagiante; e “Should’ve Been Us”. Antes de iniciar a segunda, a cantora subiu na bateria e mostrou que não é apenas voz e violão, deixando todos boquiabertos com seu desempenho na batera. Tori Kelly se despediu de Washington D.C, após um show de 1 hora e 50 minutos, que não teve um momento de tédio. A cantora tímida percorreu todo o palco cumprimentando fãs que vinham até a frente se despedir, e, enquanto a plateia gritava seu nome, Tori intercalava entre agradecer e esconder o rosto com os gritos repletos de declarações de amor.
Tori Kelly deixou o palco com sua banda e deixou o público comentando pelos cantos seus momentos favoritos, com outros se abraçando depois de interagirem com a cantora e principalmente por terem vivenciado um show tão genuíno e repleto de talento.
Se até aqui não ficou claro o porque você deve ouvir Tori Kelly, aqui vão umas dicas:
- Uma das melhores vocalistas dessa geração;
- Compositora de mão cheia;
- Excelente guitarrista;
- Músicas repletas de mensagens positivas;
- Carismática e genuína;
- Possui um público diversificado;
- É próxima dos fãs e faz questão de mostrar o quanto os aprecia.
Esses são alguns motivos do porque vale à pena conhecer mais sobre esse fenômeno que logo dominará o Brasil.