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Análise: Bad Blood – Taylor Swift ft. Kendric Lamar

Taylor Swift - Topo Oficial 1

Primeiro problema sobre uma grande divulgação: você cria grandes expectativas.

O clipe da faixa “Bad Blood” foi lançado ontem, durante o Bilboard Music Awards, e tem dado muito o que falar desde seu anúncio.

A música, aparentemente, foi escrita para Katy Perry. Em entrevista, Taylor Swift comentou que a relação entre as duas nunca foi clara para ela:

“Por anos eu nunca tive certeza se éramos amigas ou não. Ela vinha até a mim em premiações, falava algo e saía e eu pensava ‘nós somos amigas ou ela acaba de me fazer o maior insulto da minha vida?’. Aí, ano passado, ela fez algo terrível. E eu pensei ‘somos inimigas’. E nem foi sobre um garoto, tem a ver com negócios. Basicamente, ela tentou sabotar minha turnê. Ela tentou contratar diversas pessoas que estavam trabalhando comigo. Eu não sou uma pessoa de confrontos, você não acredita o quanto eu odeio confrontos. Então eu agora a ignoro. É estranho e eu não gosto”.

O enredo do clipe tem muita relação com essa história contada pela texana: uma guerra que começa entre duas amigas quando uma resolve trair a outra. Esta primeira – ironicamente representada pela Taylor – se respalda de amigas – que (mais uma vez, coincidentemente) são amigas da cantora na vida real – e a ajudam, para que ela possa se vingar daquela amiga traidora.

Mas vamos à análise por si só:

A produção não podia ser menor, se tratando de Taylor. Mesmo quando ela trabalha somente em um estúdio, tem que ser um estúdio grande, suas performances são cheias de bailarinos e shows pirotécnicos e até quando mais intimistas são uma grande atuação.

Quando ela chama a quantidade de artistas que ela chamou para este vídeo, pode-se esperar algo magnificamente gigantesco. Não foi exatamente isto que aconteceu.

Apesar da história ter sido bem interessante (e subjetiva, como vou comentar mais adiante) ela se empolgou tanto chamando todos os amigos para a produção que no final era muita gente para apresentar em pouco tempo de música.

Ainda sim foi um clipe bom. A música é pulsante e tem batidas fortes e a paleta de cores escolhida conversa com esta ideia.

Eu, particularmente, não acredito que Taylor fique bem de ruiva (já tínhamos visto essa experiência em You Belong With Me), e talvez essa fosse minha única crítica quanto à escolha de cores, mas dentro do contexto Femme Fatale, a personagem ficou bem montada.

A cena final, onde ocorre o reencontro, na minha visão, poderia ser mais bem montada. Ficaram faltando alguns elementos e, mesmo que as câmeras tenham focado nas personagens atrás de Taylor, ainda sim, meus olhos corriam para elas, na tentativa de identificar e admirar todas sem conseguir ver nenhuma, muito menos Taylor, a protagonista.

Resumindo, Taylor sabe como fazer um clipe e deu uma aula de divulgação com esta produção. Mas talvez  tenha tido muitos personagens, teria sido mais limpo fazer uma narrativa mais longa (talvez como o clipe de “G.U.Y.” da Lady Gaga) onde tivesse tempo de apresentar todas as artistas sem atropelar o enredo.

Essa minha ladainha já está ficando cansativa para quem lê minhas análises, mas sempre digo: o menos sempre pode ser mais.

Nota: 8.5

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