A briga envolvendo o compositor brasileiro Toninho Geraes e Adele acaba de ganhar novos desdobramentos. Anos após acusar a britânica de plagiar a faixa “Mulheres“, popularizada na voz de Martinho da Vila, o mineiro informou nesta semana que moveu um processo formal contra a cantora.
A equipe de Geraes recorre por R$1 milhão de indenização a ela, ao produtor musical Greg Kurstin e as três gravadoras que representam a obra da artista: Beggars Group, Sony e a Universal, sendo as duas últimas responsáveis pela distribuição da obra da artista no Brasil.
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Toninho Geraes x Adele: compositor move ação por plágio
Vale lembrar que o compositor tornou pública a acusação de plágio contra a cantora em setembro de 2021. Segundo ele, trecho da melodia de “Mulheres” teria sido usada de forma indevida em “Million Yeas Ago“, canção lançada há nove anos, que credita Adele e Greg Kurstin.
Nesta semana, o compositor formalizou um pedido de indenização. O processo, que recorre a R$1 milhão em reparação, foi protocolado no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em fevereiro e segue em tramitação.
Vale ressaltar que a indenização diz respeito apenas a danos morais, já que o valor relacionado aos direitos autorais violados ainda são incalculáveis, por depender de dados sigilosos de vendas e audiência.
Em entrevista para a Folha de São Paulo, o advogado do compositor, Fredímio Trotta, revelou que, antes de processar Adele, tentou um acordo extrajudicial, mas a artista não se manifestou e suas gravadoras alegaram não ter responsabilidade sobre a composição da obra, apenas sobre sua distribuição. Trotta, no entanto, explica que as empresas têm de ser responsabilizadas porque também lucraram com o suposto plágio, mesmo que sem a intenção.
Ainda segundo o advogado de Geraes, não há uma previsão para a Justiça analisar a petição e marcar uma audiência. No entanto, ele diz ter pedido urgência, conforme previsto na legislação devido à idade do compositor, 62 anos.