O último lançamento da cantora e compositora Day LIMNS mergulha fundo em sua essência artística e espiritual; intitulado “VÊNUSNETUNO II“, a obra, já disponível em todas as plataformas digitais, é um convite à introspecção e à reavaliação de crenças.
Em um projeto que mescla pop, rap e rock — estilos que ela define como naturais à sua essência —, a cantora entrega uma obra que não só impressiona pela sonoridade, mas também pela profundidade das mensagens.
Em recente entrevista ao Tracklist Day comentou sobre o processo criativo do EP e falou sobre a tecnologia Virtual Production, utilizada para dar vida ao projeto. Confira!
Em entrevista, Day LIMNS fala sobre conceito de “VÊNUSNETUNO II” e mais
A fusão de pop, rap e rock no “VÊNUSNETUNO II” é marcante. Como foi o processo de encontrar esse equilíbrio entre gêneros?
Acho que para as pessoas que estão me acompanhando há mais tempo essa foi fusão muito natural. Acho que em VÊNUSNETUNO II eu, finalmente, consegui coesamente e harmonicamente integrar todos os estilos que eu sempre mostrei e deixei claro que represento de alguma forma na minha arte. Eu gosto muito que o rock traz essa coisa da rebeldia e o rap mostra mais a objetividade, e eu que sou geminiana e gosto muito de falar, o rap traz, para mim, a possibilidade de falar sobre muitas coisas. Então acaba que para mim foi natural, uma coisa que aconteceu porque é o que eu sou.
O EP aborda questões de espiritualidade e o conceito de Deus como o Todo. Como você acredita que essas reflexões podem ajudar o público a reavaliar suas próprias crenças e a sua conexão com o universo?
Espero que ajude a, pelo menos, ser a trilha sonora da vida das pessoas. Porque, para mim, para eu escrever essas músicas foi um período onde tive que reavaliar minha relação comigo mesma, com o dinheiro, com a natureza, com as pessoas, com a comida; então, nesse processo de reavaliação das coisas comigo mesmo e com as coisas ao meu redor, eu notei que era o meu conceito de deus que estava deturpado, que eu entendia que eu estava a espera de um deus, de algum terceiro para vir me salvar, cuidar das coisas, quando, na verdade, tudo o que eu precisava estava dentro de mim. Então espero que, de alguma forma, eu consiga fazer as pessoas “redefinirem” esse conceito de deus que tem sido tão prejudicial para as pessoas enquanto sociedade hoje em dia.
A tecnologia de Virtual Production foi usada para criar o visual do EP. Como essa inovação tecnológica ajudou a transmitir a proposta do EP de maneira mais imersiva e profunda?
Acho que Virtual Production por si só entra no conceito do álbum porque é literalmente a junção de um mundo físico e material com o mundo digital. Então, só por aí, já acho que reforça bastante o conceito do disco. E eu sempre tive um desejo de trazer na matéria, de fazer ser visível, o universo de VÊNUSNETUNO, a personagem que criei e com essa tecnologia se tornou possível imaginar um futuro que talvez não exista mas que pode existir, assim como o celular não existia e foi feito primeiro no digital e depois ele foi criado. A proposta é criar futuros que a gente consegue, por enquanto, só imaginar mas quem sabe trazer para a realidade. Foi isso que a gente fez com VÊNUSNETUNO e com essa tecnologia.
Após lançar “VÊNUSNETUNO II”, você já tem planos para o próximo passo na sua carreira? Há novos projetos ou conceitos que você quer explorar?
Quero reforçar esse conceito de que Deus é humano. Acho que “VÊNUSNETUNO” veio com todo esse impacto e tal, com toda maquiagem, prótese, cenário e tudo o mais, mas quero muito reforçar essa ideia de que Deus é a humanidade como um todo. Então acho que eu ainda vou “brisar” um pouco nisso e ainda quero usar muito da tecnologia para poder criar mais momentos imersivos como esse clipe, fazer com que as pessoas aprofundem as narrativas que têm propósitos, que vão além da música.
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