Conhecido por ser a voz de hits como “Heather” e “Maniac”, Conan Gray está no Brasil pela primeira vez e se apresenta no Lollapalooza nesta sexta-feira (24). O primeiro álbum do artista, ‘Kid Crow’, foi lançado em março de 2020, no início da pandemia, e desde então, Conan vem se mostrando um dos nomes mais promissores do pop atualmente ao redor do mundo.
Com a chegada de seu segundo disco, “Superache”, lançado em junho de 2022, o cantor estadunidense pode finalmente subir aos palcos e assistir com os próprios olhos as multidões que passaram a admirar seu trabalho durante os anos pandêmicos. Após passar pelos Estados Unidos, Europa, Austrália, Nova Zelândia e Ásia, Conan enfim desembarca na América Latina.
Queridinho por ninguém menos que Taylor Swift, e grande amigo de Olivia Rodrigo, o artista teve faixas virais logo no início de sua carreira. No Spotify, “Heather” acumula mais de 1 bilhão de streams, enquanto “Maniac” ultrapassa os 675 milhões de reproduções.
Na semana em que seu álbum de estreia comemora três anos de lançamento, o artista diz estar confortável consigo mesmo e animado para cantar para o público brasileiro pela primeira vez. “Eu acho que todas as mudanças foram surpreendentes e eu me sinto eu mesmo. Me sinto estranhamente normal!”, contou Conan.
Em entrevista ao Tracklist, Conan Gray contou um pouco mais sobre as expectativas para a sua primeira passagem no Brasil, revelou que não sabia que a Anitta era brasileira e também aprendeu novas palavras em português. Confira!
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Leia entrevista com Conan Gray na íntegra
TRACKLIST: Oi, Conan! É sua primeira vez aqui no Brasil, certo? Como você se sente estando finalmente aqui?
CONAN: É um sentimento muito maluco, porque sinto que por muito tempo todo mundo me falava ‘Come to Brazil, come to Brazil’, e eu me sentia culpado por não vir para o Brasil. Estou muito feliz de estar finalmente aqui e mesmo as poucas pessoas que conheci até agora foram muito atenciosas e simpáticas e eu tô muito feliz.
TRACK: Os brasileiros são assim! Eu vi que tinham alguns fãs te esperando no aeroporto quando você chegou ontem. Deve ser louco finalmente poder encontrar os fãs brasileiros, né?
Totalmente! Já tem muito tempo que esperamos por isso, então é bem feliz.
TRACK: Incrível! E você está em turnê já há algum tempo, certo? Estados Unidos, Europa e muitos outros países. Existe algo específico que você gosta de fazer quando visita um país pela primeira vez?
Eu acho que a primeira coisa que geralmente gosto de fazer quando chego nos países é procurar por comida. Sinto que a comida é a melhor forma de entender uma cultura e as pessoas que estão inseridas nela, o humor delas e tudo. Então eu sempre procuro por comida.
TRACK: E você já provou alguma comida brasileira?
Eu ainda não experimentei nenhuma comida brasileira específica! Eu espero que amanhã, no local do show, eles tenham alguma para eu provar. Mas no geral, eu gosto de andar, andar e andar até encontrar um restaurante. Acho que esse é o meu pequeno ritual. Sinto que comida é uma linguagem sólida de qualquer lugar que você visite.
TRACK: Sim! Eu também adoro experimentar comidas típicas de todos os lugares que visito. Bom, o seu show de estreia no Lollapalooza Brasil acontece amanhã! Quais músicas você está mais animado para tocar aqui pela primeira vez?
Eu sempre me sinto animado pra cantar ‘Heather’, porque principalmente em festivais, é divertido ver que tá todo mundo pulando nos outros shows, e então eu só chego com o violão e começo a cantar essa, e as pessoas gritam as letras. Tô muito animado para isso! ‘Memories’ também é uma que me deixa animado, é sempre muito divertido de cantar com todo mundo.
TRACK: A trindade ‘Heather’, ‘Maniac’ e ‘Memories’ é incrível! Mal posso esperar para estar lá gritando as letras também! O seu álbum de estreia, ‘Kid Krow’, completou três anos de lançamento essa semana. O que você sente que mais mudou na sua vida e carreira desde então?
Meu cabelo cresceu muito! Fiquei um pouco mais velho… Eu não sei, é tão estranho, sabe? Meu primeiro álbum saiu na primeira semana da pandemia, então parece que tudo mudou desde então e eu não pude ver isso acontecendo. Eu acho que todas as mudanças foram surpreendentes e eu me sinto eu mesmo. Me sinto estranhamente normal! Acho que me sinto bem normal, não sei. Talvez!
TRACK: Agora você pode ver as multidões nos shows, então é louco, né?
Sim! É absolutamente incrível.
TRACK: Quais outros artistas do lineup do Lollapalooza você gostaria de ver performando?
Eu amo The 1975! Amo a Billie! Não sei quem mais eu quero ver… Lil Nas X geralmente toca depois de mim, e quando estou no backstage eu consigo ver o cavalo gigante que ele coloca no palco e isso é muito legal!
TRACK: Acho que isso é o legal de festivais!
Sim! Eu sei, isso é o mais divertido de festivais, parece um grande acampamento de verão, com excessão do fato de ser aterrorizante, porque é tipo ‘Ai meu Deus, preciso subir ao palco’. Então é algo como acampamento de verão com um pouco de terror!
TRACK: Você sente muita diferença entre tocar em festivais e sua própria turnê?
É muito diferente! porque às vezes em festivais as pessoas nem te conhecem e estão tipo ‘Quem é esse garoto?’. Então é diferente, mas aqui na América do Sul tem sido muito especial e barulhento. As pessoas estão definitivamente cantando comigo, e isso me deixa muito feliz!
TRACK: Tenho certeza que amanhã vai ser incrível, porque estávamos te esperando há algum tempo! Sobre artistas brasileiros, você tem escutado música brasileira?
A única artista brasileira que eu conheço, que eu nem sabia que era brasileira até 10 minutos atrás, é a Anitta! Acho que só sou burro. Eu vi ela performando no VMAs, eu e minha amiga estávamos sentados na ponta de nossas cadeiras vendo ela performar. Ela estava tipo, descendo de uma montanha de salto alto! Cada degrau! Eu estava aterrorizado e foi muito poderoso. Foi absolutamente doido.
TRACK: Achei muito engraçado que você não sabia que ela é brasileira! Então, quais músicas você mais tem ouvido recentemente? Quem está na sua playlist?
Quem está na minha playlist… Eu realmente amei o novo álbum da SZA! Achei incrível e eu ouço ele no banho, sabe? Acho que todos temos um álbum de banho. Tem algo sobre ele, que é muito um álbum de banho.
TRACK: Você pode cantar alto e se sentir poderoso, né?
Sim! Eu me sinto super cool!
TRACK: O seu álbum mais recente, o ‘Superache’, fala bastante sobre amor, família, amigos, e esses são tópicos que muitas pessoas se identificam. Como você se sente sabendo que tantas pessoas ao redor do mundo se conectam com o seu trabalho?
Eu sinto que é muito reconfortante! Porque eu acho que, por muito tempo, eu sentia que era a única pessoa passando pelo o que eu estava passando e percebi que estava muito errado nisso. Na verdade, existem milhões e milhões de pessoas que passaram pela exata mesma coisa e eu não sou nenhum um pouco especial. Então, é realmente reconfortante saber disso, me deixa feliz.
TRACK: Sim, e nós também nos sentimos confortados quando ouvimos uma música e nos identificamos.
Sim! Digo, esse é o motivo pelo qual eu ouço música. Eu gosto de encontrar canções que me façam sentir que não estou sozinho. Então, saber que qualquer coisa que já escrevi é capaz de fazer alguém se sentir menos sozinho é muito gratificante.
TRACK: Isso é incrível! Eu queria saber se você já aprendeu alguma palavra em português.
‘Obrigado’! É a única coisa que eu sei até agora.
TRACK: Amei! Temos ‘Bom dia’!
‘Bom dia’! O que isso significa?
TRACK: É como ‘Good morning”.
Bom dia! E como eu posso dizer ‘I love you’?
TRACK: Você pode dizer ‘Eu te amo’.
‘Eu te amo’! Legal! Agora eu já sei algumas.
TRACK: Sim, perfeito! Você quer deixar uma mensagem para os fãs brasileiros?
Para todos os fãs brasileiros, olá! Eu estou muito feliz de finalmente estar no Brasil e espero voltar muito em breve. Amo muito vocês. ‘Obrigado” e ‘Eu te amo’!
TRACK: Muito obrigada, Conan! Estou ansiosa para te ver performar no Lolla amanhã.
Muito obrigada! Espero que eu me saia bem.
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