O conflito judicial entre o compositor brasileiro Toninho Geraes e a cantora britânica Adele ganhou um novo capítulo na última sexta-feira, 13 de dezembro. A Justiça do Rio de Janeiro determinou que a música “Million Years Ago” não poderá ser utilizada, editada, distribuída, reproduzida e nem comercializada no Brasil ou no exterior sem a autorização de Geraes.
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Neste ano, a equipe de Geraes processou a britânica, solicitando uma indenização de R$1 milhão. Além de Adele, a ação envolve o produtor musical Greg Kurstin e três gravadoras: Beggars Group, Sony e a Universal, sendo as duas últimas responsáveis pela distribuição da obra no Brasil.
Por que a justiça brasileira derrubou “Million Years Ago” de Adele
A ação é resultado de um processo de direitos autorais movido pelo mineiro apontando um suposto plágio da canção “Mulheres“, eternizada na voz de Martinho da Vila. A decisão, assinada pelo juiz Victor Torres, da 6ª Vara empresarial do Rio de Janeiro, fixa ainda uma multa de R$50.000 por ator de descumprimento, válida para “qualquer modalidade, meio, suporte físico, digital, streaming ou plataforma de compartilhamento”.
Na sentença, Torres aponta fortes indícios de que “Million Years Ago”, lançada em 2015, apresenta “quase integral consonância melódica com a canção escrita por Geraes. A análise foi embasada por especialistas e pela sobreposição das melodias, que revelou, segundo o magistrado, uma “indisfarçável simetria” entre as composições.