Trazendo nova roupagem e sua identidade completa, Lucas Morato dá o pontapé em novo projeto musical, dessa vez com 13 faixas e um DVD ao vivo que marcam novo momento na carreira que já ultrapassa 10 anos de sucesso. As músicas de “Quem eu sou” serão divididas em EPs, com a primeira parte já disponível nas plataformas digitais.
Em entrevista ao Tracklist, Lucas Morato conta mais sobre a produção do projeto, as participações especiais de Vitinho, Marvvila e Gaab, como seu pai, Péricles, o inspira hoje na carreira, próximos passos e mais.
Entrevista: Lucas Morato
Tracklist: O que mais você pode contar sobre a produção e preparo do seu novo projeto, “Quem eu sou”?
Lucas Morato: “Quem eu sou” é o trabalho que melhor me define. A gente procurou unir, em um trabalho só, as definições de Lucas Morato como cantor, compositor, tudo o que eu contribuí com música, na vida de outros artistas e nos meus outros CDs. Reunir em uma vitrine só tudo o que a maior parte das pessoas podem conhecer sobre Lucas Morato.
De que forma esse trabalho destaca sua nova fase profissional? Como é estar neste momento?
Esse trabalho destaca a entrega total mesmo de todas as minhas energias. Eu reuni tudo de energia que eu tinha, e trouxe pessoas para esse projeto que também entregaram toda a energia, de fato, para que esse trabalho ficasse bonito e que a gente tivesse êxito, principalmente nesse propósito, que é apresentar e definir o que é o Lucas Morato, cantor e compositor.
E como a influência do seu pai, Péricles, o inspira na sua carreira musical hoje?
A seriedade e o profissionalismo do meu pai é o que mais me inspiram. Meu pai trabalha o tempo todo, trabalha muito, fala bastante de músicas do tempo dele. Claro que tem as vírgulas, os descansos, mas o profissionalismo acaba sempre falando alto. Não tem hora para acordar ou para dormir, está sempre trabalhando. Isso é uma coisa que me inspira demais, porque os resultados dele são impressionantes e, para mim – não me refiro ao resultado, isso quem escolhe é Deus -, mas o grau de entrega eu tento manter ali o mais próximo possível do que ele se entrega no trabalho dele.
Como foi colaborar com os artistas presentes no DVD, como Vitinho, Marvvila e Gaab?
Eu trouxe, para participar comigo nesse DVD, os meus amigos na verdade. Por mais que hoje eles sejam artistas gigantes, eu os trouxe para participar além da amizade, aquém do grau de fama que eles atingiram, mas porque nós temos muita história juntos. Por exemplo, a música com Vitinho é uma faixa minha, composta por mim e por ele.
A música com a Marvvila, eu a conheço desde que ela era adolescente, acho que nem era adulta ainda, cantando maravilhosamente bem e cantando músicas minhas, do meu trabalho. Eu a vejo cantando músicas românticas e sérias, e aí tentei mudar um pouco – não por nada -, mas peguei uma canção um pouco cômica até, em que ela simula uma discussão de relacionamento e ela super entrou no personagem. Ficou uma música bem divertida de ouvir.
A música do Gaab foi uma que eu pedi diretamente para ele, que já conhecia há anos. Pedi para gravar no meu trabalho, e já não era o primeiro trabalho que eu pedia para essa faixa fazer parte, e calhou de, nesse DVD, quem produzir ser o Rodriguinho, que é o pai do Gaab, e a gente está muito próximo ali. Nada melhor que o Gaab participar mesmo, ele topou de prontidão, nem pensou, e aí cantamos “Aparentemente” juntos, que é uma música que eu amo.
Alguma memória marcante do dia de gravação do show?
Muitas! Eu lembro da minha avó, cantando músicas minhas. Eu lembro da minha noiva, emocionada, se entregando tanto quanto a gente que estava trabalhando ali – ela também trabalhou bastante para fazer o projeto acontecer. Eu lembro de fãs, que acompanharam a minha carreira desde o começo – desde o começo mesmo! – que se uniram desta vez e, realmente, entenderam a importância do que era o dia 18 de janeiro de 2024 para mim.
Por mais que a gente não se visse há muito tempo, eles entenderam a importância desse dia que era eles estarem ali comigo. Eu lembro de cada rostinho, de cada pessoa, e comparando o que eu vivi nesse dia com os outros anos, que esse povo fazia cada vez mais parte da minha vida… Então, passou um filme na minha cabeça.
Por que a opção de dividir o DVD em EPs? Já está com mais projetos em mente para o futuro?
Ficaram muitas músicas para trás. Eu tive dois CDs, que foram os dois que movimentam a minha carreira até hoje e, só desses dois álbuns, têm muitas músicas de destaque que não fazem parte desse DVD ainda, que precisam ser apresentadas para esse público. Tem os outros EPs que lancei, de músicas maravilhosas, composições minhas, com amigos meus, coisas que eu cantei junto com outros grupos, coisas que eu compus para outros artistas e que falam alto demais comigo, então assim que a gente gravou esse DVD, já era o plano saber o que seria o próximo projeto, para colocar essas músicas dentro desse próximo projeto com certeza, então tem muita coisa para acontecer.
Esse trabalho não foi fácil de fazer. Na verdade, foi bastante difícil. A gente viveu vários estágios desse trabalho. E, nada na minha carreira, nada na minha vida musical, foi fácil. Tudo o que vim colhendo levou muito tempo para ser construído. Foi plantado muito antes para gerar resultados muito depois e a gente realmente acreditando no escuro, no breu, de que alguma coisa viria a acontecer, que a gente fosse colher alguma coisa no futuro. Nada foi rápido, foi bastante duradouro e graças a uma crença, uma obstinação gigantesca.
É válido que a gente separe esse DVD por blocos porque deu trabalho demais para fazer, e é bom que as pessoas que gostam do trabalho ou que vão vir a conhecer o trabalho, prestem atenção de fato em cada música. Se a gente separar uma porção menor de canções, faz com as pessoas prestem mais atenção em cada música que esse trabalho deu para fazer, e acabem se aproximando mais, saboreando mais, e descobrindo mais sobre Lucas Morato. O próximo bloco está por vir logo à frente!