Gabriel Henrique Nogueira Goulart Costa, mais conhecido como DJ GBR, é DJ e um produtor brasileiro nascido no interior de São Paulo, em São José dos Campos. Sem demora GBR dominou a capital com o estilo “funk rave”, muito conhecido em festas universitárias pela mistura da música eletrônica com funk. Porém, sua carreira se iniciou aos 11 anos, quando vendia vídeos de funk na internet.
DJ GBR cria em seus shows, chamados de “RAVE DO DJ GBR”, uma atmosfera envolvente e bem energética com músicas, batidas e luzes que vibram junto com o público. Contudo, o estilo do DJ se estendeu para faixas épicas como a saga “Let’s Go 4”, que conta com quatro faixas diversificadas e mais de 10 nomes participantes, como MC IG, MC PH, MC Ryan SP, Marks e outros.
Conheça DJ GBR, músico por trás do hit “Let’s Go 4”
Em entrevista ao Tracklist, DJ GBR explica que a ideia inicial e a produção da primeira “Let’s Go” começou como um beat feito despretensiosamente em casa. “Eu mandei para o MC IG, que inclusive estava em uma viagem, mas mesmo assim ele fez a letra e me enviou. Quando ele voltou, fomos gravar na casa do MC Ryan SP. A escolha de enviar para o IG foi porque é um dos MCs que eu sou mais conectado, então logo pensei nele, e o próprio IG desenrolou as demais participações. Como fomos gravar na casa do Ryan, nós também nos tornamos muito próximos. O projeto surgiu dessa amizade, confiança no trabalho um do outro”, comentou.
A “Let’s Go 4” soma mais de 400 milhões de streams nas plataformas de áudio e digitais, e já chegou a ocupar o topo do Spotify Brasil em nove semanas consecutivas, ranking onde se encontra atualmente em em 5º lugar no “Top 50 – Brasil”. “Eu saí da minha zona de conforto, eu não estava acostumado a produzir funk dessa maneira, com um BPM (batida por minuto) tão baixo e, quando estourou, eu desacreditei”, refletiu Gabriel.
Além disso, o produtor conquistou olhares internacionais, tendo sua produção tocada no maior festival de música eletrônica, o festival Tomorrowland, pelo DJ Tiësto. “Quando [isso aconteceu] na Tomorrowland, eu me dei conta da repercussão porque não tem nada a ver com meu modo artístico, e até a forma que eu trabalhava. Esse acontecimento salvou o meu dia!”, falou o DJ.
“No dia estava dando tudo errado, eu ia para o festival e meu voo foi cancelado, já tinha perdido as esperanças de ir para o evento. Eu cheguei no final, faltavam duas atrações para tocar e uma delas era o Tiësto. Eu estava acompanhado da minha namorada na hora que começou a tocar ‘Let’s Go’. Ela me olhou e perguntou: ‘Você está ouvindo isso?’, e eu só falava: ‘Não é possível, meu Deus, mano! Isso está acontecendo!’. Já tinham tocado minhas produções na Tomorrowland, mas com o funk rave. Não imaginava de jeito nenhum que aconteceria isso com a ‘Let’s Go’”, celebrou o produtor.
Sendo um dos precursores do funk rave, DJ GBR relembra quando produziu sua primeira música dentro desse gênero musical. “Quando eu produzi o primeiro funk rave foi porque eu tinha ido a uma festa de música eletrônica e tocaram uma faixa que, no momento do drop, eu pensei: ‘Quando eu chegar em casa vou fazer um funk em cima disso’. Mas eu não queria fazer com tamborzão, queria utilizar os sintetizadores da música eletrônica e eu brisei demais”, refletiu.
“Soltei a primeira faixa no Twitter/X e viralizou. A partir disso, vi vários DJs reproduzindo, como o DJ Dennis, Pedro Sampaio, e até gringo como Diplo e Major Lazer. O Tropkillaz também repercutiu de uma forma que eu não esperava”, contou.
Sobre como ele enxerga o cenário atual e o futuro desse gênero musical no Brasil, Gabriel acredita que “o gênero tende a evoluir a partir do que surgir nos dois cenários, tanto de funk como de eletrônica”. “A tendência é sempre se reinventar e trazer novas tendências, não só reproduzi-las. Dito isso, este ano quero trazer um pouco das minhas raízes underground, porém modernizar, explorar o ‘house’ e colaborar com cada vez mais artistas”, finalizou o DJ.