Já parou pra pensar como seria caso Pitty, Charli XCX e Duda Beat se juntassem para fazer uma música? Bom, essa são algumas das referências que marcam o som da carreira do artista independente, Vetromn. Com o recente lançamento do single “Bicho Solto (feat. Henrie JJ)”, carro-chefe do sucessor de “Mr. Lonely”, vem conhecer um pouco mais da carreira desse artista e o que esperar dessa nova era!
Natural do Pará, e atualmente morador de Goiânia, Vetromn, alter ego de Victor Gabriel, tem 21 anos e é cantor, compositor e produtor desde os 17. Enquanto olhava para trás e escutava o som que ele fazia no passado, os seus primeiros passos dentro da música na verdade foi sob o nome de Knoos Angel. Um resultado instigante de música eletrônica experimental, com diversos momentos pop e melancólicos. Que agora, com outro nome artístico, timidamente se encontram em sua sonoridade atual, mas é claro, muito mais madura e consistente.
Já em “Mr. Lonely”, a pegada é outra. O primeiro disco da carreira lançado há quase um ano, que rendeu o primeiro lugar no Itunes BR, Vetromn conseguiu explorar melhor o seu alter ego e voz artística, indo em uma direção bem oposta ao som que fazia naquela época. O rock/pop bem a cara dos anos 2000 toma conta desse repertório, que também floresce o seu lado mais emo, mas sem abandonar o toque e a estrutura da música eletrônica. Que até em alguns momentos flerta com o hyperpop, como em “Mr. Lonely” e “Connotations“. E também nos momento mais efusivos e explosivos, outras referências tornam-se evidentes, como o caso de Pitty.
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Sinceramente, Vetromn entregou tudo em “Bicho Solto”
Se no primeiro disco o sentimento atmosférico, profundo e melancólico orbitava em torno de todo o projeto, agora em 2021 a vibe é outra. Em um dos seus trabalhos mais pop, mas sem abandonar a sua raiz emo e aflorando ainda mais a sua origem eletrônica, “Bicho Solto (feat. Henri JJ)” foi lançada como a primeira amostra do que o #V2 vai trazer.
Marcada pela batida trap junto a um groove de guitarra, que deixa a música com a cara do pop brasileiro, a voz com efeitos no refrão potencializa o single, deixando irresistível, sexy, dançante e chiclete. É a perfeita mistura do r&b/pop do anos 2000, com toques de hyperpop feito no Brasil. Sabe aquele tipo de música que tem vários momentos diferentes dentro da mesma música? É exatamente isso que acontece aqui. Sinto que é algo que Charli XCX e Duda Beat fariam juntas. Pode até parecer estranha essa junção, mas, vai por mim, escuta que você vai entender!
Inclusive, é aquele tipo de música pop que mais amo: segura o choro e vai dançar. Sinceramente, essa música tinha que estar tocando nas rádios do Brasil inteiro! Sendo essa música o carro-chefe do próximo álbum, que deve ser lançado ainda esse ano, o que já deixa as expectativas bem altas para o que deve vir. E olha, é impossível escutar a música e depois não ficar com o refrão grudado na cabeça: “E eu te liguei pra confessar, sinceramente/ O quanto eu só sei amar, intensamente/ Me desculpa se machucar, mas vê se entende/ Que eu sempre fui um pouco Bicho Solto”.
No final, Vetromn é o tipo de artista que não gosta de se enquadrar em uma caixinha e estagnar nela. A todo momento ele se joga em novas direções e talvez tenha sido aí que tracei esse pequeno paralelo com Charli XCX. Afinal, quem é familiarizado com a britânica, sabe que ela veio também de um background da música eletrônica. Ao longo dos anos Charli foi experimentando com o pop mais comercial, rock e nos últimos anos se consolidando com a pc music e hyperpop. Então, a cada novo trabalho lançado, Vetromn já consegue fazer algo que muitos artistas procuram a carreira toda e as vezes não conseguem: autenticidade. Como vocês viram, não importa por qual gênero musical ele transite, você ainda vai escutar aquela voz reverberada, a melancolia das composições e uma produção fora do óbvio e pensar: “Puts, isso é muito Vetromn’.
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