Hoje, dia 20 de novembro de 2024, é comemorado, pela primeira vez no Brasil, o Dia da Consciência Negra como feriado nacional. A data celebra a luta, resistência e a cultura negra, honrando também o legado e a morte de Zumbi dos Palmares.
Para celebramos e refletirmos o Dia da Consciência Negra, o Tracklist separou, com muito carinho, alguns feitos históricos de artistas negros, tanto nacionais quanto internacionais, que alcançaram grandes marcos na música. Separamos nove nomes, mas a lista felizmente é extensa. Confira!
Dia da Consciência Negra: relembre conquistas históricas de artistas negros na música
Beyoncé
Uma das artistas mais aclamadas da história da música, Beyoncé se tornou em 2023 a cantora mais premiada da história do Grammy americano. O 32º prêmio da cantora foi conquistado com a vitória na categoria Melhor Álbum de Dance/Eletrônica com o disco “Renaissance”.
Elza Soares
Em 2022, o Brasil perdeu uma das suas vozes mais representativas, a cantora Elza Soares. Reconhecida mundialmente, Elza foi eleita, em 1999, pela rádio BBC de Londres, como a cantora brasileira do milênio.
Gilberto Gil
Um dos grandes nomes da MPB, Gilberto Gil coleciona 60 anos de carreira. Prestes a fazer uma turnê de encerramento no ano que vem com datas esgotadas, o cantor é dono de seis estatuetas do Grammy, sendo dois deles da premiação estadunidense – com os discos “Quanta Live”, de 1998, na categoria “Melhor Álbum Musical Mundial”, e “Eletracústico”, em 2005, na disputa de “Melhor Álbum Contemporâneo Mundial” – e seis da edição latina.
IZA
Indicada várias vezes ao Grammy Latino, IZA se consagrou em 2022 como a primeira mulher negra brasileira a se apresentar no Palco Mundo do Rock in Rio. Na ocasião, a cantora incluiu em sua apresentação homenagens a artistas negros, como Martinho da Vila, Elza Soares e Alcione.
Lil Nas X
Em 2019, a música “Old town road”, do rapper Lil Nas X, ficou nada menos que 19 semanas no topo da Hot 100 da Billboard americana, tornando-se a música que permaneceu mais tempo em 1° lugar na parada. O recorde anterior, de 16 semanas, era de “Despacito“ (Luis Fonsi com a participação de Daddy Yankee, de 2017) e “One Sweet Day“ (Mariah Carey e Boyz II Men, de 1995).
Liniker
Em 2022, Liniker levou o prêmio de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira no Grammy Latino com o projeto Indigo Borboleta Anil. Com o feito, a cantora se tornou primeira mulher trans a vencer na premiação.
Ludmilla
Recentemente, a cantora Ludmilla se tornou a mulher afrolatina mais ouvida na plataforma de stream Spotify. Esta não foi a primeira vez que carioca quebrou recordes por lá – em 2022 ela ultrapassou a marca de 2 bilhões de streams, sendo a primeira artista negra da América Latina a atingir esse número.
Michael Jackson
Além de ser o artista mais premiado da história da música, Michael Jackson também detém do recorde de disco mais vendido da história do planeta. O sexto álbum de estúdio do rei do pop, “Thriller”, já vendeu cerca de 110 milhões de cópias em todo o mundo, sendo 32 milhões somente nos Estados Unidos.
Sergio Mendes
Sergio Mendes foi o brasileiro com mais recordes na história da Billboard. Reconhecido por globalizar a música do Brasil, Mendes emplacou 14 músicas na principal parada musical do mundo. Esse é o maior número alcançado por um brasileiro na história da revista.
Para além da música
2024 marca a primeira vez que o Dia da Consciência Negra é celebrado como feriado nacional. A data foi criada por meio da Lei 12.519/2011 e, até então, era celebrada em alguns estados e municípios – mas sua reivindicação vem desde a década de 70, quando um grupo de estudantes e ativistas do Rio Grande do Sul propôs a data como alternativa à data da assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio.
O Dia da Consciência Negra faz referência à morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, assassinado nesta data em 1695. É um dia para celebrar a resistência de Zumbi, marcando sua luta por justiça da população negra, e para lembrarmos uma luta e um compromisso diário: o combate o racismo. Cabe a nós, enquanto indivíduos e enquanto sociedade, repensarmos o que pode ser feito para ocuparmos os mesmos espaços e termos as mesmas oportunidades.
Pessoas negras precisam e devem ocupar todos os espaços possíveis – como na música e na cultura, na educação, na saúde, na imprensa e na política. Espera-se que o ódio e a dor que deram origem a data de hoje deem espaço a um futuro justo.