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#TRACKBACK: As fases de Phoenix – de “United” ao vindouro “Ti Amo”

Phoenix vai lançar o disco “Ti Amo” em 9 de junho

Um dos álbuns que mais aguardados no momento é o novo do Phoenix, “Ti Amo”. A banda ressurgiu das cinzas após quatro anos do lançamento de Bankrupt! e até anunciou turnê mundial (que espero que chegue ao Brasil, já que a última vez em que esteve aqui foi no Lollapalooza de 2014).

O novo disco do grupo francês vai ser divulgado em breve e o som lembra “o verão e discos italianos”, segundo o guitarrista Laurent Brancowitz. Thomas Mars também já falou que eles fizeram “um monte de experimentações”.

O que conhecemos até agora de “Ti Amo”

Até o momento, já conferimos a capa (que eu achei bem brega e feita no paint, por sinal) e o novíssimo single J-Boy, que mostra uma banda com uma vibe mais pra cima, bem eletropop. O novo Phoenix me parece bastante interessante, mas ainda não dá pra formular uma opinião sem conhecer todo o material…

“United” (2000)

Bom, vou falar então do que já conhecemos: os discos antigos… “United” foi o debute, lançado em 2000. Sofia Coppola usou uma canção do álbum, “Too Young” para seu filme “Lost in Translation”, época em que ela conheceu o Thomas Mars (e hoje são casados). Sofia Coppola é melancolia pura e Phoenix costumava fazer canções bem introspectivas – embora não seja o caso da escolhida para o longa.

O clima do primeiro disco é mesclado: é experimental em alguns momentos dando a impressão de estar fora de sintonia como em Party Time – que parece mais música de uma banda de punk; ótimos momentos como na tríade “Too Young”, “Honeymoon” e “If I ever feel better” e uma pegada mais jazz em “Embuscade” e “Definitive Breaks”.

O amor e a solidão são temas das composições obscuras de Thomas Mars (que ninguém entende realmente tudo o que querem dizer, o que entendo como uma crítica positiva).

“Alphabetical” (2004)

O experimentalismo continua nas canções desse disco, que soa mais harmonioso que United (as canções casam melhor). Os temas? O amor (como sempre), o medo de se apaixonar como em “Run, Run, Run”, o pessimismo como em “Everything is Everything”, a solidão na balada “Love for Granted” e em “Alphabetical” e ilusões perdidas em “Victim of the Crime”.

As canções ainda continuam cheias de códigos e podem ter diferentes significados (o que depende de quem ouve).

“It’s Never Been Like That” (2006)

No próximo dia 10, esse disco completa 11 anos de existência. As letras continuam obscuras, começando por “Napoleon Says”, depois passamos por “Consolation Prizes” – uma música sobre a não aceitação da pessoa ‘amada’ como ela é; “Rally” – sobre a não aceitação do término.

“Long Distance Call”, “Lost and found” e “Sometimes in the fall” são os melhores momentos do material: a primeira é sobre um amor que se perdeu na distância/no passado; a segunda é um conselho para a crush se afastar e a terceira é basicamente o oposto (ele quer proximidade).

“Wolfgang Amadeus” (2009)

Nesse álbum, a banda se configura mais pop: com canções mais grudentas que foram transportadas para a pista de dança; é basicamente uma ‘fábrica de hits’.

É opinião quase unânime de que esse é o melhor disco produzido pela banda. Por quê? Tem “Lisztomania” ( que tá sempre nas baladinhas indie), “1901” (regravada por Birdy, inclusive), “Fences” (outra canção com significado um pouco obtuso, sobre uma pessoa que coloca cercas para se proteger) e “Lasso”.

Os temas continuam sendo amor e solidão, embora a atmosfera do disco seja mais pop.

Bankrupt! (2013)

A atmosfera pop se acentua nesse disco e pouco podemos ver de experimental. A capa do material não parece fazer muito sentido  ( parece uma pintura para toalha de mesa).

Mas é um bom material: tem canções bem chicletes tipo “Trying To Be Cool” (uma composição mais simples, sobre querer parecer cool para alguém); “Entertainment” (sobre ser tratado como “entretenimento” pra alguém); “Chloroform” – que é basicamente uma música em que o eu lírico se mostra em dúvida, esperando que outra pessoa tome iniciativa.

Um álbum menos arriscado, sem tantos hits quanto o anterior. Assim pode ser definido “Bankrupt!”. “Ti Amo” deve trazer novidades em termos de experimentações, mas por enquanto, só há expectativas e nada muito concreto. VEM JUNHO!

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