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Entrevista: Evanescence fala sobre inspiração, novo álbum e Brasil

O Evanescence voltou ao Brasil no mês de abril, depois de pouco mais de quatro anos. Em apresentações por Brasília (20), Rio de Janeiro (22) e São Paulo (23), a banda de Amy Lee (vocal), Jen Majura (guitarra), Tim McCord (baixo), Will Hunt (bateria) e Troy McLawhorn (guitarra) provocou gritarias, arrancou lágrimas e fez a alegria de fãs apaixonados.

Antes do show que aconteceu no Rio, o grupo conversou com o Tracklist sobre novos projetos, inspirações para seus trabalhos, e, claro, sobre suas melhores memórias relacionadas ao país.

A entrevista seria publicada em vídeo, mas, devido a problemas técnicos, ela está disponível somente em texto. Pedimos perdão pelo ocorrido.

Entrevista por: Feliphe Marinho

Tracklist: Vocês estiveram aqui no Brasil várias vezes, mas já faz um tempo desde sua última visita. Como que é estar de volta agora?
Jen Majura: É ótimo!
Troy McLawhom: Fantástico!
Amy Lee: Nós amamos aqui! Os fãs são como amigos. Eles estão na internet todos os dias…

Eles são loucos, né?
Amy: Pra você ter noção, meu Twitter é metade em Português. (risos)

Eles sempre a pedem pra vir ao Brasil?
Amy: Sim! É bom saber que de certa forma estaremos satisfazendo a vontade deles por uns dias.

Qual é a melhor lembrança que você tem do nosso país?
Amy: Uau, essa é difícil! Nós tivemos várias experiências muito boas aqui. Especialmente com shows. O que eu sempre penso quando lembro das nossas experiências no Brasil são os fãs cantando bem alto, cheios de energia e paixão. Nós acabamos de tocar antes de ontem o nosso último show da turnê em Brasília, e eles estavam cantando muito alto todas as músicas. Nós tivemos problemas em ouvirmos nós mesmos, o que, na verdade, foi um ótimo problema, exatamente como eu esperava que fosse.

Vocês representam bem o estilo gótico em nosso país, e vocês sempre estão no topo quando o assunto é bandas góticas. O que vocês acham disso?
Amy: Sinceramente eu não sei o que isso significa pra mim, porque é muito difícil receber rótulos. É difícil alguém chegar pra você e dizer “ei, você é gótico”, “ei, você é nerd”, ou “ei, você é punk”. É difícil para qualquer um, pelo menos para mim, se sentir confortável em ser apenas uma coisa. Eu não acho que nossa música seja isso, acho que ela pode ter sim muita profundidade e escuridão, um certo peso com certeza, que se expande a um espaço bem maior que a minha mente para ser chamado de apenas uma coisa, como gótico.

Quando contamos aos seus fãs sobre a entrevista, todo mundo começou a fazer perguntas sobre o novo álbum, já que a última vez que vocês estiveram no estúdio foi em 2011, certo? Já estão trabalhando em algo novo?
Amy: Uhum! Nós lançaremos algo ainda esse ano. Algo diferente.

Vocês se sentem pressionados quando os fãs ficam pedindo por novas músicas? Como isso lhes afetam quando estão no estúdio?
Amy: Sim, nos sentimos. É horrível, muito ruim. Eu choro todos os dias! (risos) É ótimo sermos amados, digo… imagina se ninguém se importasse?
Will Hunt: Aí seria um problema.
Amy: Com certeza! É uma pressão boa. Leva muito trabalho para criar algo que seja bom para qualquer pessoa na maior parte do tempo. Estamos sempre trabalhando. Todos nós somos muito criativos, mas é difícil fazer algo que você pense “é isso, esse é bom o suficiente” e depois juntar todo o projeto quando vamos ao estúdio, contratar alguém para tocar todos os instrumentos de corda, tudo que faz parte da criação. Esse é um dos motivos pelos quais eu gosto de fazer um esforço. Todos fazemos um esforço quando criamos música. Eu tenho um estúdio na minha casa, eu mesma gravo meus covers… Sem pressão em compor, se tratando apenas de receber inspiração na música de outras pessoas e de dar um tom próprio. Ser capaz de fazer isso em contratempo é muito bom para mim, porque é como se eu continuasse criando, seguindo em frente, mas em uma zona livre de pressão enquanto trabalhamos em outras coisas. Então, sim, há uma pressão, mas é bom quando acontece de vez em quando.

O que inspira vocês na música?
Tim McCord:
Pode ser uma melodia, uma batida de bateria, um tom ou um som que eu ouça e possa desenvolver através daquilo… a minha filha pode dizer algo que me dê uma ideia, e também… é, provavelmente é diferente pra cada um.
Amy: É verdade.

Cada um de vocês vai encontrar uma inspiração diferente.
Tim:
Exato.
Amy: Essa é a vantagem de colaborarmos um com os outros. Porque uma pessoa pode ter uma ideia e pensar “não sei o que é isso, mas tive essa ideia”, e então isso me faz pensar em algo completamente diferente e expandir aquela primeira ideia, daí depois disso é só sucesso.

Vocês pensam em trazer uma nova sonoridade para o novo álbum ou vocês pensam “Esse é o Evanescence, e se for outra coisa será diferente”?
Amy: Não é um… é um projeto! Todo mundo fica dizendo que não aguenta mais esperar pelo novo álbum do Evanescence. Sim, é novo. Sim, é um álbum… mas é diferente! Não vou dizer mais nada sobre, porque é muito difícil explicar sem revelar nada. (risos)

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