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Entrevista: Marina Sena fala sobre novo álbum e futuros projetos

Foto: Divulgação

Ela é um evento. Marina Sena chegou com seu primeiro álbum solo em 2021 como um furacão. “De Primeira”, como o próprio nome supõe, conquistou seu espaço na nova geração do pop nacional e tornou a mineira a mais nova aposta para peitar os charts

Com apenas 24 anos, Marina já tem uma trajetória reconhecida com as bandas Rosa Neon, do hit “Ombrinho”, e Outra Banda da Luz, com as quais a cantora lançou dois discos, um em 2019 e outro em 2020. 

Agora, com seu novo álbum solo saindo do forno em parceria com os selos Alá e Quadrilha, e distribuição da Altafonte, a voz de “Me Toca” vê o céu como limite e está sedenta pelo sucesso. Em entrevista para o Tracklist, Marina Sena falou sobre expectativas, possíveis feats para o futuro e que já tem música o suficiente para um álbum pronto. Confira!

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Leia entrevista com Marina Sena

Eu ouvi o seu novo álbum, o “De Primeira” e estou obcecada. Quais foram os elementos que inspiraram esse primeiro disco solo? 

Eu costumo falar que eu me inspirei para esse álbum desde que eu nasci, porque ele tem referência de tudo o que eu já vivi na minha vida. Até o timbre da voz, o jeito como a melodia e a voz se encaixam, que são referências que vão se atrelando a você com o decorrer da sua vida. Mas quando eu vou falar de sonoridade para conectar, aí eu tive algumas referências sobre como eu conectaria essas músicas com o mundo. Eu escutei muito a Kali Uchis, eu escutei muito Nathy Peluso, a Rosalía, que são essas artistas que trazem a regionalidade mas conectando isso com o som que está no mundo inteiro.

Eu vi que você bateu 6 milhões de streams no Spotify e realmente foi um sucesso. O disco já superou as expectativas que você tinha para ele ou você quer ir cada vez mais além? 

Eu quero ir cada vez mais além, para mim não tem limite!

E quais foram os principais desafios para esse primeiro disco? E o que veio de forma mais natural? 

Acho que o principal desafio foi achar alguém que se comunicasse com minha linguagem para produzir o disco e entender exatamente o que eu queria sem eu precisar falar o que eu queria, até porque eu nem sabia falar o que eu queria. Eu só queria uma coisa que estava no plano astral e eu tive que achar uma pessoa que conectasse comigo no plano astral, pegasse a informação e desenvolvesse (risos). E aí eu achei essa pessoa, que foi o Iuri Rio Branco. Para mim, a parte mais difícil foi essa. Achou? Eu vou escorregando, não teve problema nenhum mais. E aí depois a dificuldade foi aprender quando lançar por conta da pandemia, a gente não estava entendendo muito bem. 

Então a coisa mais difícil foi montar a equipe ao redor desse trabalho para ele acontecer. Achar as pessoas certas para estarem nesse trabalho. Mas quando acha, o trem vai de uma vez. 

A coisa mais fácil foi todo o resto. 

Queria saber se você pode dar uma palinha do que vem por aí ou se vai ser um mistério. 

Ah, vai ser um mistério. Eu estou misteriosa (risos). Eu faço música o tempo inteiro, eu nunca paro de fazer música. Eu e Iuri estamos sempre juntos e a gente está sempre fazendo música que eu componho no violão. Então já têm várias músicas que já estão basicamente prontas. A gente não para mesmo. 

Vai ser uma coisa tão nova. Eu já estava doida para lançar este disco [“De Primeira”]. Eu estava tão doida que eu já quero lançar o próximo, mas eu não quero dar essa palinha porque eu quero que seja uma surpresa. Quero que o próximo trabalho seja um impacto. Esse foi bom, mas o que a gente está fazendo está bem melhor. É como se essa ideia que a gente tem nesse disco tivesse evoluído. Evoluiu. 

Conta para a gente com quem você quer fazer feat? 

Eu quero fazer feat com Gloria Groove, com Duda Beat, com Liniker, com Rosalía… tudo coisa que a gente sonha. Eu acredito muito nos meus sonhos, eu acho que pode acontecer, sim. 

E por falar na Liniker, você vai estar no “Amazon Music Festival: Palco Coala” no próximo sábado, 11 de setembro, e vai dividir esse line up com grandes nomes como ela. Qual a sua expectativa para esse evento?

Eu estou impactada com esse evento. Estou animadíssima. Estou doida para chegar lá e cantar logo!

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Foto: Divulgação

Você falou da inspiração da Kali Uchis. Eu dei uma viajada nos seus comentários do YouTube e vi que você é comparada com muitas artistas como ela, Gal Costa, etc. Como você lida com essas comparações? 

Eu amo porque só me compara com gente que eu imito! (risos). Não que eu imite, mas que eu faço questão de pegar referência. Como você vê uma mulher como Kali Uchis, Gal Costa e você não vai pegar referência? Não tem jeito, elas são avassaladoras. Elas chegam e te tomam. Eu amo quando falam que pareço Marisa Monte, porque ela é tão linda. Eu amo. Não tem problema nenhum, pode me comparar com qualquer pessoa porque realmente são pessoas que eu admiro muito. 

O álbum faz um claro aceno ao processo de reencontro, principalmente de você consigo mesma. Como foi se encontrar protagonista? 

É um sentimento de responsabilidade. Agora a responsabilidade está nas minhas costas e é isso. O disco me trouxe essa sensação de vida adulta, uma responsabilidade muito grande. É um trabalho que atinge muitas pessoas, você tem responsabilidade com essas pessoas que você atingiu agora. Você é responsável por entregar cada vez melhores coisas, melhores trabalhos, fazer sempre o melhor, buscar sempre inovar, brilhar o olho daquelas pessoas que estão te consumindo e conquistar pessoas novas. Então eu tenho essa responsabilidade. 

Se eu te pedisse para você me falar sobre você com uma música, qual seria a faixa que você escolheria para ser a sua primeira impressão pro mundo?

Acho que “Me Toca” é bem um resumo. Ela é simples mas tem muitos elementos que traz uma brasilidade mas que traz uma comunicação. 

Queria que você falasse um pouquinho sobre como está sendo levar esse pop nacional para além do eixo Rio-São Paulo. 

O Norte de Minas é Sudeste, mas é tão diferente de Minas Gerais como um todo, porque a gente não sabe se a gente é Nordeste, se a gente é Sudeste, a gente fica igual filho sem pai. Porque o nosso comportamento diferencia muito do padrão de Sudeste, e aí sempre foi uma coisa como se não fosse para a gente ser pop, aparecer na Globo, cantar num festival da Amazon. Amazon é coisa de gente muito chique. Então quando você sai desse lugar e ocupa esse espaço que teoricamente não era para ser seu, que teoricamente são outras pessoas que ocupam esse espaço, é muito gratificante. 

E aonde você quer estar daqui a cinco anos? 

Eu queria ser tipo uma Shakira! (risos) Uma cantora latina que o mundo inteiro vai conhecer.

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