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Entrevista: Bruno Martini fala sobre a faixa “If You Don’t Know My Name” e mais

O artista falou sobre a nova música divulgada em parceria com Julian Marley e Andrew Tosh e outros assuntos

bruno martini
Foto: Divulgação

Bruno Martini lançou, nesta sexta-feira (27), sua mais nova faixa, “If You Don’t Know My Name” – que conta com a parceria de Julian Marley e Andrew Tosh, filhos de Bob Marley e Peter Tosh, respectivamente.

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O novo trabalho do DJ, produtor e multi-instrumentista brasileiro apresenta uma mistura de música eletrônica, pop e reggae. A toda essa mistura, junta-se também o MC norte-americano Mistaa Mike.

O lançamento também acompanha um clipe oficial, que mostra os artistas trabalhando ativamente na faixa. Confira:

Recentemente, Bruno Martini cedeu uma entrevista ao Portal Tracklist para falar sobre a nova música e outros assuntos. Acompanhe abaixo!

Entrevista com Bruno Martini

Em breve, você irá lançar a faixa “If You Don’t Know My Name”, em parceria com Julian Marley e Andrew Tosh. Como essa colaboração surgiu e como foi a experiência de trabalhar com os dois artistas?

“Na verdade, essa música surgiu quando eu estava no meu estúdio. Tenho feito umas músicas mais voltadas para minha vertente mesmo, mais voltado para música eletrônica, músicas que eu possa tocar no meu show. Aí comecei a fazer uma música, e uma parte da letra falava ‘Bob Marley’, e aí entrava a batida”.

“E, por coincidência, eu estava fazendo essa música no meu estúdio em São Paulo, e eu descobri através de um grande amigo meu, o Mistaa Mike – que inclusive está na faixa –, que o Julian Marley (filho do Bob Marley) estava na cidade. E eu perguntei: ‘Nossa, será que a gente não consegue mandar para ele para ver se ele escuta e topa participar?’ Imagina, fazer a música com o filho do Bob Marley ia ser muito legal. Ele ouviu e topou na hora. Ele não conseguiu vir para meu estúdio de São Paulo, mas ele gravou os vocais em um estúdio lá em Miami e me mandou. E aí, eu descobri que o filho do Peter Tosh, o Andrew Tosh, estava no Brasil também. Eu consegui chegar nele e o convidei para vir no meu estúdio, e ele veio. E eu consegui gravar os vocais do Andrew Tosh. E aí eu peguei os dois vocais, editei, e a música surgiu”.

A nova música partiu de um esboço que você já possuía. De onde veio a ideia de misturar eletrônico, pop e reggae?

“Foi muito natural. Comecei a fazer essa música junto com o Mistaa Mike, e aí ele cantou: ‘Bob Marley, Bob Marley’. E eu pensei: ‘, se a gente vai falar de Bob Marley, acho que faz sentido ter uma sonoridade do reggae. Só que eu queria fazer algo que fosse diferente. Eu já fiz outras várias parcerias, com vários artistas também grandes, e eu sempre proponho algo diferente daquilo que os artistas estão acostumados a gravar, a trabalhar. E eu queria fazer algo que flertasse com o reggae, óbvio, porque a gente estava falando do filho do Bob Marley e do filho do Peter Tosh; mas, ao mesmo tempo, que tivesse um pouco da minha cara e do som que eu faço nos meus shows, um pouco do som da pista, mesmo. E aí eu tentei essa música com bastante vocais, mas também misturando alguns elementos do reggae junto com a sonoridade do house e da música eletrônica”.

Você iniciou sua carreira solo em 2016, mas, anteriormente, integrou a banda College 11. De que forma esse background influenciou sua identidade artística atual?

“Ah, acho que muito. Meu pai é músico também, ele tem uma banda que fez muito sucesso nos anos 90, que se chama Double You. Era uma banda de eurodance, então eu sempre fui muito influenciado pela música eletrônica. Vários DJs iam no estúdio do meu pai; ele toca guitarra, então a gente tem uma coleção de guitarras lá no estúdio. Meu primeiro instrumento foi uma guitarra. Então, eu tive muito contato com o rock, com o blues e com vários outros gêneros. Ele também tinha uma coleção de vinil em casa, e eu ficava ouvindo muito os vinis e fazia beats em cima deles”.

“E, a partir disso, surgiu a chance de trabalhar com a Disney – eu tinha 15 anos quando surgiu essa oportunidade. Eu já compunha, já queria produzir, e já ficava no meu computador produzindo. E eu trabalhei 8 anos com a Disney. E, com certeza, acho muito importante a gente escutar outros gêneros também, e trazer referências de vários lugares”.

“Acho que na música você sempre tem que ouvir e entender aquela sonoridade. Porque cada sonoridade não é só algo falado, tem uma cultura por trás, um motivo para aquilo existir, um lifestyle daquilo; música é cultura. E quando você começa a entender e mergulhar nisso, você aprende muita coisa. Acho que todo esse background que eu tive me ajuda na hora de produzir, saber o que escutar e trazer referências dos lugares certos”.

Em 2021, você lançou seu álbum de estreia, intitulado “Original”. Já existem planos para o lançamento de um segundo projeto?

“Sim! Eu tenho trabalhado em vários projetos. Eu tenho trabalhado mais em músicas voltadas para a pista, e tenho feito coisas mais pop que a gente vai lançar esse ano. Mas eu quis focar mais nas músicas pra tocar nos shows, pra eu criar uma sonoridade minha. Tenho focado bastante nisso, e em desenvolver uma sonoridade nova, algo que tenha a ver com a minha cara. Antigamente, eu não mixava minhas músicas, eu não masterizava, e agora eu sentei no estúdio e comecei a mixar e masterizar também, porque eu quis dar uma cara diferente; e sempre estar inovando, sempre buscando algo diferente e inusitado para dar minha contribuição pro mercado da música”.

Além de Julian Marley e Andrew Tosh, seu catálogo inclui parcerias com Katy Perry, Lady Gaga, Timbaland, Alok, IZA e mais. Com quais artistas você ainda sonha em trabalhar?

“Tenho o sonho de trabalhar ainda com vários artistas do Brasil e de fora também. Estou trabalhando em outras faixas com outros artistas bem legais, e em breve a gente vai lançar. Mas eu acho muito interessante essa combinação, esse desafio que eu tenho de fazer algo diferente. Acho que as pessoas também estão com a cabeça mais aberta para essas misturas hoje em dia, na procura pelo novo. Então, eu gosto muito de me desafiar, e acho que aprendo muito e evoluo muito quando trabalho com outros artistas, até artistas de outros gêneros”.

“Até porque, como eu disse antes, eu acabo propondo algo novo pra esses artistas, e é aquela sensação de quando a gente entra no estúdio e não sabe muito bem como vai ficar o resultado, sonoramente falando. Mas acho que é essa a magia. É a gente aprender e compartilhar experiências. Acho que isso soma e agrega para o novo, e ajuda a gente a construir algo diferente do que já está sendo feito aí”.

Por fim, quais são suas expectativas para o lançamento de “If You Don’t Know My Name”?

“Estou muito feliz com esse lançamento, para mim é um marco histórico na minha carreira. Obviamente, trabalhar com dois artistas tão significativos na Jamaica, dois filhos de duas lendas – o Tosh e o Marley são sobrenomes conhecidos no mundo inteiro. E toda a história, tudo o que eles significaram para o país deles, e o que eles significam até hoje… eu fico muito feliz de poder fazer parte disso. A expectativa é alta, mas eu vejo muito mais como um marco na minha carreira, mais uma história legal para contar. Estou muito orgulhoso da música”.

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