Nesta sexta-feira, 27 de janeiro, foi lançado o novo single de MC Braz, “Culpa Sua”. A faixa do funkeiro mineiro traz colaboração de Gaab e Dj Win e dá início às novidades do próximo álbum do artista, “Beagá”.
“Culpa Sua” é um funk melódico, “no pique de BH”. Para entender um pouco mais sobre o funk de Belo Horizonte e saber mais da produção da música, MC Braz contou em entrevista ao Tracklist os detalhes e promete muitas novidades do que vem por aí.
Entrevista: MC Braz
O novo single “Culpa Sua” vem com referências ao funk de Belo Horizonte. Quais artistas desse segmento te influenciaram na nova canção e na sua carreira hoje em dia, no geral?
Na realidade, não teve nenhum artista específico que me inspirou a escrever essa música em especial, mas eu tenho artistas como referência e que eu acompanho o trabalho, como Mc Davi, Mc Pedrinho, MC Ryan SP… MC Menor da VG que é uma referência para mim já desde quando eu comecei a cantar, além do Gaab.
Mas, em relação à produção e à composição da música em si, eu não tive nenhuma inspiração artística, foi realmente sentar no estúdio e pensar em uma letra que a gente acreditava que as pessoas iriam se identificar.
Como foi trabalhar com tantos talentos de Belo Horizonte na nova música?
É sempre gratificante trabalhar com gente talentosa, gente que ama o que faz. Desde a produção da música com o Gaab, musicalmente falando, ele é sinistro, uma referência. O Dj Win, nas produções, também é uma referência.
Isso também falando dos clipes, né? Os meninos da Hard Produção amam o que fazem, o Jean é um cara que capta muito bem, edita muito bem, é muito envolvido nisso, adora o que faz. E a galera que estava no clipe também, todos os influenciadores que estavam no clipe são pessoas muito boas e talentosas, que estão em ascensão e que merecem muito, e é sempre um prazer trabalhar com pessoas que amam o que fazem e são talentosas nisso.
Qual você acha que é a principal característica e diferença do funk de BH para outros locais?
A principal característica que diferencia o funk de BH dos outros – apesar que hoje o funk, em cada estado, ele toca em um ritmo diferente, um BPM diferente (aqui em BH é 130) -, eu acho que o que diferencia bastante é o beat em si.
O beat da música costuma ter muito mais elementos que os beats normais e os mais antigos. Então, por exemplo, o funk de BH têm vários timbres (falando grosseiramente, têm vários barulhos) em si no beat, entendeu? Um instrumento, depois uma lata, depois uma bolha…
Eu brinco com a galera que trabalha comigo, que o funk de BH é o “beat promoção”, porque o MC pede um beat e ganha cinco, pois vem um tanto de coisa junta em um beat. É isso que caracteriza o funk de Belo Horizonte.
Claro que não é de qualquer forma. Tem toda uma estrutura, e os DJs que são bons no pique de Belo Horizonte são específicos, mas basicamente é isso.
O que mais podemos esperar do seu próximo álbum, “Beagá”?
Pode esperar muita música boa. Eu estou escolhendo a dedo as músicas e selecionando as melhores. Estou escrevendo, ainda não terminei de fazer todas as páginas, ainda está em processo, mas virá só música boa, só música que eu tenho certeza que o meu público vai se identificar e vai gostar muito, querendo ouvir todo dia.
Alguma novidade que deseja compartilhar?
Tenho novidades! Mas ainda não posso compartilhar. Tenho um novo projeto que só virá depois que esse projeto, que ainda está no início, finalizar. Vai ser um projeto muito grande e tenho certeza que a galera vai ficar doida, mas ainda não posso falar.