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Harry Styles se apresenta para público apaixonado no Rio de Janeiro

Cantor veio ao país com a turnê “Love On Tour”

Harry Styles no Rio de Janeiro. Foto: Luciana Lino/Tracklist

Não tem como relacionar de outra forma: “paixão” é, certamente, uma das palavras mais capazes de explicar o show de Harry Styles no Rio de Janeiro na noite desta quinta-feira (8) – mas o contexto vai muito além das 1h40 de apresentação que iluminaram a área externa da Jeunesse Arena, na Zona Oeste da cidade.

Primeiramente, é importante frisar que o espetáculo ocorreu mais de dois anos após a data original, programada para outubro de 2020 e adiada por conta da pandemia de covid-19. A emoção de finalmente avistar o ídolo diante das dificuldades enfrentadas ao longo desse período foi um consenso entre os fãs presentes no local. “É um alívio. Esperamos muito por isso”, disse a estudante de Direito Ana Clara Camilo, de 22 anos, que adquiriu sua entrada em 2019, quando abriu a venda de ingressos pela primeira vez.

Outro ponto que ajuda a entender o fenômeno Styles é a quantidade de presentes por metro quadrado – o show esgotado recebeu 34.500 pessoas, de acordo com dados da produção do evento. Porém, a concentração começou dias (e até meses) antes em filas na entrada da arena. Fãs abrigados em barracas, muitos deles vindos de outras cidades, enfrentaram não somente o calor ou as chuvas que têm atingido o Rio, mas também os ânimos exaltados entre si; nas redes sociais, circularam vídeos de brigas registradas horas antes da abertura dos portões.

Tamanha paixão acumulada se manifestou amplamente na apresentação desta quinta assim que o cantor pisou no palco, e não é necessário muito para entender ou explicar a intensidade que foi vista, percebida e trocada entre fãs e ídolo depois de quatro anos desde sua última vinda ao Brasil – basta olhar.

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Cumplicidade é ponto alto de show de Harry Styles no Rio de Janeiro

“Boa noite, Brasil! Senti saudades”, disse Harry Styles em português logo depois de emendar “Music for a Sushi Restaurant” e “Golden”, as duas primeiras faixas do setlist. “É um prazer estar aqui, muito obrigado (…) Eu sei que vocês tinham esses ingressos há muito tempo”, continuou, desta vez em inglês, reforçando a ansiedade vivida pelos fãs durante a pandemia.

A última vinda do cantor ao Brasil foi em 2018, quando também passou pelo Rio. Styles relembrou sua visita por algumas vezes durante a noite e deixou explícito seu carinho pelo Brasil e pela capital fluminense, que rendeu até homenagem – no caso, antes de tocar “Late Night Talking”, sua banda apresentou uma introdução de “Garota de Ipanema”, de Tom Jobim. No show de São Paulo, dois dias antes, a canção escolhida como forma de tributo à cidade, introduzindo a mesma faixa, foi “Trem das Onze”, de Adoniran Barbosa.

Mais trocas foram estabelecidas entre cantor e fãs. Com leveza, Harry brincou que poderia mostrar sua tatuagem em homenagem ao Brasil e pediu para que o público se divertisse ao longo da noite. Teve fã que levou a premissa a sério e invadiu o palco – porém, a atitude foi rapidamente contornável.

As interações foram além e também deram espaço aos cuidados com a saúde e a segurança do público – demonstrando preocupação, o artista perguntou como os espectadores estavam e chegou a parar a performance de “Keep Driving” para checar o entorno. Pouco tempo depois, após “Lights Up”, o cantor também cumprimentou duas fãs, enrolou-se na bandeira do Brasil e pegou uma bandeira LGBTQIAP+ que lhe foi oferecida da plateia.

Tais gestos, que se repetiram ao longo da noite, mostraram uma figura preocupada com os fãs para além de uma relação protocolar e verticalizada. Harry demonstra saber a influência que exerce no público e a utiliza de forma leve e afetuosa.

Foco nos últimos trabalhos

O setlist não sofreu grandes surpresas ou alterações diante do que já vinha sido apresentado. A maior parte das 19 músicas foi composta por faixas de “Harry’s House”, lançado em maio deste ano, e “Fine Line”, de 2019 – e álbum que seria o grande destaque da turnê que passaria no país em 2020.

Porém, também foi possível relembrar canções mais antigas – foi o caso de “Sign Of The Times” e “Kiwi”, ambas do álbum “Harry Styles” (2017), presentes no encore da noite e amplamente entoadas. Isso sem falar, claro, de “What Makes You Beautiful”, do One Direction, grupo que consagrou Harry ao estrelato.

https://twitter.com/tracklist/status/1601043327935483904

Do disco “Fine Line”, destaque para “Golden”, “Adore You”, “Lights Up” e a clássica “Watermelon Sugar”, que teve o mesmo impacto de seu mais recente hit, “As It Was”. Falando na canção de “Harry’s House”, faixas do novo álbum, como “Daylight” e “Matilda”, também receberam coros e olhares atentos.

https://twitter.com/loveontourhsbr/status/1601034707583766528

Por diversas vezes, Harry Styles agradeceu ao público do Rio de Janeiro, à banda e à cantora Koffee, que abriu a apresentação com um show empolgante e vívido. “Não vou esquecer esta noite”, reverberou o carismático artista diante dos aplausos e dos gritos de quem, certamente, concorda e assina embaixo com o que foi dito.

O cantor ainda se apresenta em Curitiba no sábado (10) e fará duas apresentações extras em São Paulo nos dias 13 e 14 de dezembro.

Setlist do show de Harry Styles no Rio. Foto: Reprodução/setlist.fm

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